As notícias internacionais mais importantes da semana de 17 de outubro
Veja os destaques do noticiário internacional para quem vai prestar vestibular. Todas as notícias são da Agência Brasil:
Alterações climáticas podem levar mais de 122 milhões de pessoas à pobreza, alerta ONU
A Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO) das Nações Unidas alertou nesta segunda (17) para a urgência de ajudar o setor agrícola a adaptar-se às alterações climáticas, que poderão deixar mais de 122 milhões de pessoas na pobreza. O perigo é comprometer gravemente a produção alimentar em países e regiões que já enfrentam uma alta insegurança alimentar, caso a agricultura não se torne mais sustentável e produtiva. Os mais afetados seriam as populações nas zonas mais pobres da África subsaariana e do Sul e Sudeste Asiático, especialmente os que dependem da agricultura para viver.
O relatório recorda que, para manter o aumento da temperatura global abaixo do teto de 2°C, as emissões de gases de efeito estufa terão de diminuir 70% até 2050, o que só será possível com o contribuição dos setores agrícolas. Estes setores são responsáveis por, pelo menos, um quinto de todas as emissões, principalmente devido ao desmatamento para converter florestas em terra cultivada e também devido à pecuária e à produção agrícola.
No entanto, escrevem os autores, os setores agrícolas enfrentam um duplo desafio: reduzir as emissões de gases de efeito estufa ao mesmo tempo e aumentar a produção de alimentos para saciar uma população crescente e cada vez mais rica.
Estima-se que a procura global por alimentos em 2050 seja pelo menos 60% maior do que em 2006, mas o crescimento populacional será concentrado nas regiões onde hoje já há maior prevalência de subnutrição e maior vulnerabilidade às alterações climáticas.
Itália tem número recorde de crianças migrantes sem os pais
O número de crianças sozinhas nos barcos superlotados de migrantes que continuam a chegar à costa da Itália atingiu um recorde este ano, alertou nesta quinta (20) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Só nos primeiros nove meses de 2016 chegaram mais crianças do que durante todo o ano de 2015. “Este ano, mais de 90% das crianças viajaram sozinhas, enquanto em 2015 o índice de crianças não acompanhadas era de 75%”, diz o Unicef. “Todos eles precisam de proteção adequada e alojamento. E todo este processo demora muito tempo”.
A maioria das crianças nessa situação chega da África Ocidental, mas, este ano, foi registrado também um aumento das crianças procedentes do Egito, informa a instituição. Mais de 3.100 pessoas morreram afogadas no Mediterrâneo só nos primeiros nove meses deste ano, número que também é recorde, lembra o Unicef, ressaltando que se desconhece quantas crianças estão entre os mortos no mar.
Relatório da ONU alerta sobre necessidade de melhorias na habitação
Cerca de 40% do crescimento urbano em todo o mundo, hoje, ocorre em favelas. Quase um bilhão de pessoas vivem em favelas urbanas ou assentamentos informais. Os dados estão no relatório das ONU divulgado na Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável, a Habitat 3, que acontece no Equador entre os dias 17 e 20 de outubro.
“Em muitas favelas, o acesso a serviços básicos, como educação e cuidados de saúde, é extremamente limitado. Nestas áreas, intervenções simples, mas eficazes, tais como telhados com isolamento, iluminação solar e aquecimento solar de água podem melhorar o nível de vida e reduzir os impactos de ondas de calor e condições meteorológicas extremas”, registra o documento.
O relatório lembra ainda que as taxas de doença e morte prematura são significativamente mais altas entre os grupos mais pobres e marginalizados das sociedades, incluindo moradores de favelas e assentamentos informais.
A Habitat 3 faz parte do ciclo de conferências mundiais periódicas para debater temas relativos à habitação e ao desenvolvimento urbano. A primeira conferência da série ocorreu em 1976. Entre os participantes estão governos nacionais, regionais e locais, ONGs, acadêmicos, profissionais de pesquisa e do setor privado, entre outros.
Venezuela adia eleições regionais e amplia tensão política
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou na noite de terça-feira (18) o adiamento para 2017 das eleições regionais, que deveriam ocorrer em dezembro. Em nota curta, a presidente do CNE, Tibisay Lucena, não explicou os motivos do adiamento e informou apenas que o novo pleito será realizado “no final do primeiro semestre de 2017″.
Para a disputa eleitoral, a expectativa era de que os partidos de oposição derrotassem, novamente, os membros do partido do presidente Nicolás Maduro. Por causa disso, a coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD) acusou o governo de fazer uma manobra para atrapalhar a organização do referendo revogatório, que tenta tirar Maduro do poder.
A oposição terá que cumprir a última fase do recolhimento de quatro milhões de assinaturas (20% dos eleitores) para a realização do referendo. Apesar da MUD tentar validar o processo ainda em 2016, Lucena já avisou que mesmo com o recolhimento do mínimo exigido por lei, o referendo acontecerá apenas no início do ano que vem. Com isso, se Maduro for tirado do poder, seu vice assume e não serão convocadas novas eleições presidenciais.
Relatório da ONU alerta sobre necessidade de melhorias na habitação
Cerca de 40% do crescimento urbano em todo o mundo, hoje, ocorre em favelas. Quase um bilhão de pessoas vivem em favelas urbanas ou assentamentos informais. Os dados estão no relatório das ONU divulgado na Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável, a Habitat 3, que aconteceu no Equador entre os dias 17 e 20 de outubro.
“Em muitas favelas, o acesso a serviços básicos, como educação e cuidados de saúde, é extremamente limitado. Nestas áreas, intervenções simples, mas eficazes, tais como telhados com isolamento, iluminação solar e aquecimento solar de água podem melhorar o nível de vida e reduzir os impactos de ondas de calor e condições meteorológicas extremas”, registra o documento. O relatório lembra ainda que as taxas de doença e morte prematura são significativamente mais altas entre os grupos mais pobres e marginalizados das sociedades, incluindo moradores de favelas e assentamentos informais.
Parlamento Europeu diz que 21 milhões de pessoas são vítimas de tráfico no mundo
O Parlamento Europeu estima que haja hoje no mundo cerca de 21 milhões de pessoas vítimas de tráfico humano, com fins de exploração sexual, trabalho forçado ou outras atividades. A globalização, com seu fluxo intensificado de pessoas, capital e informação, cria riscos e abre espaços para o crime organizado transnacional. O tráfico humano ocorre tanto no âmbito doméstico dos países quanto no internacional e estima-se que movimente cerca 117 bilhões de euros por ano.
As mulheres constituem 95% das vítimas de exploração sexual, enquanto 70% das vítimas de trabalhos forçados são homens. Quanto à origem das pessoas traficadas, 56% são provenientes da Ásia e Pacífico; 18% da África; 9% da América do Sul e Caribe; 7% da União Europeia e países desenvolvidos; 7% do resto da Europa e Ásia Central; e 3% do Oriente Médio. Os países da União Europeia (UE) com mais vítimas de tráfico são: Romênia, Bulgária, Holanda, Hungria e Polônia. Já entre os países não-pertencentes à UE, destacam-se a Nigéria, Brasil, China, Vietnã e Rússia.
Segundo o Parlamento, a prática constitui um crime grave, cometido frequentemente no quadro da criminalidade organizada, e é uma violação grosseira aos direitos humanos, expressamente proibida pela Carta dos Direitos Fundamentais da UE.