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Atualidades no Vestibular

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Revolução de 1932: relembre pontos importantes do conflito

Entenda os principais motivos e o desenrolar do acontecimento histórico

Por Ana Prado
Atualizado em 20 set 2019, 18h22 - Publicado em 10 out 2012, 12h52

Os motivos:

O Golpe de 1930

Para entender a Revolução de 1932, é preciso relembrar o Golpe de 30. No dia 3 de novembro de 1930, Getúlio Vargas tomou o poder e instalou um governo provisório, dissolvendo o Congresso e as assembleias legislativas e depondo os governadores de estado, que foram substituídos por interventores federais. Esses interventores governariam até a aprovação de uma nova Constituição – só que ela não vinha nunca. Em outras palavras, o governo provisório no Brasil tinha virado permanente.

 

A política do “café com leite”

Entre 1894 e 1930, período classificado como República Oligárquica, as elites de São Paulo e Minas Gerais se revezaram quase ininterruptamente na presidência do país com a política do “café com leite”. Paulistas e mineiros contavam com o apoio dos coronéis (líderes políticos regionais) para conter as revoltas da oposição. Como dissemos, o Golpe de 1930 acabou com esse ciclo e com a autonomia dos estados. Além da insatisfação com a demora da nova Constituição, São Paulo ainda tinha que lidar com o fato de que o interventor nomeado não era paulista – o que irritou os cafeicultores, que buscavam recuperar o poder e a influência perdidos após 1930.

Com a bandeira do constitucionalismo, que defendia uma constituição liberal que garantisse a autonomia dos estados em relação ao governo federal – necessário para a manutenção da hegemonia política paulista no país – e contra a ditadura, os dois principais partidos paulistas (os rivais Partido Republicano Paulista, o PRP, das elites cafeeiras e famílias tradicionais; e o Partido Democrático, ou PD, formado principalmente por fazendeiros e profissionais liberais da burguesia paulista) formaram a Frente Única Paulista, lançando as bases para o Movimento Constitucionalista de 1932.

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Antes, no dia 23 de maio de 1932, quatro estudantes (Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo) morreram em um confronto com a polícia getulista na Praça da República. Com isso, eles viraram mártires e suas iniciais batizaram o MMDC, entidade civil que se tornou símbolo da revolução e que alistava voluntários para a luta contra Vargas.

Por fim, a rebelião paulista foi declarada no dia 9 de julho.

 

 

Entusiasmo x fragilidade militar

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A imprensa e os discursos retratavam São Paulo como um território invadido e pregavam que era preciso apagar sua humilhação. Esse discurso moveu diferentes grupos e classes sociais do estado e os exércitos rebeldes contavam com médicos, advogados, industriais e fazendeiros.

“A mobilização foi muito grande, mas era de poucas pessoas ligadas à carreira militar”, explica o professor de História Nelson Santos da Silva, do Cursinho do XI. A falta de preparação militar, como era de se esperar, trouxe muitos problemas. Muitos voluntários sequer sabiam manejar uma arma – e, mesmo se soubessem, não havia armamento para todos. Por se acreditar que seria uma guerra curta e com aliados, tinha-se convicção de que o material bélico disponível seria suficiente. Não foi – e a maior parte do que se tinha estava em péssimas condições.

“Um aspecto que pode aparecer no vestibular é a importância da figura feminina na Revolução de 32. Muitas mulheres iam para as frentes de batalha e muitas delas venderam joias de família para financiar o processo revolucionário”, acrescenta o professor Nelson.

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A derrota e legado de 1932

A superioridade das forças do governo (no tamanho do exército, número e qualidade de armas e mesmo organização e disciplina) logo se mostrou nas batalhas e fez com que os rebeldes paulistas recuassem até terem de reconhecer a derrota. A guerra acabou em 2 de outubro, com quase 900 mortos.

O Arquivo Público do Estado de São Paulo organizou uma exposição virtual (chamada de “1932: A Guerra Paulista”) com muita informação histórica e exercícios para fixar o conteúdo (veja aqui). Ali, o texto diz sobre o legado da Revolução (e isso vale como reflexão final para você):

“Ainda existe uma discussão sobre o caráter vitorioso ou não do Movimento Constitucionalista. De forma paradoxal, os envolvidos no conflito, especialmente suas lideranças, encontraram motivos para considerar o movimento vitorioso, ainda que do ponto de vista moral da batalha, tendo em vista a suposta superioridade de sua causa. Tal noção de vitória se evidenciaria para os paulistas, pelo fato de, após o fim do conflito, Vargas finalmente ter promulgado uma nova Constituição em 1934 e o país ter retornado ao regime democrático.”

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*Além da consulta ao professor, as informações foram tiradas das seguintes matérias:

  • Revolução de 1932: A guerra de São Paulo
  • Alfredo Pires Filho: um garoto na Revolução Constitucionalista
  • Friedenreich: um tigre na guerra
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Estudo
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