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Nova proposta de redação: O conflito de gerações

Por Ana Prado
Atualizado em 24 fev 2017, 16h02 - Publicado em 5 out 2012, 20h00

A proposta desta semana foi tirada da prova da Unicamp de 2010.

Leia toda a coletânea e selecione o que julgar pertinente para a realização da proposta. Articule os elementos selecionados com sua experiência de leitura e reflexão. O uso da coletânea é obrigatório. Sua redação será anulada se você desconsiderar a coletânea ou fugir ao recorte temático ou não atender ao tipo de texto pedido.

 

APRESENTAÇÃO DA COLETÂNEA

Em toda sociedade convivem gerações diversas, que se relacionam de formas distintas, exigindo de todos o exercício contínuo de lidar com a diferença.

1)

2) Para o sociólogo húngaro Karl Mannheim, a geração consiste em um grupo de pessoas nascidas na mesma época, que viveram os mesmos acontecimentos sociais durante a sua formação e crescimento e que partilham a mesma experiência histórica, sendo esta significativa para todo o grupo. Estes fatores dão origem a uma consciência comum, que permanece ao longo do respectivo curso de vida. A interação de uma geração mais nova com as precedentes origina tensões potencializadoras de mudança social. O conceito que aqui está patente atribui à geração uma forte identidade histórica, visível quando nos referimos, por exemplo, à “geração do pós-guerra”. O conceito de “geração” impõe a consideração da complexidade dos fatores de estratificação social e da convergência sincrônica de todos eles; a geração não dilui os efeitos de classe, de gênero ou de raça na caracterização das posições sociais, mas conjuga-se com eles, numa relação que não é meramente aditiva nem complementar, antes se exerce na sua especificidade, ativando ou desativando parcialmente esses efeitos.

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(Adaptado de Manuel Jacinto Sarmento, Gerações e alteridade: interrogações a partir da sociologia da infância. Educação e Sociedade, Campinas, vol. 26, n. 91, p. 361-378, Maio/Ago. 2005. Disponível em https://www.cedes.unicamp.br)

 

3) A partir do advento do computador, as empresas se reorganizaram rapidamente nos moldes exigidos por essa nova ferramenta de gestão. As organizações procuraram avidamente os “quadros técnicos” e os encontraram na quantidade demandada. Os primeiros quadros “bem formados” tiveram em geral carreiras fulminantes. Suas trajetórias pessoais foram tomadas como referência pelos executivos mais jovens. Aqueles “grandes executivos” foram considerados portadores de uma “visão de conjunto” dos problemas empresariais, que os colocava no campo superior da “administração estratégica”, enquanto o principal atributo da nova geração passa a ser a contemporaneidade tecnológica. Os constrangimentos advindos do choque geracional encarregaram-se de fazer esses “jovens” encarnarem essa característica, dando a esse trunfo a maior rentabilidade possível. Assim, exacerbaram-se as diferenças entre os recém-chegados e os antigos ocupantes dos cargos. No plano simbólico, toda a ética construída nas carreiras autodidatas é posta em xeque no conflito que opõe a técnica dos novos executivos contra a lealdade dos antigos funcionários que, no mais das vezes, perdem até a capacidade de expressar o seu descontentamento, tamanha é a violência simbólica posta em marcha no processo, que não se trava simplesmente em cada ambiente organizacional isolado, mas se generaliza.

(Adaptado de Roberto Grün, Conflitos de geração e competição no mundo do trabalho. Cadernos Pagu. Campinas, vol. 13, p. 63-107, 1999.)

 

4) Ao longo da década de 1990, a renda das famílias brasileiras com filhos pequenos deteriorou-se com relação à das famílias de idosos. Ao mesmo tempo, há crescentes evidências de que os idosos aumentaram sua responsabilidade pela provisão econômica de seus filhos adultos e netos.

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(Ana Maria Goldani, Relações intergeracionais e reconstrução do estado de bem-estar. Por que se deve repensar essa relação para o Brasil, pp. 211. Disponível em https://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/PopPobreza/GoldaniAnaMariaCapitulo7.pdf).

 

5) As relações intergeracionais permitem a transformação e a reconstrução da tradição no espaço dos grupos sociais. A transmissão dos saberes não é linear; ambas as gerações possuem sabedorias que podem ser desconhecidas para a outra geração, e a troca de saberes possibilita vivenciar diversos modos de pensar, de agir e de sentir, e assim, renovar as opiniões e visões acerca do mundo e das pessoas. As gerações se renovam e se transformam reciprocamente, em um movimento constante de construção e desconstrução.

(Adaptado de Maria Clotilde B. N. M. de Carvalho, Diálogo intergeracional entre idosos e crianças. Rio de Janeiro. PUC-RJ, 2007, p 52.)

 

 6)

 

A PROPOSTA

Leia a coletânea e elabore sua dissertação a partir do seguinte recorte temático: A relação entre gerações é frequentemente caracterizada pelo conflito. Entretanto, há outras formas de relacionamento que podem ganhar novos contornos em decorrência de mudanças sociais, tecnológicas, políticas e culturais.

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Instruções:

1. Discuta formas pelas quais se estabelecem as relações entre as gerações.

2. Argumente no sentido de mostrar que essas diferentes formas coexistem.

3. Trabalhe seus argumentos de modo a sustentar seu ponto de vista.

 

Você pode enviar seu texto até terça-feira, dia 9 de outubro, para o e-mail: redacaoguia@gmail.com. Coloque seu nome completo, idade e cidade. Ele poderá ser avaliado e publicado aqui no blog.

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Importante: nem todas as redações serão corrigidas, mas não fique chateado. Lembre-se de que a melhor forma de se preparar para a prova de redação é treinando, certo?

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