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Para dar aula de Inglês em escola de idiomas preciso ter curso superior de Letras?

Por Malú Damázio
Atualizado em 24 fev 2017, 15h36 - Publicado em 13 mar 2015, 19h38

Muitas vagas no mercado de trabalho exigem que o profissional que está se candidatando tenha domínio da língua inglesa – e, em alguns casos, de outros idiomas também! – para complementar a compreensão e facilitar a execução das atividades que serão desempenhadas naquele cargo. A dúvida de hoje foi enviada pelo José Cláudio Lopes, que sonha em dar aulas de Inglês em escola de idiomas, mas não sabe se precisa cursar uma faculdade para poder se candidatar a oportunidades na área.

“Olá, bom dia. Tenho uma dúvida: Sempre quis dar aula de inglês em escola de idiomas, então o que é melhor: Fazer um curso de inglês em uma escola de idiomas ou cursar uma faculdade de Tradução e Interpretação.”

(Imagem: Thinkstock)

Grande parte das escolas de idiomas não exige que seus professores tenham feito curso superior na área. Afinal, você também pode dominar uma língua a partir de outras experiências. Morar por um tempo em um país que tenha como língua-mãe o Inglês e estudar em cursinhos, ou com professor particular, ou por conta própria são algumas das formas mais comuns de aprender um novo idioma. No entanto, ter uma graduação em Letras pode ser útil ao ensinar línguas para outras pessoas e também para trabalhar com idiomas em outros campos.

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O Guia do Estudante conversou com Lizika Goldchleger, gerente executiva da Faculdade Cultura Inglesa para solucionar a dúvida do José. Ela explica que as escolas de idiomas oferecem treinamentos para seus profissionais e costumam exigir do candidato a professor fluência em Inglês, certificado emitido por órgãos internacionais atestando o domínio da língua e também diploma de curso superior – que não precisa ser na área de línguas. Como a Cultura Inglesa oferece, além do ensino livre do Inglês britânico, a graduação em Letras, Lizika destaca que o licenciado pode atuar em áreas que exigem curso superior de idiomas, como em escolas de ensino médio e fundamental das redes pública e privadas.

Ah, José! Para se tornar professor de Inglês, caso opte por fazer um curso superior, é interessante que você tenha um diploma de Licenciatura em Letras. A habilitação em Tradução e Interpretação te prepara, entre outras coisas, para ser intérprete de pessoas que não falem a língua portuguesa.

Confira o depoimento!

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Lizika Goldchleger, gerente executiva da Faculdade Cultura Inglesa:

“Ei, José! Para dar aulas de inglês em um curso de idiomas não é necessário um diploma de Bacharelado de Tradução e/ou Interpretação. As escolas de idiomas não costumam fazer esta exigência. A Cultura Inglesa, por exemplo, pede diploma de nível superior e proficiência na língua inglesa correspondente ao nível C1 ou C2 do Conselho Europeu de Línguas (CEF); ela se encarrega de fazer a capacitação dos professores. Outras escolas também têm os seus treinamentos de professores internos, que não são de longa duração, basta que eles dominem o idioma.

O diploma de bacharelado em tradução e/ou interpretação prepara a pessoa para ser um tradutor/intérprete, e não um professor. Uma faculdade de Licenciatura em Letras – Inglês prepara a pessoa em quatro anos para ser um professor de inglês. Caso você decida pela licenciatura, as oportunidades de trabalho com a língua inglesa serão maiores. Além habilitar profissionais para dar aulas em escolas de idiomas, o curso de Letras forma professores para atuarem nos ensinos Fundamental e Médio das redes pública e privada e em cursinhos pré-vestibulares. Com o curso superior, formação que a Cultura Inglesa também oferece, há possibilidade de ampliar o leque de atuação nessas instituições, como ocupar cargos de coordenador pedagógico e diretor. Se concluir um curso de pós-graduação, a pessoa estará habilitada a lecionar em faculdades e universidades.

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Já fora da sala de aula, o profissional com curso superior pode atuar, por exemplo, em empresas ou entidades que preparam ou aplicam exames internacionais como os exames da Universidade de Cambridge, TOEFL, TOEIC, ILEC, IELTS, etc. Ainda nessa área, estará habilitado a redigir exames para concursos públicos em geral ou vestibulares. Outras opções profissionais são atuar em editoras, como revisor e editor, em empresas de legendagem de filmes e de tradução, como tradutor de livros, artigos de jornais e revistas. Empresas especializadas em serviços de intérpretes também são empregadores em potencial.”

>> Saiba mais sobre a carreira de Letras

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Ao receber a dúvida do José pensei logo em uma pessoa bem próxima de mim que tem uma experiência legal para contar: a minha mãe! :) Sandra Barros Damázio – mais conhecida como mãe – é professora de Inglês da rede estadual de ensino de Minas Gerais. Mas, muito antes de se formar em Letras e dar aula para o ensino médio, ela já lecionava em escolas de idiomas. Aliás, foi como aluna de um cursinho de Inglês que ela percebeu o interesse pela profissão e decidiu que seria legal fazer uma faculdade.

Ó o depoimento dela:

Sandra Barros Damázio, professora de Inglês do ensino médio:

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“Oi, José! Tudo bem? Comecei a trabalhar com Inglês quando fazia aulas em uma escola de idiomas na minha cidade. Incentivada por um tio (que inclusive bancou meu curso) a aprender outras línguas, eu trabalhava como secretária da unidade e também estudava lá. Em um momento, fui selecionada entre os melhores alunos para ganhar uma bolsa de estudos e passei também no treinamento da própria instituição para dar aulas de Inglês para os primeiros níveis – ensino do conteúdo básico da língua para crianças. Com o tempo, fui gostando de lecionar, me formei no cursinho, assumi classes em níveis mais avançados e tive vontade de saber mais sobre o idioma, até para poder trabalhar como professora em outros locais.

Quando tive a oportunidade de fazer faculdade de Licenciatura em Letras – Português/Inglês deixei a escola de idiomas para me dedicar melhor ao curso e soube, aí, que a graduação poderia me ajudar bastante. Além do conhecimento mais aprofundado no idioma estrangeiro, estudei também mais detalhadamente o Português, o que me ajudou, por exemplo, a entender a estrutura das duas línguas e a fazer comparações lógicas entre elas. Me formei e passei no concurso para ser professora do estado de Minas Gerais, função que você só pode exercer caso seja licenciado em Letras.

Mesmo com o trabalho no estado, voltei a dar aulas em cursinhos de Inglês e, nos dois momentos em sala de aula, percebi que era muito mais fácil explicar para o aluno certas situações que ocorrem em idiomas estrangeiros porque eu conhecia a estrutura das línguas. Pude pensar em novos jeitos de passar o conteúdo que saíssem da ideia de “decoreba” ou do “porque me ensinaram assim”. Outros professores sem curso superior tinham vivências fora do Brasil e sabiam mais sobre a oralidade e a aplicação do conteúdo no dia-a-dia. Como esse não era o meu caso, busquei conhecer mais a fundo a língua inglesa em outros pontos. Recentemente, ganhei uma bolsa do governo brasileiro destinada a professores da rede pública que queiram estudar e aperfeiçoar seu Inglês. Fui para a Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos e, com isso, pude ter também o contato direto com o idioma e a fluência que meus colegas que moraram fora já tinham.

Com ou sem curso superior, o importante é que você nunca pare de estudar e praticar. Para dar um exemplo simples: a televisão da minha casa fica ligada, na maior parte do tempo, em canais estrangeiros – principalmente os de Inglês e Espanhol, que também cursei em escola de idiomas – para que eu possa estar em contato com a língua em situações diferentes, me acostume a ouvir e interpretar o que é dito e a saber qual a melhor pronúncia das palavras. Também procuro assistir a filmes em Inglês sem legenda para treinar minha compreensão da língua. Essas ações pequenas são importantes para aprimorar seu Inglês e, consequentemente, a qualidade das suas aulas.

Bom, é isso. Espero ter te ajudado e boa sorte!”

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