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Citologia: Imunologia, vacinas e soros

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UMA AJUDA AO SISTEMA IMUNOLÓGICO As vacinas ensinam os glóbulos brancos a reconhecer agentes infecciosos para produzir anticorpos, células de defesa

Bandidos e mocinhos químicos

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O Ministério da Saúde incluiu recentemente duas vacinas no calendário nacional de vacinação infantil. Uma delas é uma nova formulação contra a poliomielite. A outra é uma vacina pentavalente – um único preparado que defende o organismo do contágio de cinco doenças: coqueluche, difteria, tétano, Haemophilus infuenza tipo B e hepatite B. O calendário de vacinação é definido pelo governo federal e estipula as vacinas que devem ser aplicadas pelos postos de saúde em crianças, adolescentes, adultos e idosos. O calendário passa periodicamente por alterações ou acréscimos como esse acima. A ideia é acompanhar o avanço da medicina e da indústria farmacêutica e, assim, imunizar a população contra as principais doenças infecciosas.

Sabotagem e contras sabotagem 

 A guerra do organismo contra agentes agressores funciona como ações de sabotagem e contrassabotagem química. Do lado dos bandidos estão os microrganismos, que, quando invadem o organismo, podem se proliferar e danificar o funcionamento de alguns tipos de célula. O corpo identifica esses microrganismos como antígenos. Do outro lado, como mocinhos, estão os anticorpos – proteínas de defesa, sintetizadas pelo sistema imunológico.

A batalha funciona assim: o sistema imunológico reconhece qualquer antígeno que invada o corpo que ameace sabotar o funcionamento das células e produz os anticorpos específicos para neutralizar sua ação danosa, reagindo com aquela substância.

A reação química entre antígenos e anticorpos é específica. Isso significa que um anticorpo produzido na presença de determinado antígeno só reage com esse antígeno. Assim, o anticorpo que desativa o vírus do sarampo não funciona para o vírus da catapora, nem da meningite.

Agentes do bem 

 Depois de entrar em contato com um agente infeccioso, o sistema imunológico desenvolve células capazes de reconhecer esse agente caso ele volte a atacar, mesmo depois de várias décadas. São as chamadas células de memória. Mas nem sempre as células de memória conseguem imunizar o organismo por longos períodos. No caso da gripe, por exemplo, os vírus Infuenza sofrem mutações muito rapidamente. Por isso, os anticorpos desenvolvidos pelo organismo num ano não previnem, necessariamente, contra o vírus do ano seguinte.

Nos vertebrados, a defesa contra os antígenos é feita basicamente por dois tipos de célula do sistema imunológico que circulam pelo sangue, conhecidos como glóbulos brancos ou leucócitos. O primeiro tipo são os macrófagos, células que fagocitam (englobam e digerem) elementos estranhos ao corpo. Os macrófagos derivam de um tipo de leucócito existente no sangue e estão presentes, também, em grande quantidade nos gânglios linfáticos. São muito ativos na defesa contra infecções virais e podem atacar tanto a célula infectada quanto os vírus que saem das células hospedeiras.

O segundo tipo de leucócito são os linfócitos, que criam as proteínas que funcionam como anticorpos e atacam principalmente microrganismos extracelulares. Os linfócitos podem destruir, sozinhos, uma bactéria e podem, também, transformar-se em uma célula fagocitária.

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Como o corpo aprende

O corpo já nasce sabendo como se defender de algumas ameaças e adquire outras armas de defesa no decorrer da vida. O modo como o organismo adquire imunidade pode seguir vários caminhos:

  • A imunização pode ser ativa ou passiva. A ativa consiste na produção de anticorpos pelo próprio organismo, quando ele é invadido por um antígeno. Nesse caso, a informação fica armazenada em células de memória e, se o organismo entrar em contato com o antígeno outra vez, a resposta será rápida, específica e duradoura. Isso ocorre quando o corpo adquire imunização porque passa pela doença ou é vacinado. Já na imunização passiva, a pessoa recebe os anticorpos pré-formados contra determinado antígeno. Esses anticorpos atuam durante certo tempo no organismo e depois são eliminados, sem que se formem células de memória. Esse é um processo não duradouro e, às vezes, pouco específico. É o que acontece com os soros (veja abaixo).
  • A imunização pode, ainda, ser natural ou artificial, dependendo de como é adquirida. A imunização natural ocorre quando o organismo entra em contato com o agente causador da doença e produz, naturalmente, anticorpos contra

 

Saiba mais

A doença que não existe mais

A varíola é uma das doenças mais antigas e terríveis da história da humanidade. Acredita-se que a infecção, causada por vírus, tenha acometido a espécie humana desde a Pré-História, cerca de 10.000 a.C., e matado, só no século XX, até 500 milhões de pessoas. Mas esse mal parece estar completamente afastado. A varíola foi a primeira doença considerada globalmente erradicada por uma vacina. O preparado criado pelo naturalista inglês Edward Jenner (1749-1823), no fim do século XVIII, é, também, a primeira vacina. Foi graças a ela que, em 1979, o vírus da varíola foi declarado eliminado do planeta. Hoje, pouquíssimas amostras desse agente patológico são guardadas a sete chaves em dois laboratórios, na Rússia e nos Estados Unidos.

  

 

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