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Fome ameaça população do Chifre da África, Nigéria e Iêmen

Segundo Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), crise humanitária pode ser pior que a de 2011, quando morreram mais de 260 mil pessoas

Por Agência Brasil
13 abr 2017, 16h59

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) alertou nesta terça-feira (11) sobre as “mortes em massa” por fome no Chifre da África (região no Nordeste africano, que inclui a Somália, a Etiópia, o Djibouti e a Eritreia), no Iêmen e na Nigéria. Segundo a agência, a crise humanitária pode ser inclusive pior que a de 2011, quando morreram mais de 260 mil pessoas na área.

“O risco de mortes em massa por fome entre as populações no Chifre da África, Iêmen e Nigéria está aumentando”, declarou o porta-voz da Acnur, Adrian Edwards, em entrevista.

“Nesta advertência também nos referimos à seca, que afeta muitos países vizinhos, e à escassez de fundos”, acrescentou.

A Organização das Nações Unidas (ONU) advertiu reiteradamente, nos últimos dois meses, que mais de 20 milhões de pessoas em cinco países (Etiópia, Somália, Nigéria, Sudão do Sul e Iêmen) estão à beira da inanição.

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Em quatro desses países existem conflitos de longa duração que minam os esforços humanitários. Na Somália e no Iêmen se soma uma seca aguda (especialmente no caso do país africano) que acabou com a capacidade de resistência da população.

“Temos uma conspiração de elementos que se reforçam. Existe o conflito, a seca, os deslocamentos das pessoas que fogem de ambos e que pressionam outras comunidades já muito debilitadas”, constatou Jens Laerke, porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha).

Em 2011, a fome atacou o Chifre da África e 260 mil pessoas, a maioria crianças menores de cinco anos, morreram. “O que queremos é evitar a todo custo uma repetição dessa catastrófica perda de vidas”, afirmou o porta-voz da Acnur.

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Agora, as agências humanitárias da ONU estão advertindo que uma catástrofe parecida pode voltar a ocorrer. “Catástrofes humanitárias, que seriam evitáveis, estão se tornando rapidamente inevitáveis”, disse Edwards em várias ocasiões, insistindo na necessidade de agir de forma “imediata”.

O coordenador humanitário do Comitê Internacional da Cruz Vermelha para a Somália, David Hermann, destacou que “a resposta tem que ser agora, nas próximas semanas”.

Migrações

A Acnur alertou que os deslocamentos já estão aumentando pela crise e, por isso, teve que elevar seus cálculos para este ano, para alguns países.

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No Sudão, onde eram previstas 60 mil chegadas de pessoas provenientes do Sudão do Sul, agora são esperadas 180 mil, e em Uganda, onde havia cálculos de 300 mil refugiados sul-sudaneses, atualmente falam em 100 mil a mais.

O Sudão do Sul é uma das situações mais complexas, já que o conflito ativo impede a distribuição de assistência, inclusive quando os trabalhadores humanitários estão prontos para entregá-la.

“O tema do acesso é fundamental. No Sudão do Sul e também no Iêmen acontece que, embora tenhamos os recursos para ajudar, não podemos fazer por causa da incapacidade de chegar às zonas violentas”, diz Laerke.

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Tanto as agências da ONU quanto a Cruz Vermelha se queixam da falta de fundos para fazer frente a essas emergências, pois as chamadas humanitárias obtêm entre 3% e 20% do financiamento demandado.

No Sudão do Sul, cerca de 100 mil pessoas já sofrem com a fome e aproximadamente 1 milhão estão à beira dela, enquanto 5 milhões necessitam de ajuda alimentar urgente.

Na Somália, há 2,9 milhões de pessoas necessitadas de assistência e a ONU calcula que 1 milhão de crianças menores de 5 anos sofrerão com desnutrição grave neste ano.

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Enquanto isso, no Nordeste da Nigéria, 5,1 milhões de pessoas sofrem com a falta de comida.

O Iêmen é o país que vive a maior emergência alimentar do mundo, com 7,3 milhões de pessoas necessitando de ajuda imediata, segundo a ONU.

 

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Segundo Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), crise humanitária pode ser pior que a de 2011, quando morreram mais de 260 mil pessoas

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