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Ronald Werner, arquiteto do estádio da Copa em Fortaleza, fala sobre o curso e a carreira de Arquitetura e Urbanismo

Por Carolina Vellei
Atualizado em 24 fev 2017, 16h03 - Publicado em 5 set 2012, 16h24

Ronald Werner era daquelas crianças que adorava construir cidades gigantescas com lego em casa. Quando ia à praia, usava a areia como matéria-prima para suas obras. Hoje formado em Arquitetura e Urbanismo, ele não só trabalha com construções de verdade, como também é o responsável pela restruturação do estádio do Castelão, em Fortaleza, que será um dos estádios que receberá a Copa de 2014. Dá para perceber o sucesso de seu trabalho na execução da obra: é a mais adiantada entre todas as que estão em andamento para os jogos.

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A vida universitária

Foi com as suas brincadeiras de infância que Ronald percebeu que Arquitetura e Urbanismo seria o curso ideal para ele. O jovem estudou em um colégio alemão em São Paulo, que não tinha como foco principal preparar o aluno para os vestibulares brasileiros. Prevendo a necessidade de um cursinho, ele prestou, como teste, três provas ao final do terceiro ano: Mackenzie, FAAP e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.

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O arquiteto Ronald Werner (Foto: Arquivo Pessoal)

Ronald foi aprovado no Mackenzie e na FAAP. Acabou optando pela primeira universidade, principalmente porque, segundo ele, o curso da instituição é mais focado em construção, área em que pretendia atuar.

Gostar de cálculos: sim ou não?

Ronald não gostava muito de exatas e tinha dificuldades com matemática. No entanto, precisou superar isso para ser aprovado nas disciplinas que envolviam números na faculdade.  “Geralmente os alunos gostam mais de Arte, mas para conceber um espaço você precisa ter uma base de cálculo, no qual poucos vão bem”, conta.

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– Quais são as melhores faculdades para Arquitetura e Urbanismo?

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Se você quer seguir a mesma profissão de Ronald, mas também não gosta de matemática e física, não entre em pânico. “O cálculo é usado na faculdade, mas na profissão, muitas vezes você pode usar programas que fazem as contas mais complexas por você”, revela. Durante a faculdade é possível aprender o essencial para ser um bom arquiteto e isso será importante para a profissão. Esses conhecimentos são precisos para saber se uma obra é viável ou não e para conversar com os engenheiros, que trabalharão diretamente com ele.

A vida profissional

Ronald começou a estagiar apenas no quarto ano da faculdade, quando a carga horária do curso diminuiu. Ele até queria ter começado antes, mas o curso que fazia era em horário integral e, até meados da década de 1990, não tinha a opção de meio período como existe hoje no Mackenzie. O arquiteto conta como conseguiu um estágio: “Peguei os principais nomes de escritórios que tinha afinidade e que admirava e enviei currículo para todos”, conta.

A estratégia deu certo e ele foi selecionado pela Vigliecca & Associados, uma das empresas do setor mais premiadas do país. Depois de 12 anos no escritório, Ronald conta com orgulho: “Comecei como estagiário e, em 2005, virei sócio”.

A empresa ganhou o direito de executar as obras no estádio do Castelão há cerca de quatro anos. Mas mesmo antes disso o arquiteto já estava preparado para executar uma obra deste porte, pois já tinha acompanhado a reforma do complexo esportivo do Ibirapuera e viajado para a Europa para conhecer a estrutura das arenas mais modernas do mundo. “A cada duas semanas vou para Fortaleza para acompanhar as alterações que não estavam previstas e para falar com os engenheiros no local”, explica. São mais de dois mil funcionários envolvidos na reforma, por isso, é preciso estar atento a toda a evolução da obra para não perder nenhum detalhe.

Projeto da Arena Castelão, em Fortaleza (Imagem: Divulgação)

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O dia a dia de um arquiteto

A rotina de um arquiteto é bem variada. Ronald explica: “É comum nós trabalharmos com metas, mais do que com horários fixos. Tem dias que trabalhamos mais horas, outros, menos”. Essa flexibilidade de horários vai depender do projeto que estiver em execução.

O arquiteto projeta e organiza espaços internos e externos, de acordo com critérios de estética, conforto e funcionalidade. Pode ser responsável também por projetar e coordenar a construção ou a reforma de prédios. Ele faz a planta e determina os materiais que serão utilizados na obra.  Além disso, precisa estar em constante contato com o cliente e com os engenheiros da obra. O projeto é elaborado em várias fases e são pensadas desde a parte hidráulica até as instalações.

Se você quer ser arquiteto, as chances de você ser feliz são bem grandes. “A gente trabalha pra valer, se diverte, tem prazer e não vê aquilo como trabalho, faz parte da sua vida”, revela. Ronald gosta tanto da profissão que não imagina que vá se aposentar. “Você vê o Oscar Niemayer, a maioria de nós não para e isso é minha vontade também”, diz. Ele vê isso de forma positiva e conta que a experiência e o reconhecimento no mercado são conseguidos, pela maioria, por volta dos 40 anos.

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Oportunidades no mercado de trabalho

Ronald explica que há no mercado hoje uma divisão bem clara das áreas em que um arquiteto pode atuar. São elas: edifícios residenciais e comerciais, residências familiares, edifícios institucionais, prédios públicos e urbanismo (planejamento do crescimento de cidades e bairros).

O mercado de arquitetura cresceu bastante nos últimos anos. “O problema é que a área de construção funciona como uma gangorra, com altos e baixos”, explica. Atualmente, de acordo com Ronald, a área está estabilizada, o que faz com que os escritórios consigam ter equipes fixas.

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Ronald Werner, arquiteto do estádio da Copa em Fortaleza, fala sobre o curso e a carreira de Arquitetura e Urbanismo
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