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Curso de Zootecnia da UEM procura aumentar produtividade da pecuária

Por Malú Damázio
Atualizado em 24 fev 2017, 15h20 - Publicado em 2 jul 2015, 17h38

(Imagem: Thinkstock)

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A produção animal e a exportação de carne são umas das principais atividades comerciais brasileiras e, para que os rebanhos criados tenham a melhor qualidade possível, é preciso desenvolver rações mais nutritivas, pensar em formas alternativas de alimentação e trabalhar no melhoramento genético das espécies através da reprodução. O zootecnista é o profissional que se dedica a realizar procedimentos como esses e também atua na gestão e no aumento da produtividade agroindustrial. Diferente do veterinário, que cuida da saúde e da fisiologia animal, e do agrônomo, que estuda e supervisiona as formas de cultivo vegetal, o zootecnista trata diretamente do aprimoramento da produção animal. Hoje vamos conhecer um pouco mais sobre o curso da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Paraná, avaliado em cinco estrelas pelo Guia do Estudante.

A cada semestre, 40 novos alunos ingressam na graduação da UEM, que disponibiliza suas vagas através de dois vestibulares próprios – um no início e outro no meio do ano. Durante o curso, que ocorre em período integral, os estudantes aprendem sobre nichos de espécies de criação animal. Por isso, aulas de piscicultura, ovinocultura, bovinocultura serão parte do dia-a-dia de quem pretende cursar Zootecnia. Além disso, a grade curricular também prevê disciplinas que tratam de gestão do agronegócio e de nutrição, reprodução, anatomia e fisiologia animal. Ah! E se você está pensando em se livrar da área de Exatas assim que deixar a escola, Caroline Silva, do nono semestre, dá o recado: “Eu sai do ensino médio pensando que nunca mais ia ter aula de física na vida, mas nossa graduação é bem voltada para Exatas e Biológicas, então, é preciso ter afinidade com esses campos, senão não dá para ir pra frente”. Então, prepare-se para estudar química, física e cálculo!

Mão na massa!

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Como a zootecnia é uma profissão diretamente relacionada ao campo, os alunos da UEM não ficam só na sala de aula. As matérias também são aprendidas na prática, na fazenda experimental da universidade no distrito de Iguatemi, a vinte minutos de Maringá. Lá, os estudantes acompanham o ciclo produtivo de várias espécies. Cada professor é responsável por um tipo de setor, como frangos, carneiros, codornas, peixes e bovinos de leite. A prática e as visitas à fazenda se tornam ainda mais frequentes quando os alunos participam de grupos de pesquisa ou fazem estágio supervisionado por algum dos docentes. Caroline estagia com caprinos e conta que acompanha os animais desde a reprodução. Após o desmame dos filhotes começam os experimentos. “Normalmente fornecemos alguma ração balanceada testando alimentos ou componentes que podem ser adicionados na dieta visando o aumento da produção de carne ou leite”, lembra. Depois da coleta de amostras, os alunos analisam os resultados em laboratórios.

Já Renato Umbelino, do nono período, trabalha com melhoramento genético em aquicultura na estação de pesquisa da universidade. Em estágio de férias ele desenvolveu atividades na área de alimentação, manejo e cuidado das incubadoras do programa. O estudante, que sempre esteve envolvido com animais por ter crescido em ambiente rural, destaca que os estágios nos laboratórios e na fazenda experimental da UEM são boas formas de se preparar para o mercado de trabalho. Existem ainda grupos de pesquisa e a empresa júnior do curso, ZooJr, que desenvolvem atividades e experimentos em fazendas particulares da região de Maringá, o que permite aos estudantes um envolvimento direto com o produtor rural. Os integrantes do grupo são auxiliados por um professor e aplicam o conhecimento aprendido em sala de aula na propriedade com o intuito de melhorar a produção.

 

(Imagem: Thinkstock)

Por depender de diferentes ambientes naturais para o crescimento das espécies, a graduação em Zootecnia também inclui viagens de campo. Renato explica, por exemplo, que os peixes recém-saídos dos ovos, chamados alevinos, produzidos no programa de melhoramento em piscicultura do qual ele participa, são enviados a outra estação de pesquisa para um período de crescimento até o alcance da idade reprodutiva – momento em que voltam para a estação sede. Nesse tempo, as espécies são submetidas a biometrias mensais feitas por uma equipe de alunos, pesquisadores e professores. “Trabalhávamos o dia todo mais sempre tínhamos uma folguinha para pescar, tomar banho de rio, fazer um almoço mais caprichado e relaxar. Era bem legal e fiz amigos pra vida toda!”, conta o estudante.

>> Leia mais sobre a carreira em Zootecnia

Mercado de trabalho

O zootecnista visa o aumento da produtividade animal e encontra, portanto, atuação em mercados relacionados à criação e à alimentação de espécies comercializáveis. Assim, há oportunidades que extrapolam o campo das fazendas, como em indústrias de rações e de complementos alimentares, frigoríficos, empresas de consultoria, cooperativas de criadores, laboratórios e instituições de pesquisa e até mesmo em zoológicos (!), aponta Caroline. No entanto, a estudante acredita que o mercado de trabalho ainda é um pouco restrito porque “muitas empresas do setor rural ainda são desinformadas sobre as vantagens de contratar esses profissionais”. Por isso, ela diz que pretende seguir carreira acadêmica em nutrição de ruminantes, área na qual realiza pesquisas desde que iniciou a graduação.

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Apesar disso, há, sim, espaço para trabalhar em campo. O setor de Aquicultura é um dos que mais cresce, especialmente devido ao grande potencial hídrico do país. “Temos muita água por aqui, o que faz com que esse ramo se valorize a cada ano”, aponta Renato. O bacharel ainda pode desenvolver carreira na área de gestão de sistemas agroindustriais, como planeja Bruno Abreu, do quinto ano. “Decidi fazer Zootecnia por ser filho de produtores rurais e estar conectado com o campo de atuação do profissional e pretendo seguir em gestão do agronegócio, mercado em que estagiei ao longo do curso”, explica. As regiões centro-oeste, norte e nordeste são as que mais absorvem zootecnistas, devido ao seu caráter produtivo nos campos da pecuária, da criação de bovinos, búfalos e animais silvestres, e da pecuária leiteira. Então, se o contato constante com animais e a vida no ambiente rural parecem boas ideias, que tal considerar o curso de Zootecnia? :)

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Curso de Zootecnia da UEM procura aumentar produtividade da pecuária
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