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3 pontos para entender o desemprego no Brasil

Entenda o que é o desemprego e como a reforma trabalhista, aprovada ontem (11) no Senado, o afeta

Por Clarice Ferro, do Politize!
12 jul 2017, 17h55
politize
(Politize!/Politize!)

A cada três novas pessoas desempregadas no mundo, em 2017, uma será brasileira. Enfrentando a maior taxa de desocupação do país, somos a população que aguardará a reviravolta deste quadro apenas em 2020, quando a Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê o retorno do crescimento de postos de trabalho no Brasil, junto com a economia. Enquanto isso, o governo federal aposta em prazos mais curtos.

Para entender o que significam as diversas maneiras de estar desempregado (sim, existe mais de uma!), como está o Brasil no cenário global e como a reforma trabalhista (aprovada nesta terça-feira no Senado) ajudaria a gerar empregos, vamos passar ponto por ponto sobre o desemprego no país.

(filipefrazao/iStock)

1) O que define milhões como desempregados?

Até 2012, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizava uma Pesquisa Mensal de Emprego (PME) com definições bem simples sobre o assunto. Sob orientação da OIT, o instituto reformulou o mapeamento do mercado de trabalho e iniciou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), chamada de PNAD Contínua, por ser realizada mensalmente e divulgada com dados do último trimestre da análise. Na prática, é dessa maneira que se identifica o aquecimento ou esfriamento dos números de carteira assinada, trabalho informal e demais resultados de políticas públicas anunciadas.

Nos primeiros meses do ano, é comum perceber um leve aumento no número de desempregados, devido ao fim do contrato de trabalhos curtos de férias de verão ou temporários como no Natal e no Ano Novo. Ainda assim, em relação ao cenário de pleno emprego em 2014 com apenas 6,5% de taxa de desocupação, os registros de 2017 apontam mais do que o dobro (13,7%) e o começo da estabilização no meio do ano.

Sabemos que são muitos dados e muitas informações de uma vez só, certo? Para entender melhor, entenda quem são os brasileiros desocupadossubocupados desalentados. E força de trabalho potencial, já ouviu falar? Se não, conheça as maneiras de viver o desemprego e que você sequer imaginava.

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O que é ser desempregado?

O mesmo que ser desocupado: o IBGE contabiliza como desempregado aquele que está sem emprego, mas em busca proativa de um novo, como enviar currículos ou responder anúncios de vagas nos 30 dias anteriores à pesquisa.

O que é ser subocupado?

O mesmo que ser subutilizado: é aquele indivíduo que trabalha menos de 40h por semana e sente-se disponível para trabalhar mais, estando abaixo do seu potencial produtivo ou buscando complementar renda.

O que é ser desalentado?

Talvez o termo já diga algo, mas é o mesmo que não estar procurando trabalho. Normalmente, são pessoas que perderam o emprego e desistiram de buscar vagas, seja por estarem mudando de carreira, seja por não conseguirem retorno em processos seletivos.

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O que é ser uma força de trabalho potencial?

Existem duas maneiras de estar abaixo do seu potencial de trabalho: procurar emprego, mas não estar disponível; ou estar desocupado, sem buscar proativamente um trabalho.

2) O Brasil no cenário mundial

Se considerarmos essas definições do IBGE, o número de pessoas economicamente ativas fora do cenário ideal de emprego ultrapassaria 20 milhões. “Mas a crise não é mundial?”, você deve estar se perguntando. Para responder essa dúvida, existem dois estudos periódicos sobre o mercado global.

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No relatório anual sobre emprego e economia, lançado todo mês de janeiro pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), as taxas são analisadas por região e países emergentes versus países desenvolvidos. Já o estudo comparativo do banco Credit Suisse incluiu a taxa do desemprego ampliado, que seria a soma dos desalentados, subutilizados e os que fazem outros serviços no lugar do trabalho desejado, por falta de opção. Com isso em mente, chegamos aos seguintes pontos sobre o Brasil em comparação com o mundo:

  • Os setores mais produtivos da economia realizaram as maiores demissões: construção, serviços de informação e financeiro. Isso significa que a recuperação da força produtiva do país pode ser mais lenta do que o planejado. Por outro lado, as áreas de administração pública, saúde e educação quase não tiveram cortes;
  • Desocupação: Brasil está atrás apenas de China e Índia no número de desocupados, com o maior crescimento da taxa entre as 20 maiores economias do mundo (G-20);
  • Desemprego ampliado: na lista dos 31 países emergentes e desenvolvidos, o Brasil encontra-se atrás das seis nações mais afetadas pela crise, como Grécia e Espanha;
  • Na ponta do lápis: para uma comparação rápida dos números, o mundo está em 5,7%, países desenvolvidos em 6,2%, América Latina e Caribe em 8,4% e Brasil em 13,7% de desemprego na PEA. Enquanto EUA, Canadá e Europa estabilizam, os emergentes (Brasil, Colômbia, Índia, México, Peru e Rússia) sobem as taxas, segundo a OIT.

Uma das análises, em relação aos emergentes, aponta para a força de trabalho jovem crescer mais do que a criação de postos de trabalho. No caso do Brasil, o governo federal tem investido principalmente na reforma trabalhista como maneira de incentivar a geração de empregos. Vamos compreender melhor?

Para acompanhar todos os países em tempo real, o ranking do portal Trading Economics apresenta os números de desemprego atualizados constantemente.

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3) A reforma trabalhista gera empregos?

Revisar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), propor uma Reforma da Previdência e alterar a relação com os sindicatos são algumas medidas propostas pelo governo Temer para solucionar a crise econômica e o alto desemprego no país. Com as novidades, vieram as polêmicas e o debate público sobre a eficácia desses planos a longo prazo.

No infográfico a seguir, reunimos argumentos contra e a favor, a partir das análises do governo e de especialistas em economia. Confira e fique por dentro do assunto.

(Reprodução/Politize!)

Fontes: Portal G1Correio BrazilienseFolha de S. PauloOITBBC BrasilEstadão de São PauloPolitize!.

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