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Caderno de redações: PUC-Rio 2016

PUC -RJ 

NAÇÃO E IDENTIDADE

 
 As propostas de redação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) dividiram-se entre a Sociologia – proposta que você vê aqui – e a Filosofa, na qual pediu ao estudante dissertar sobre ética. A prova de Língua Portuguesa, toda ela temática, trouxe uma coletânea de seis textos, dos quais reproduzimos aqui os dois utilizados por candidatos que receberam a nota máxima dos examinadores. As análises são da professora Nathália Macri Nahas

No artigo O País das Mil Faces, Mario Vargas Llosa deixa transparecer a maneira como ele concebe o seu país. Ainda que se permita tecer algumas críticas em relação ao Peru, o escritor revela estar indissoluvelmente vinculado à sua terra natal.

Procurando estabelecer um diálogo com o escritor, produza um texto dissertativo-argumentativo – com cerca de 25 linhas – apresentando suas concepções sobre o Brasil. Seu texto deve, obrigatoriamente, RESUMIR e COMENTAR pelo menos algum trecho do artigo do escritor peruano seja para concordar com ele, seja para dele discordar no que diz respeito à ideia de nação acrescentando a devida referência. Além disso, pelo menos, uma das definições do conceito que aparecem nos textos da prova de Português e Literatura Brasileira deve ser inserida em sua redação, também com a inclusão do nome do seu autor. Dê ao seu texto um título que instigue a leitura.

TEXTO 1

Benedict Anderson (1991) define a nação como uma comunidade política imaginada, porque há uma espécie de ficção no vínculo entre seus membros, que, em sua maioria, nunca estabelecerão qualquer contato, mas cujo imaginário é de uma relação horizontal compartilhada. Há identificação, mesmo sem laços pessoais. Anderson (1991) faz uma análise das origens dessa imaginação comunitária e considera indiretamente a consolidação do Estado moderno o fato desencadeador do surgimento do imaginário nacional. […]
Apesar de ser apenas uma entre muitas possibilidades de se imaginar uma comunidade política, a nação se consolidou na História como se não fosse uma construção social, mas um elemento natural de vínculo entre os indivíduos. Essa solidez só foi possível porque o Estado-nação nasceu com um imaginário de eternidade, constantemente reproduzido por discursos de identidade nacional que sustentam a dimensão imaginada da comunidade política (Balibar, 2004a).

Natio era a deusa da origem na Roma Antiga, onde a palavra era usada para se referir a grupos unidos por laços culturais, tradições e costumes, mas sem organização política (Habermas, 1998). A nação, nesse sentido, é pré-política. Na era moderna, porém, o Estado territorial, de fronteiras bem definidas e administração centralizada, tornou-se a estrutura política que dá forma a uma memória supostamente atemporal. Na medida em que nação e Estado se uniram como o principal modelo de organização política […], o sentido de nação se ampliou. Ela não significava mais apenas um grupo com origens culturais comuns, mas também um conjunto de indivíduos sujeito às mesmas regulamentações do Estado. A partir da Revolução Francesa, a nação, como define Habermas, passou a ser a escora da soberania e também a base para a definição dos deveres e direitos dos indivíduos do Estado: a cidadania.

Disponível em: <https://www.maxwell.vrac.puc-rio. br/19264/19264_3.PDF>. p. 24-27. Acesso em: 23 jul. 2015. Adaptado.

TEXTO 2

A cidade onde nasci, Arequipa, no sul do Peru, em um vale dos Andes, foi famosa por seu espírito clerical e de revolta, por seus juristas e seus vulcões, a limpeza de seu céu, seus saborosos camarões e seu regionalismo. E também pela “nevada”, uma forma de neurose transitória que acomete os que nasceram ali. Um belo dia, o mais manso dos arequipanos para de responder aos cumprimentos, passa as horas de cara fechada, diz e comete os maiores disparates e por causa de uma simples divergência de opiniões, começa a ameaçar o seu melhor amigo. Ninguém estranha nem se irrita com isso, pois todos entendem que o sujeito está com a “nevada” e que no dia seguinte voltará a ser a pessoa inofensiva de sempre. Embora minha família tenha me levado dali com um ano de idade e eu nunca tenha voltado a morar na cidade, sempre me senti bastante arequipano, e também acredito que as piadas que correm sobre nós no Peru – dizem que somos arrogantes e até mesmo loucos – são fruto da inveja. Pois não somos nós os que falamos o castelhano mais castiço do país? E não somos nós que temos esse verdadeiro monumento arquitetônico que é o Santa Catalina, um convento onde chegaram a morar quinhentas mulheres na época da colônia? Não fomos nós o cenário dos mais grandiosos terremotos e da maior quantidade de revoluções da história peruana?

Como sempre acontece com as famílias estrangeiras, viver em outro país fez com que se reforçasse o nosso patriotismo. Até os dez anos de idade, eu tinha certeza de que ser peruano era o melhor dos destinos. A ideia que eu então fazia do Peru tinha mais a ver com o país dos incas e dos conquistadores do que com o Peru real. Este eu só vim a conhecer em 1946. A família se mudou para Piura, onde meu avô tinha sido nomeado prefeito. Viajamos por estradas de terra, com uma parada em Arequipa. Recordo-me da emoção que senti ao chegar à minha cidade natal. Lembro de minha excitação ao ver o mar pela primeira vez, em Camaná. Resmunguei e enchi tanto que meus avós concordaram em parar o automóvel para que eu pudesse dar uma mergulhada no mar daquela praia brava e selvagem. Meu batismo marítimo não foi muito bem-sucedido porque fui picado por um caranguejo. Mesmo assim, o meu amor à primeira vista pelo litoral peruano se manteve.

Anos depois…

Parti para a Europa e não voltei a morar no meu país de forma permanente até 1974. Entre os vinte e dois anos, idade que tinha quando parti, e os trinta e oito, que completei em minha volta, muitas coisas se passaram, e quando retornei eu era, em vários sentidos, uma pessoa totalmente diferente. Mas, no que se refere à relação com o meu país, acredito que continua a ser a mesma de minha adolescência. Uma relação que poderia ser definida com a ajuda de metáforas, mais do que de conceitos. O Peru é, para mim, uma espécie de doença incurável, e minha relação com ele é intensa, atritada, cheia daquela violência que caracteriza a paixão. O romancista Juan Carlos Onetti disse certa vez que a diferença entre mim e ele, como escritores, era que eu tinha com a literatura uma relação de matrimônio, e ele uma relação de adultério. Tenho a impressão de que minha relação com o Peru é mais adúltera do que conjugal. Ou seja: impregnada de suspeita, paixão e furor. Conscientemente, luto contra toda forma de “nacionalismo”, algo que me parece uma das grandes falhas humanas e que tem servido como álibi para os piores contrabandos. Mas não deixa de ser um fato que as coisas do meu país me deixam mais exasperado ou exaltado, e que o que nele acontece ou deixa de acontecer diz respeito a mim de uma maneira íntima e incontornável. É possível que, se fizesse um balanço, eu chegasse à conclusão de que, na hora de escrever, aquilo que do Peru se faz mais presente em mim são seus defeitos. E que também tenho sido um crítico severo, a ponto de cometer alguma injustiça, de tudo aquilo que o aflige. Mas creio que, sob essas críticas, reside uma solidariedade profunda. Embora já tenha me ocorrido odiar o Peru, esse ódio, como no verso de César Vallejo, foi sempre impregnado de ternura.

 Lima, agosto de 1983 VARGAS LLOSA, Mario. Saberes e Utopias: Visões da América Latina. trad. Bernardo Ajzenberg, Rio de Janeiro, Objetiva, 2010 16. 

ANÁLISE DA PROPOSTA

Desafio em proposta ampla e complexa

O vestibular PUC-Rio 2016 apresentou como proposta da prova de redação um tema complexo e amplo (“suas concepções do Brasil”), solicitando ao candidato elaborar um texto argumentativo-dissertativo. Como coletânea, observa-se também outro aspecto complexo: o candidato deveria obrigatoriamente trazer um resumo comentado do artigo do escritor Mario Vargas Llosa (Prêmio Nobel de Literatura), e relacioná-lo a uma das definições do conceito de nação que apareceram na prova de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. Isso em 25 linhas. De fato, um desafio àqueles que prestaram o vestibular.

O texto de Llosa configura-se um misto de artigo de opinião e crônica. O candidato deveria fazer uma leitura atenta, destacando os trechos em que o autor peruano fala sobre suas ideias de nação. É importante ressaltar que o texto de Llosa é repleto de construções subjetivas acerca da pátria, no entanto a redação a ser feita – por ser uma dissertação argumentativa – deveria apresentar noções mais objetivas sobre a maneira como o Brasil é visto pelo candidato. Assim, era importante ao redator interpretar as metáforas e construções subjetivas do artigo para então conseguir definir seu ponto de partida de análise e resumir adequadamente o texto.

Outro aspecto obrigatório e essencial ao candidato seria selecionar entre os exercícios de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira uma definição de nação que dialogasse com a sua tese sobre o Brasil. É evidente que esse tema é muito amplo, porém o autor deveria atentar-se que as instruções da proposta o direcionavam a uma análise que abordasse questões relativas à identidade e a símbolos nacionais, passando por uma visão das características que definem o Brasil como uma nação. Dessa forma, eram possíveis argumentos ligados, por exemplo, à cultura brasileira, à formação sociocultural do país, aos traços comuns aos brasileiros, entre outros. O importante na definição dos argumentos era que o candidato conseguisse relacioná-los à definição por ele selecionada das provas de linguagem e literatura e ao posicionamento de Llosa sobre o tema.

A proposta era, de fato, um desafio – considerando o total breve de linhas – e exigiu dos candidatos um olhar objetivo sobre os aspectos que definem o Brasil como uma nação, além da habilidade em trabalhar com a intertextualidade referente ao artigo de Mario Vargas Llosa. Ademais, a atenção do candidato às outras provas que tematizavam o assunto foram essenciais, pois os exercícios ofereciam elementos importantes à composição da opinião que formaria o texto dissertativo argumentativo solicitado.

 

PUC-Rio 2016 – REDAÇÃO 1

 Modifcações constitucionais

 GEREDACAO-10-65-1Benedict Anderson define nação como uma comunidade política GEREDACAO-10-65-2imaginária, porque há uma espécie de ficção no vínculo entre seus membros, que, em sua maioria, nunca estabelecerão qualquer contato. No entanto, trata-se mais do que pessoas vivendo sob mesmo regime político, são, sobretudo, compartilhadores de cultura. Nesse sentido, o Brasil é caracterizado pela sua miscigenação ironicamente combinada com preconceito e otimismo somado a comodismo. 

Em primeiro plano, deve-se analisar que a relação dos brasileiros com seu país se assemelha à do escritor Mario Vargas Llosa com o Peru, visto que a define como “uma espécie de doença incurável”, ou seja, “intensa, atritada e cheia daquela violência que caracteriza a paixão”. De fato, os cidadãos, em sua maioria, amam o GEREDACAO-10-65-3Brasil, porém o caos político marcado, principalmente, pela corrupção, dificulta a harmonia. Com isso, percebe-se que a população tem esperança que a situação melhorará, mas, ao mesmo tempo, se acomoda na hora de fazer acontecer.

Além disso, o Brasil também apresenta problemas sociais. Ao contrário do que muitos pensam, a pluralidade de etnias não diminui a intolerância presente no país. O preconceito racial, social e religioso evidente nos dias de hoje é um reflexo da falta de pensamento crítico-
reflexivo dos brasileiros, que, sistematicamente, reproduzem valores errôneos e arcaicos, impedindo que a nação se desenvolva moral e socialmente.

Percebe-se, portanto, que o Brasil passa por uma crise política e social, na qual o individualismo dos corruptos não se difere do apresentado pelos intolerantes que tanto os criticam. Se o comodismo continuar imperando e os valores, trocados, o roubo aos cofres públicos e a escravidão em breve serão legalizados na Constituição brasileira.

ANÁLISE  

 Estrutura Eficaz e Argumentos Eficientes

Neste texto, observamos a preocupação do candidato com a solicitação feita pela banca de trazer uma definição de nação, a partir de diversas concepções inseridas nas provas de Língua Portuguesa e Literatura. O autor faz uma opção muito eficaz: iniciar a introdução já oferecendo o conceito pedido. É uma forma bem pertinente de se começar o texto, pois ela apresenta o tema e já delimita a discussão. Outro fator eficiente da introdução é a indicação, no último período do parágrafo, da tese crítica, ou seja, o candidato já indica desde a introdução qual será o ponto de vista que será defendido.

No segundo parágrafo, já nos é indicado o argumento sobre a relação de paixão e comodismo que toma o brasileiro em relação ao país. Notamos aqui um mecanismo eficiente do autor de relacionar sua opinião à visão de nacionalismo apresentada por Vargas Llosa no texto da coletânea. Desse modo, o candidato ganha pontos, pois articula seu discurso ao texto-base e, além disso, já oferece uma fundamentação teórica para seu argumento. Porém, teria sido interessante se o candidato aprofundasse um pouco sua explicação sobre o comodismo, o que daria mais força crítica a seu argumento.

Em seguida, temos a apresentação do segundo argumento – coerente com a tese indicada – a questão da intolerância diante da miscigenação sociocultural do Brasil. Esse é um ponto essencial em sua defesa crítica, pois coloca em questionamento o suposto orgulho nacional que os brasileiros teriam de ser um país miscigenado. Notamos que ele apresenta seu argumento, explica-o no período seguinte e o conclui indicando a consequência desse entrave: problemas de âmbitos moral e social.

Por fim, o candidato faz uma conclusão eficaz ao retomar as principais ideias discutidas (os dois argumentos da tese crítica), indicando a relação entre eles a partir da perspectiva do individualismo. Ele opta por fazer uma previsão no final do trecho, o que não é aconselhável, pois é uma hipótese – o que enfraquece a argumentação. Porém, a banca examinadora valorizou a síntese das principais ideias, uma vez que ela consolida e reforça a tese defendida pelo autor do texto de forma coerente e coesa, garantindo a articulação da argumentação. Além disso, o candidato demonstrou esmero no uso dos conectores de introdução de cada parte do texto, de advérbios e de conjunções.

SAIBA MAIS

 

Benedict anderson (1936-2015) Um dos mais importantes sociólogos norte-americanos, adquiriu grande reconhecimento ao publicar, nos anos de 1980, o livro de ensaios Comunidades maginadas. Nele, coloca um olhar inovador sobre o estudo do nacionalismo, patriotismo e suas implicações.

Fonte: https://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/agosto2011/ju504_pag67.php

PUC-Rio 2016 – REDAÇÃO 2

O Caminho para a comunidade política imaginada

Em 1500 – como data a historiografia convencional –, quando caravelas portuguesas aportaram no local onde futuramente seria constituído o Brasil, sequer imaginava-se a construção de um Estado em um território aparentemente tão belo. Tal país foi, gradativamente, formando-se de maneira miscigenada, diversifcada e, sobretudo, desigual. Entretanto, apesar de ter uma história calcada em adversidades, há que se destacar o poder e a potência da nação, tal como o sentimento de pertencimento e paixão que ela inspira.   Em primeiro plano, é necessário contextualizar o Brasil com suas principais difculdades. Desde a chegada da família Real ao país em 1808, passando pela Proclamação da República em 1889, República Velha, Revolução de 30, Ditadura Militar, entre outros períodos, o país vivenciou momentos conturbados na história. Uma história marcada por uma escravidão que durou séculos, industrialização tardia, períodos de repressão e abolição da liberdade de expressão produziram um cenário com profundas desigualdades étnicas e sociais. O atual sistema econômico adotado, o capitalismo, funciona inclusive como potencializador de tais distinções. Nesse contexto, a população é sistematicamente desigual e segregada, estando a diferentes níveis de acesso aos serviços básicos tais como saúde, educação, segurança, etc; Nesse sentido, observa-se que o Brasil tem relevantes barreiras a superar.

As difculdades existentes esbarram-se atualmente com um período de contendente crescimento do país. Inserido nos Brics, países com a economia crescente, o país tem a capacidade de despontar como uma nação em plena capacidade de desenvolvimento. Em tal cenário, o amor à pátria e o nacionalismo – pregados por escritores dGEREDACAO-10-664a primeira geração romântica – são capazes de forescer, assim como o sentimento de paixão tal como caracteriza Mario Vargas Llosa no trecho de seu artigo “O país das mil faces” que apresenta o seu relacionamento como seu país com intensidade, atritada, típica da paixão.   Portanto, pode-se observar que o conceito de nação e sua estrutura está estreitamente relacionado com a história que o país carrega, sendo o Brasil um potente desafador de sua construída condição. Só dessa forma há de se ver uma comunidade política imaginada por Benedict Anderson ainda mais forte no país.

 

 

 

 

 

ANÁLISE

Um resumo do Brasil

A proposta da PUC-Rio pedia “suas concepções do Brasil”, e a resposta, na presente redação, veio de forma bastante didática. Apresentando um verdadeiro resumo da história do país, do descobrimento aos dias atuais, o candidato usou o curto espaço destinado à sua escrita para apresentar o perfil do país e contextualizar sua situação no atual cenário geopolítico. O resultado foi um texto interessante, que deu conta do que se propôs e do que era esperado.
A redação do vestibular é um excelente espaço para o candidato mostrar seus conhecimentos, não só sobre o tema abordado, a língua e os mecanismos coesivos, mas sobre as diversas áreas do conhecimento, sobretudo daquilo que aprendeu em sua vida escolar. Demonstrar a habilidade de articular diferentes ideias e conceitos é um requisito que certamente agradará os avaliadores, portanto tende a render uma boa nota. Além disso, torna o texto mais fluente – aqueles que demonstram tal facilidade na composição escrita certamente terão um bom desempenho na vida acadêmica. É o que percebemos no texto analisado.

Traçar um perfil histórico do Brasil, para dele extrair os contrastes sociais e econômicos, foi uma estratégia simples e acertada para uma proposta que pedia uma opinião clara sobre o país, mas exigia o distanciamento conhecido de um texto dissertativo-argumentativo. Além disso, esse caminho possibilitou uma visão resumida, mas com relativa abrangência, próxima, mas não passional, e com um certo grau de imparcialidade, cedendo a pequenos recursos líricos, bem mais comedidos que o exemplo de Vargas Llosa. Vale ressaltar que a própria apresentação do tema dificultava uma escrita de pouco envolvimento – o que podia fazer alguns candidatos cederem à tentação de escrever em primeira pessoa. Entretanto, aqui, seguindo ao projeto textual, manteve-se o rigor pedido. Outro ponto importante, a intertextualidade com o texto-base e o diálogo com uma definição de nação na prova aparece na redação de forma bastante natural, completando a tarefa sem desarranjar o fio condutor do texto.

Assim, o resumo aparentemente simples cumpriu tudo o que lhe era esperado e parece ter agradado a banca. O produto rendeu boa nota e mais um vestibulando adentrando a universidade.

SAIBA MAIS

Mario Vargas llosa (1936-) Natural do Peru, é um dos mais renomados e premiados romancistas latino-americanos e expoente do Realismo Fantástico. Essa corrente literária surgiu como reação às ditaduras que assolaram a América Latina nas décadas de 1960 e 1970, inclusive o Brasil, e a censura de obras literárias. Seus autores misturam elementos reais e irreais em seus textos. Destacam-se nessa corrente o colombiano Gabriel García Márquez (também prêmio Nobel) e o argentino Jorge Luis Borges, entre muitos autores da região.

Caderno de redações: PUC-Rio 2016
Estudo
Caderno de redações: PUC-Rio 2016
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