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Atualidades no Vestibular

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História do Brasil e Atualidades: confira 3 temas que unem passado e presente

Por Fabio Sasaki
Atualizado em 24 fev 2017, 15h03 - Publicado em 8 set 2016, 19h52

Até que ponto um acontecimento do passado pode influenciar um fato atual? De que forma o homem pode aprender com a história para direcionar suas ações no presente? Afinal, a história pode se repetir?

Apesar de ser difícil responder a essas intrigantes indagações, uma coisa é certa: resgatar experiências anteriores é uma poderosa ferramenta para aprimorar a nossa percepção a respeito do que se passa hoje em dia. É por isso que, mesmo intuitivamente, sempre buscamos referências do passado para analisar uma situação atual.

O Enem e os principais vestibulares cobram bastante esse tipo de habilidade, pois acreditam que os melhores candidatos são aqueles que sabem estabelecer conexões entre importantes acontecimentos históricos e os mais representativos fatos do noticiário atual.

A seguir analisamos 3 temas de atualidades que nos remetem diretamente à História do Brasil:

IMPEACHMENT: DILMA E COLLOR PERDEM O MANDATO

Dilma Rousseff faz sua defesa durante sessão de julgamento do impeachment no Senado ( Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Dilma Rousseff faz sua defesa durante sessão de julgamento do impeachment no Senado ( Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em 2016, o noticiário no Brasil foi dominado pelo processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Em votações na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, os congressistas votaram pela destituição da presidente eleita em 2010 e reeleita em 2014. Com a saída de Dilma, o vice Michel Temer assumiu a presidência em 31 de agosto.

Esta não foi a primeira vez que um presidente brasileiro sofreu um processo de impeachment. Em dezembro de 1992, Fernando Collor de Mello enfrentou a mesma situação de Dilma. O que motivou a sua saída foi um escândalo de corrupção, conhecido como “Esquema PC” – uma prática de lavagem de dinheiro no exterior comandada por Paulo César Farias, tesoureiro da campanha eleitoral de Collor. As denúncias deram origem ao movimento dos Caras Pintadas, deflagrado pela União Nacional dos Estudantes (UNE).

Horas antes da decisão final pelo impeachment no Senado, Collor renunciou, tentando evitar a perda dos direitos políticos. Mesmo assim, o Senado aprovou o impeachment do presidente no dia 29 de dezembro de 1992.  O vice-presidente, Itamar Franco, assumiu até o final do mandato. Em 1994, Collor foi absolvido em processo criminal pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele voltou ao cenário político em 2006, ao eleger-se senador pelo estado de Alagoas. Em 2014, foi reeleito.

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No caso de Collor, a motivação do impeachment foi sua suposta participação no comando de um esquema de corrupção. Já contra Dilma, pesaram as acusações de que ela teria realizado manobras fiscais indevidas como as “pedaladas fiscais” e os decretos autorizando créditos suplementares no orçamento – veja aqui mais sobre as denúncias que derrubaram Dilma Rousseff.

Em comum, Collor e Dilma enfrentaram uma de grave crise econômica, com recessão, inflação e desemprego em alta. Esse quadro exerceu papel fundamental para minar a popularidade dos dois presidentes. Mas o fator decisivo para a queda foi a perda do apoio parlamentar. Abalados pelas perspectivas negativas da economia e pela pressão popular, tanto Dilma quanto Collor não tiveram habilidade política para lidar com um Congresso hostil e sofreram um forte isolamento de deputados e senadores – que são as autoridades responsáveis por analisar as denúncias e votar pela destituição dos presidentes. Sem conseguir reverter o cenário político adverso, Dilma não obteve os votos suficientes para manter o seu mandato e repetiu o calvário de Collor. Ou seja, o fator político acabou sendo mais decisivo do que a própria análise jurídica do caso.

IMIGRAÇÕES: OS DIVERSOS FLUXOS MIGRATÓRIOS PARA O BRASIL

Imigrante haitiano embarca para Rio Branco, capital do Acre (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Imigrante haitiano embarca para Rio Branco, capital do Acre (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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O Brasil é uma nação essencialmente formada por imigrantes. Desde que os primeiros portugueses aportaram por aqui, em 1500, o país absorveu intensas levas imigratórias.

Estima-se que entre 1550 e 1850, tenham chegado ao Brasil 4 milhões de negros trazidos do continente africano como mão de obra escrava, especialmente da Guiné, Congo, Angola, Moçambique e Benin.

Posteriormente, houve um intenso fluxo imigratório entre meados do século XIX e a primeira metade do XX. Nessa época, o principal produto de exportação do Brasil era o café, e sua produção, baseada no uso da mão de obra escrava, estava em crise – o tráfico de escravos havia sido suspenso em 1850 e a abolição total da escravatura viria em 1888. A saída encontrada pelo governo e pelos grandes fazendeiros para substituir os trabalhadores libertos foi incentivar a vinda de mão de obra de fora do país. Italianos, portugueses, espanhóis, japoneses e alemães vieram em peso para o Brasil. Após a I Guerra (1914-1918), o fluxo voltaria a crescer, dessa vez impulsionado também por trabalhadores poloneses, judeus e russos.

Atualmente, a maioria dos imigrantes chegam ao Brasil a partir de países vizinhos, como Bolívia e Paraguai. Mas há também asiáticos e africanos, principalmente de países como Senegal, Nigéria e Gana. Já os haitianos constituem um caso especial de migração. Sua vinda em massa a partir de 2010 teve causa o terrível terremoto que deixou o país em ruínas. Desde então, o Brasil passou a conceder visto de entrada aos haitianos. O Acre tem sido a principal fronteira de acesso. A partir de 2012, o governo brasileiro criou um visto especial, chamado de visto humanitário, de cinco anos, sem requisitos de qualificação educacional ou profissional. Desde 2010, pelo menos 50 mil haitianos entraram no Brasil.

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O Brasil também acolhe refugiados – aquelas pessoas que mudam de região ou país para fugir de guerras, conflitos internos, perseguição e violação aos direitos humanos. Atualmente, vivem no Brasil cerca de 9 mil refugiados de 79 nacionalidades. Os sírios, que enfrentam uma violenta guerra civil desde 2011, constituem o maior grupo (quase um terço do total), seguidos de angolanos, colombianos, congoleses e palestinos.

Veja também: Entenda como a crise dos refugiados pode ser cobrada no Enem

ELEIÇÕES: CORONELISMO E CURRAIS ELEITORAIS

Processo eleitoral no Brasil sofre com a influência do coronelismo (Elza Fiúza/Agência Brasil)

Processo eleitoral no Brasil sofre com a influência do coronelismo (Elza Fiúza/Agência Brasil)

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Neste ano em que teremos eleições para prefeitos e vereadores dos municípios brasileiros, é importante ficar atento a uma prática ainda em vigor no país e que remonta ao período do Império, quando começaram a ser realizadas as primeiras eleições no Brasil: o coronelismo.

Naquela época, os grandes chefes políticos locais, denominados coronéis, compravam a patente da Guarda Nacional (força militar-policial da província) na época das eleições e exerciam todo tipo de pressão sobre os eleitores para escolher seus candidatos. Uma das mais típicas práticas dos coronéis é a formação de currais eleitorais: aproveitando-se da miséria da população, os grandes latifundiários ofereciam roupas, comida, dinheiro e emprego em troca do voto.  Dessa forma, garantiam a totalidade dos votos e o controle eleitoral sobre determinada região.

Essa prática ganhou força com o advento da República, em 1889, quando os coronéis aproveitaram-se do fato de que as eleições passaram a ser mais regulares e que, por muitos anos, o voto não era secreto, o que facilitava a compra do voto e a coerção sobre os eleitores.

O costume foi perdendo força no decorrer dos anos, mas não chegou a ser totalmente extirpado da política nacional. Nas campanhas eleitorais do país, algumas candidaturas ainda são alvo da lei eleitoral que proíbe a doação de brindes e o transporte de eleitores em troca de voto. O resultado é que prefeitos e deputados, por exemplo, acabam sendo processados pelos tribunais eleitorais e correm o risco de perder o mandato.

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Mais recentemente, ganhou evidência a prática de uma nova forma de coronelismo, em vigor principalmente em algumas comunidades do Rio de Janeiro. Nas últimas eleições, muitos políticos da capital carioca reclamaram à Justiça eleitoral sobre o poder que traficantes e milícias exercem sobre certas regiões do Rio. Eles impõem o voto em determinados candidatos e impedem outros de fazer campanha eleitoral em determinadas áreas sem um acordo prévio.

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