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Os livros clássicos que marcaram a nossa vida

Por Ana Prado
Atualizado em 24 fev 2017, 15h08 - Publicado em 29 jun 2016, 23h34

amar livros

Todo mundo ama livros aqui na redação do Guia do Estudante. E esse amor inclui aqueles clássicos da literatura que somos “obrigados” a ler na escola. Como nem todo mundo curte essas leituras, resolvemos listar aqui aquelas que marcaram nossa adolescência – livros que tivemos de ler porque o professor pediu, mas que ganharam nosso coração. São boas recomendações caso você queira dar uma chance aos clássicos (ou caso queira conhecer mais alguns).

Os preferidos da Paula Lepinski, estagiária responsável pelas redes sociais do Guia:

Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida

No fim do ensino médio e ao longo do colegial, eu me afeiçoei por três romances brasileiros, todos de leitura obrigatória para o vestibular. O primeiro da lista foi Memórias de Um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. Era a primeira vez que lia uma história na qual o personagem principal era um anti-herói, cheio de defeitos. Isso me atraiu para a história, que foi construída de forma a te prender de capítulo a capítulo. Além disso, eu me divertia – muito – com as travessuras de Leonardinho e adorava como o autor desconstruía as personagens, mostrando que as aparências enganam.

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Capitães da areia, de Jorge Amado

O segundo livro que eu quero indicar é um que acredito muitos terem lido e gostado: Capitães da Areia, de Jorge Amado. Acho que não preciso falar muito dele, não é? A prosa fácil, as personagens complexas, a realidade brutal e a história cativante o tornaram um dos livros preferidos de muitos estudantes, e eu me incluo nesse grupo. Se você não leu, leia! É quase impossível não gostar.

Til, de José de Alencar

O último livro que conseguiu um lugarzinho permanente na minha estante foi Til, de José de Alencar. Se você está torcendo o nariz nesse momento, recomendo que leia o livro de novo e sem preconceitos. É sério! A escrita de José de Alencar é detalhista, sim, o que pode confundir um pouco quem não está acostumado a ler. Mas a história da menina Til é simplesmente arrebatadora e surpreendente, e ela se tornou uma das minhas personagens favoritas.

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Os favoritos do Guilherme Eler, estagiário do site e do Guia impresso:

A revolução dos bichos, de George Orwell

Clássica, a obra de George Orwell é uma daquelas atemporais. Li quando tinha meus 13 ou 14 anos e talvez pudesse ter aproveitado mais se possuísse uma base teórica maior, podendo traçar paralelos com questões sociais e modelos políticos de gestão. Mas, ainda assim, foi uma leitura que me marcou bastante. A opressão representada pelo homem e personificada na figura do fazendeiro, a forma como os porcos vão deixando de lado os princípios estabelecidos em conjunto e tomando as rédeas da Revolução. Todo o desenrolar da história é um processo fascinante. A frase “Todos iguais, mas uns mais iguais do que os outros” consegue explicar com perfeição questões sociais reais como a desigualdade e a ausência de políticas públicas que atinjam todas as pessoas.

A cidade e as serras, Eça de Queirós

O livro de que mais gostei de ler para o vestibular. Sempre que falo isso em alguma conversa com amigos, costumam achar meio estranho. Tá bom, a escolha pode ser um tanto polêmica, principalmente em uma lista que contava com Machado de Assis e o queridinho Jorge Amado, mas a ambientação criada pelo autor na discussão “campo x cidade” conseguiu me conquistar desde o começo. A narração dos fatos conduzida por Zé Fernandes, personagem secundário, dá uma visão única à história e à sociedade parisiense do começo do século passado – as cenas que tratam da boêmia capital francesa são fantásticas. Jacinto, obcecado pela vida urbana e pela modernidade é, até hoje, um dos meus personagens preferidos da literatura.

Os favoritos da Ana Prado, editora do site:

O cortiço e Casa de Pensão, de Aluísio de Azevedo

Os dois romances se passam em uma habitação coletiva no Rio de Janeiro (o primeiro no cortiço de João Romão e o segundo na pensão de João Coqueiro) e contam a história sob uma perspectiva naturalista. Neles, o comportamento dos personagens é determinado pela influência do meio, da raça e do momento histórico e todos eles têm algo de animalesco, selvagem. São pessoas impulsivas, interesseiras, doidas, caricatas. Eu achei a leitura do Cortiço mais fluida, mas os dois livros prenderam muito minha atenção e seus personagens, de comportamento quase animalesco, causaram impressões que ficaram na minha cabeça até hoje, quase 12 anos depois. Tudo ainda parece tão real que é como se eu tivesse essas memórias remotas de pessoas que conheci de verdade.

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Dom Casmurro, de Machado de Assis

Todos os livros que eu li do Machado de Assis deveriam entrar aqui – às vezes eu até demorava um pouco para começar a achar a leitura legal, mas sempre acabava amando em algum momento. Só que Dom Casmurro foi o meu preferido. A história de Bentinho e Capitu me marcou por sair daquele clichê das histórias de amor. Aliás, o Machado de Assis é ótimo para dar aqueles tapas na cara e mostrar a natureza humana tal como ela é – com um olhar crítico do realismo, mas sem aquela pegada animalesca do naturalismo. Você pode até ficar meio pessimista depois dessas leituras, mas a escrita dele é tão genial que você sai conseguindo ver beleza em tudo mesmo assim.

Os favoritos da Ana Lourenço, repórter do site:

Senhora, de José de Alencar

Quando eu era pequena, minha mãe tinha uma coleção gigante de livros antigos acumulados ao longo dos anos. Um deles era Senhora, que me chamou atenção pela capa e acabei pegando para ler ainda bem nova (não devia ter mais de 10 anos). Mesmo com todos os poréns da época e da linguagem, que quando criança ainda não entendia muito bem, fiquei encantada com a história da Aurora, uma mulher de personalidade forte que ascende socialmente e decide enfrentar paradigmas. Foi o primeiro contato que tive com um livro clássico e foi amor instantâneo!

O crime do padre Amaro, de Eça de Queirós

Esse foi o terceiro livro que li do Eça de Queirós, e o considero o melhor. Não o li por obrigação, mas sim porque tinha gostado muito de O primo Basílio e a sinopse dele me interessou mais. Não deu outra: a história é escandalosa (ainda mais se considerarmos a época em que foi publicada), relatando a paixão entre um padre e uma jovem numa pequena cidade portuguesa, mas é viciante. Cada página te faz querer virar para a próxima o mais rápido possível, só de ansiedade para saber o que acontece. Além disso, o livro faz uma das melhores críticas sociais que já vi – o forte uso da ironia para ressaltar a hipocrisia da sociedade já vale toda a leitura.

Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga

Meu favorito dessa lista! Marília de Dirceu é romântico, sensível, lirismo puro. É um compilado de poesias escritas por Tomás Antônio Gonzaga para sua amada, Maria Dorotéia de Seixas, com quem estava de casamento marcado até ser enviado para o exílio devido à sua participação na Inconfidência Mineira. Li o livro depois de visitar Ouro Preto, onde a casa de Gonzaga foi transformada em museu e a história da época está estampada em todas as paredes. Quem tiver alma romântica com certeza vai se apaixonar.

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