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9 livros que todo estudante norte-americano deve ler na escola

Se você precisa de um pouco de descanso das obras de leitura obrigatória para o vestibular, que tal ler algum livro da lista? 

Por Paula Lepinski
Atualizado em 3 Maio 2019, 17h16 - Publicado em 3 ago 2016, 20h38

Enquanto você lê Memórias Póstumas de Brás Cubas, O Cortiço ou algum outro clássico brasileiro, já parou para imaginar quais livros um estudante de outro país está lendo neste exato instante? É curioso como às vezes esquecemos que outros países, assim como o Brasil, possuem uma literatura própria, com escritores consagrados e obras consideradas essenciais.

Por motivos de curiosidade e de enriquecimento do repertório cultural, pesquisamos quais livros clássicos as crianças e adolescentes norte-americanos leem durante a escola. Se você precisa de um pouco de descanso das obras de leitura obrigatória para o vestibular, que tal ler algum livro da lista? 

O Grande Gatsby, de Scott Fitzgerald

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Já imaginou conhecer um homem jovem, bonito e absurdamente rico, que todas as noites dá festas grandiosas e magníficas em sua mansão em Long Island? Esse homem é Jay Gatsby, o personagem principal de O Grande Gatsby (The Great Gatsby, em inglês), escrito em 1925 por Scott Fitzgerald. A primeira vista, Gatsby aparenta ser um norte-americano típico da década de 20, época em que os Estados Unidos atingiu o auge econômico e social, propagando o materialismo, o glamour e a falta de moral entre a população. Porém, ninguém conhece o passado de Gatsby, como conseguiu a sua fortuna e o motivo de dar tantas festas se nem mesmo parece apreciá-las. Esses mistérios movem o leitor página após página a fim de entender e desvendar as atitudes, os segredos e o único e real objetivo de Gatsby.

O clássico de Fitzgerald é um livro famoso entre os estudantes norte-americanos e é leitura obrigatória em quase todas as escolas dos Estados Unidos. Não a toa, foi transformado em longa metragem cinco vezes. A última refilmagem foi lançada em 2013 e contou com a atuação de Leonardo DiCaprio no papel principal. Mas nós avisamos: leia o livro ANTES de assistir a algum dos filmes!

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Ratos e Homens, de John Steinbeck

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Escrito em 1937, Ratos e Homens (Of Mice and Men, em inglês) conta a história trágica dos amigos George e Lennie durante a Grande Depressão, recessão econômica que assolou os Estados Unidos durante a década de 20. O livro traz personagens cativantes e realistas, além de tratar de sentimentos comuns a todos os seres humanos, como a solidão e a ânsia por uma vida digna. Apesar de suas qualidades, a obra já foi banida de diversas bibliotecas públicas e escolares, acusada de usar linguagem ofensiva e trazer representações de violência e racismo. Ainda assim, Ratos e Homens é leitura obrigatória não só em escolas norte-americanas, mas também australianas, irlandesas, britânicas, neozelandesas e canadenses.

O Sol é para Todos, de Harper Lee

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Quando o assunto é racismo e injustiça, O Sol é para Todos (To Kill a Mockinbird, em inglês) torna-se o clássico mais importante dessa lista. Escrito por Harper Lee, a obra é vencedora Pulitzer, um dos maiores prêmios norte-americanos na área do jornalismo, literatura e composição musical.  O livro narra a história de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados Unidos dos anos 1930 e enfrenta represálias da comunidade racista. Quem conta a história são os jovens filhos do advogado, Scout e Jem Finch, que acrescentam sensibilidade, sutileza e comicidade à realidade forte e dramática. O escritor explora a irracionalidade das atitudes humanas em relação a raça e classe social, além do conceito de injustiça e da perda da inocência.

Em fevereiro de 2016, a Broadway anunciou que fará uma versão teatral da obra – agora precisamos torcer para a adaptação chegar ao Brasil.

O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger

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Já se sentiu sem rumo e sem propósito durante a adolescência? Se sim, você vai entender perfeitamente O Apanhador no Campo de Centeio (Catcher in the Rye, em inglês), de J.D. Salinger. O livro, publicado em 1951, narra um fim-de-semana na vida de Holden Caufield, um garoto de 16 anos que acaba de ser expulso de um renomado internato. Antes de retornar para casa, ele decide passar os dias que faltam para o início das férias perambulando pela cidade e refletindo sobre a sua vida, as pessoas e o mundo. A obra de Salinger foi originalmente publicada para adultos, mas se tornou popular entre o público jovem por lidar com temas inerentes à adolescência: confusão, angústia, alienação e revolta.

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Revolução dos Bichos , de George Orwell

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Ah, George Orwell… Se você é fã de livros, com certeza já viu ou ouviu algo relacionado ao autor de 1984 e Revolução dos Bichos (Animal Farm, em inglês). Orwell é um dos escritores mais influentes do século 20 e Revolução dos Bichos é a sua obra mais lida ao redor do mundo. A obra, publicada em 1945, é uma fábula e narra a insurreição dos animais de uma granja contra os seus donos. Porém, aos poucos a revolução degenera-se em uma tirania ainda mais opressiva que a dos humanos. O livro apresenta sátiras claras contra a ditadura stalinista, e foi usado durante a Guerra Fria, décadas após a sua publicação, como arma ideológica contra o comunismo.

Hamlet, de Shakespeare

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Ser ou não ser, eis a questão. Você já deve ter ouvido essa frase, e ela foi escrita por ninguém menos que Shakespeare na obra Hamlet, publicada em 1603. O monólogo é umas das obras mais analisadas e interpretadas de toda a história da literatura mundial, e não podia faltar nessa lista.

Em Hamlet, um príncipe vê o fantasma de seu pai, que acusa o irmão de tê-lo assassinado. Assim, Shakespeare nos coloca diante das reflexões do herói: vingar ou não o pai é o dilema do príncipe. E o autor mostra que esse dilema reflete o homem e a cultura da época diante de um mundo em transição, transformado pelo Renascimento, pela descoberta da América, pelo heliocentrismo de Copérnico. Para ler a obra, é preciso estar atento à dualidade presente em toda a sua construção, desde entre pai e filho até a loucura simulada e a loucura verdadeira.

Apesar de ser a obra mais estudada de Shakespeare, não é só Hamlet que os estudantes norte-americanos podem vir a conhecer: Romeu e Julieta e Macbeth também são obras amplamente estudadas.

O Senhor das Moscas, de William Golding

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Ao lado de A Revolução dos Bichos e O Apanhador no Campo de Centeio, o livro O Senhor das Moscas (Lord of the Flies, em inglês) é considerado um clássico da literatura norte-americana do pós-guerra. Durante a Segunda Guerra Mundial, o avião que levava um grupo de crianças inglesas para longe do conflito cai em uma ilha deserta. Sem supervisão dos adultos, eles se organizam para esperar um possível resgate, mas aos poucos a inocência dá espaço a uma disputa violenta pelo poder e ao fim da civilidade. A obra, leitura obrigatória em escolas dos Estados Unidos, é considerada uma reflexão sobre a natureza do mal e a tênue linha entre o poder e a violência desmedida. 

Adeus às Armas, de Ernest Hemingway

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Da lista, Adeus às Armas (A Farewell to Arms, em inglês) é o único livro centrado em um romance. Com traços autobiográficos, Hemingway narra em primeira pessoa a história de Frederic Henry, que se alista no exército italiano como motorista de ambulância e conhece a  enfermeira escocesa Catherine Barkley quando fica ferido. Ambos se apaixonam e tentam construir um pequeno santuário que proteja eles e o amor da violência da guerra. Considerado a melhor obra de ficção produzida sobre a Primeira Guerra Mundial, Adeus às Armas consolidou a reputação de Hemingway como um dos mais importantes ficcionistas do século XX.

Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley

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Ao lado de 1984, de George Orwell, o livro Admirável Mundo Novo (Brave New World, em inglês) é referência entre obras literárias que tematizam regimes autoritários. Aldous Huxley direciona a sua crítica à sociedade capitalista, industrial e tecnológica ao apresentar para o leitor um futuro distópico, no qual as pessoas são condicionadas biologicamente e psicologicamente a viverem em harmonia com leis e regras sociais dentro de uma sociedade organizada em castas. A racionalidade é tão forte na sociedade imaginada por Huxley que a religião é abominada e os conceitos de “pai” e “mãe” são inexistentes – todos os bebês são produzidos em laboratório.

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