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Médico da Seleção Brasileira de Futebol dá dicas sobre a carreira de Medicina

Por Carolina Vellei
Atualizado em 24 fev 2017, 16h04 - Publicado em 8 Maio 2012, 18h54

Pode-se dizer que o destino teve uma participação especial na escolha da profissão do médico ortopedista José Luiz Runco, que desde a Copa de 1998 é chefe da equipe médica responsável pela Seleção Brasileira de Futebol. Descubra o porquê na na entrevista a seguir.

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A escolha da profissão e o início da carreira

“Decidi seguir a carreira depois de ter feito uma operação no joelho, em 1973”, conta Runco. Por ironia do destino, o médico, que hoje atente dezenas de jogadores de futebol, estava jogando bola com os amigos quando se machucou. Levado para o hospital, viu o trabalho do ortopedista que o atendeu e se encantou. “Na hora percebi que era aquilo que queria fazer”, conta.

Runco examina o jogador Alexandre Pato (Ricardo Stuckert / CBF)

Runco examina o jogador Alexandre Pato (Ricardo Stuckert / CBF)

Se não tivesse se machucado, Runco teria começado a faculdade de Engenharia, seguindo os passos do irmão que já trabalhava na área. “Mas acho que teria me tornado médico em algum momento no futuro, não ia me identificar com a carreira de Engenharia”, arrisca.

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Estudou Medicina no Rio de Janeiro e ainda na graduação começou a estagiar no Clube de Regatas Vasco da Gama e foi pegando cada vez mais gosto pela área do futebol. Quando se formou, acabou contratado como médico oficial do clube. Nos dois anos seguintes, em sua residência médica, optou pela área de traumatologia e ortopedia. Dividia seu tempo entre a residência em uma clínica de ortopedia e seu trabalho no Vasco.

Em 1981, conseguiu conciliar sua especialidade a sua profissão, quando foi convidado para trabalhar no Clube de Regatas Flamengo. Apaixonado por futebol e flamenguista, ele não poderia escolher clube melhor para trabalhar. “Torço pelo time, mas não sou fanático. Quem trabalha no futebol não pode ser fanático”, explica.

O sucesso na carreira e o trabalho na seleção

“Mais de trinta anos de Flamengo é um tempo muito grande, muitos atletas já passaram por mim”, conta. Mas, para ele, o nome do atleta em si não significa muito. O que vale é a alegria de ver a pessoa recuperada. “Os jogadores sempre me presenteiam com a camisa do primeiro jogo quando voltam aos campos, é uma forma de me agradecerem”, conta Runco.

O destaque no centro médico do Flamengo lhe rendeu um convite para ser chefe do Departamento Médico da Seleção Brasileira de Futebol, tanto masculina como feminina. E já em sua primeira Copa, a de 2002, Runco viu a seleção masculina ser campeã. “Foi uma alegria enorme, isso fortaleceu muito o nosso trabalho”, se orgulha.

Esse trabalho tem seu lado bom e seu lado ruim. “Acompanho todos os jogos, mas também preciso ficar na concentração, como qualquer outro membro da equipe”. “Concentrar” é um jargão do futebol usado para designar o período que os jogadores (e demais membros da equipe técnica) ficam isolados para se preparar para os jogos. Os horários são regrados, não se pode sair do centro de treinamento e nem tomar bebidas alcoólicas. “Mas médico está acostumado a essas limitações, é coisa da carreira também”, pondera.

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Oportunidades no mercado de trabalho

Medicina é a ciência que investiga a natureza e as causas das doenças humanas, procurando sua cura e prevenção. Ele pesquisa e trata disfunções e moléstias, escolhendo os melhores procedimentos para preveni-las e combatê-las. Para isso, tem de estar sempre bem informado a respeito de novas drogas e equipamentos que proporcionem aos pacientes os diagnósticos e os tratamentos mais avançados e eficientes. Com o avanço das técnicas e o aumento da segmentação para aprofundar os cuidados, a área de Medicina Esportiva, segundo Runco, é uma das que mais tem crescido no mercado.

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“O profissional do esporte pode trabalhar em clubes, academias e mais uma infinidade de lugares”, conta. O especialista no setor pode cuidar não só de atletas de alto rendimento como pessoas que usam o esporte para ter uma saúde melhor. No total, quatro universidades oferecem a residência na área: a Escola Paulista de Medicina (Unifesp),o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) e a a Universidade Estadual Paulista (Unesp), ambas em São Paulo, além da Faculdade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.

Para os que querem seguir outras áreas, Runco dá a dica: “Sempre haverá emprego, principalmente se você tiver disponibilidade de sair dos grandes centros”. Mas, para isso, é preciso dedicação. “Para você se destacar, tem que reservar muito tempo aos estudos”, explica.

E não existe receita milagrosa para o sucesso. “Não existe nenhum médico na minha família e mesmo assim eu consegui vencer. Meus pais eram de família simples, não tem esse negócio de só quem tem pai médico que consegue emprego. Se você batalhar, o reconhecimento vem”, diz José Luiz Runco.

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