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Curso de Relações Internacionais da UFRGS destaca estudo de Ciência Política, Economia e Direito

Por Malú Damázio
Atualizado em 24 fev 2017, 15h35 - Publicado em 17 abr 2015, 11h01

(Imagem: Thinkstock)

Você conhece o curso de Relações Internacionais? Já pensou em se tornar um profissional da área? Se o assunto te interessa, vem com a gente! Hoje iremos falar um pouco mais sobre a graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que recebeu cinco estrelas na última avaliação do Guia do Estudante. Ter interesse em estudar política, economia, direito e história internacional e vontade de mergulhar a fundo em um assunto para analisa-lo e destrinchar as possibilidades de atuação no caso são algumas características importantes para quem quer seguir a carreira de internacionalista, como explica a estudante do sétimo semestre da federal gaúcha Ticiana Amaral.

Este profissional age, em termos gerais, através da análise do cenário político e econômico internacional. O internacionalista pode trabalhar em ministérios, ONGs ou empresas. Algumas das atuações comuns são em governos estaduais, na presidência da República, como analista no Congresso Nacional, na consultoria e assessoria econômica de órgãos públicos e privados, em embaixadas e consulados, em organismos multilaterais, como a ONU (Organização das Nações Unidas) e o Mercosul (Mercado Comum do Sul), e em bancos, como Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o FMI (Fundo Monetário Internacional). A carreira acadêmica também é uma opção muito frequente, principalmente em universidades públicas.

>> Existe alguma graduação específica para trabalhar na ONU?

Na graduação, a carga de leitura é extensa. “O curso é pra quem gosta de estudar teoria e fazer análise, não recomendaria pra quem prefere lidar com o prático e momentâneo”, observa Ticiana. Como as aulas de Relações Internacionais são ministradas no prédio da Faculdade de Economia da UFRGS, a grade curricular tem muitas matérias ligadas ao estudo econômico, como Análise Macroeconômica, Economia Internacional e Formação Econômica do Brasil. Outra característica do curso é a grande quantidade de disciplinas ligadas à área da Ciência Política, como Geografia Política, Política Comparada e Política Externa Brasileira. Temáticas como Internacionalização de Empresas: Estratégias e Práticas, Relações Internacionais da África e do Oriente Médio, Direito das Relações Internacionais e Organização e Regimes Internacionais também fazem parte do currículo da UFRGS. A universidade oferece 60 vagas para o curso integral em Porto Alegre (RS). A forma de ingresso se dá por meio do processo seletivo da própria instituição, que adota também o Sisu.

Dúvidas comuns

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Para o estudante Otávio Costa Miranda, a maior parte das confusões a respeito da graduação em Relações Internacionais – comumente chamada de RI – se deve à falta de informações sobre o curso. “A graduação é razoavelmente diferente da expectativa do aluno de ensino médio, que, por ter facilidade em aprender idiomas e gosto pelo estrangeiro, acaba enveredando pelo caminho das RI durante o vestibular, mas se frustra ao perceber a essência política do curso, que deriva justamente da Ciência Política”, explica. Claro que o estudo de idiomas também é importante – e bem vindo! –, não só durante a faculdade, mas ao longo de qualquer carreira que o envolva diretamente. Entretanto, uma escolha que priorize somente o conhecimento de línguas pode ser complicada. “Normalmente, aspirantes a uma vaga no curso imaginam que saber cinco idiomas é essencial, mas não é. Pode ser um bônus, um diferencial, mas não um requerimento”, revela Otávio. Essa premissa também vale para experiências no exterior antes da faculdade. Ninguém precisa ter viajado para fora para cursar Relações Internacionais. Na carreira existem campos que não lidam diretamente com isso, como a assessoria governamental, seja no poder Executivo ou no Legislativo, e a atuação em ministérios.

Se você pretende seguir carreira fora do país, não se preocupe! As experiências no exterior, tanto universitárias quanto a trabalho, são possíveis. Apesar de não ser o mercado mais preenchido por profissionais brasileiros, muitos internacionalistas atuam em organismos multilaterais, empresas multinacionais e na área de diplomacia, com mediação de conflitos. O estudo de mandarim permitiu, por exemplo, que Otávio ganhasse bolsa, em 2014, para estudar chinês e cursar a graduação na Renmin University of China – considerada a melhor universidade do país asiático na área de RI. “Procurei assim diversificar minhas oportunidades de intercâmbio. Certamente meu currículo formado na UFRGS e as indicações de professores que, mais do que mestres, são amigos, contribuíram para que eu atendesse aos requisitos para a oportunidade”. Desde então, o estudante deixou a federal gaúcha e completa seu curso na China.

(Imagem: Thinkstock)

RI ou Comércio Exterior?

Outra dúvida comum de quem está prestando vestibular é se o curso de Relações Internacionais é similar à graduação em Comércio Exterior. Apesar de existirem matérias econômicas comuns aos dois cursos, as áreas de atuação e de estudo de cada carreira têm enfoques distintos. Em Comércio Exterior, o estudante verá tópicos ligados à economia internacional, como importação e exportação, e terá noções de administração. Já as Relações Internacionais partem do estudo da Ciência Política aplicada às relações entre indivíduos. “RI engloba um conteúdo mais amplo, envolvendo relações entre Estados, sociedade, instituições e agentes privados no sistema internacional sob diversas esferas: econômica, cultural, geopolítica etc”, destaca Ticiana.

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Dia-a-dia da profissão

As oportunidades de emprego em Relações Internacionais variam de acordo com a própria política internacional do país e com fatores econômicos. Ao longo da graduação, é comum que os estudantes encontrem estágio em empresas e em órgãos públicos. Otávio teve experiências na BP, antiga British Petroleum, e também na assessoria de assuntos federativos e parlamentares no Ministério de Relações Exteriores e no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “Os papéis que desempenhei foram muito diversos, variando entre a apresentação da empresa a produtores nacionais de cana de açúcar para posterior negociação de contratos, a preparação de briefings para a sabatina de embaixadores no Congresso  e o mapeamento e catalogação da produção de ferro nos principais exportadores”, lembra.

>> Leia mais sobre a carreira de Relações Internacionais

Dentro da universidade também existem várias atividades que permitem que os alunos entrem em contato com o dia-a-dia da profissão. Uma delas é o projeto de extensão UFRGSMUN (Model United Nations), que simula reuniões da ONU. Nele, os estudantes elaboram e executam todos os processos de organização e montagem de um evento internacional de grande porte: desde o aluguel de espaço para as atividades, montagem de coffee breaks e festas até a publicação de artigos científicos e guias de estudo. A atividade reúne alunos de todo o país – que, inclusive, se vestem a caráter! – e é feita em inglês, assim como no ambiente das Nações Unidas. Há também uma versão do projeto para as escolas públicas, organizada pelo centro estudantil (CERI), em que os alunos de UFRGS são mediadores da simulação que discute temáticas de Relações Internacionais com estudantes de ensino médio.

Além disso, o curso da UFRGS também tem inúmeros grupos de pesquisa nas diferentes áreas das Relações Internacionais. Ticiana participa de dois deles: é voluntária em um trabalho sobre partidos de esquerda na América Latina e recebe bolsa de iniciação científica para um estudo sobre integração sul-americana. “As experiências são muito boas tanto para o aprofundamento nessas áreas quanto para uma maior vivência da academia. E é claro, é uma forma de retribuição para a sociedade, já que se trata de uma universidade pública”, finaliza.

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