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Redação para o Enem e Vestibular

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Dicas de redação, propostas e análises de texto para mandar bem no Enem e nos vestibulares
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O que pode acontecer com quem tenta inovar demais na redação?

Saiba o que acontece e veja um exemplo de redação suicida

Por Paulo Montoia
Atualizado em 13 jun 2017, 11h29 - Publicado em 7 jul 2016, 22h25
Jennifer Lawrence: Sim, você fracassou! (Fonte: Giphy)

Conta a lenda que um estudante absolutamente genial tirou nota máxima na redação do vestibular, surpreendendo os avaliadores. Diante de um tema aparentemente ingênuo, como A amizade nos dias de hoje, ele chutou o pau da barraca expondo sua visão de mundo de forma audaciosa, engajada politicamente, transcendente. Enumerou problemas sociais graves e finalizou afirmando que, diante de questões humanas tão cruciais, estava se lixando para o tema quase pueril da amizade. Você já ouviu falar disso? Ou de outro candidato que, em vez de dissertar, como solicitado, poetizou o tema social com muito cuidado, construindo algo tão bom, tão Carlos Drummond de Andrade, que surpreendeu os avaliadores?

Veja também: evite desastres de caligrafia na redação

Caro internauta, aceite o conselho de todos os professores e avaliadores: não faça isso! Não faça na prova do Enem, e em nenhum vestibular. Esse tipo de desastre já foi chamado de “redação suicida”. Não fuja do tema, não fuja do gênero solicitado. Veja boas razões para não fazer isso:

– Esse candidato estará se mostrando despreparado.
Esse candidato estará se revelando um futuro universitário problemático, que não consegue, ou não quer, seguir uma orientação simples, algo fundamental no aprendizado.
A prova inteira do Enem e dos vestibulares é feita com as mesmas questões e a mesma proposta textual para todos; não há exceção.
O candidato passará a impressão de estar tentando se diferenciar dos demais vestibulandos do pior modo, como se achasse que é superior por alguma inconfessável razão.
No caso do gênero trocado, o candidato provará, no máximo, que tem domínio desse outro gênero ou tipo textual, mas os avaliadores não saberão qual o seu domínio do que foi proposto e seu texto ficará fora do universo comparativo com os demais.
 – Por fim, provavelmente apenas a banca avaliadora de uma ou outra instituição privada poderia se permitir tal liberdade e dar a nota máxima em um caso assim. Em uma instituição pública, isso pode até gerar até processo judicial de candidatos que não conseguiram uma vaga.

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Veja agora exemplo de uma redação suicida do vestibular da Universidade Estadual Paulista (Unesp), selecionado pelo professor Rogério Chociay no livro Redação no vestibular da Unesp: a dissertação, de 2004. O autor quis inovar, mas só mostrou despreparo.

Redação Suicida 2

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