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Literatura: Pré-Modernismo

No Pré-Modernismo (1902-1922), os autores lançam seu olhar para os problemas do país e tentam revelar sua verdadeira identidade

Tradicionalmente, denomina-se “pré- modernista” a literatura produzida no Brasil nos primeiros anos do século XX. À primeira vista, o olhar crítico sobre os problemas sociais do país funciona como eixo comum capaz de unir obras muito diversas. Alguns críticos consideram que os autores desse período tenham sido precursores das inovações estéticas apresentadas pelos escritores modernistas com a Semana de Arte Moderna de 1922. Outros, observando limitações nas obras do período pré-modernista, preferem relacioná-las ao movimento realista/naturalista.

Um dos principais nomes do Pré-Modernismo brasileiro é o escritor e jornalista fluminense Euclides da Cunha. Sua obra-prima, Os Sertões, é considerada o marco do movimento. O livro situa-se na fronteira entre história e literatura e nasce de uma viagem feita pelo autor a Canudos, como correspondente do jornal O Estado de S. Paulo. Outro autor igualmente importante é o mulato carioca Lima Barreto (1881-1922). Dono de um estilo de escrever inovador, ele retrata em Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915) o cotidiano da população marginalizada dos subúrbios cariocas.

Canudos – O QUE ISSO TEM A VER COM A HISTÓRIA ?

Sob liderança do pregador Antonio Conselheiro, milhares de pessoas juntaram-se no Arraial de Canudos, no sertão da Bahia, em 1896. Conselheiro convocava os fiéis a combater a República e fazia duras críticas à Igreja Católica, além de se recusar a pagar impostos. Em 1897, o povoado foi destruído por tropas federais, deixando milhares de mortos. Para saber mais, veja o GUIA DO ESTUDANTE HISTÓRIA.

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A principal obra de Euclides da Cunha foi adaptada para uma versão em graphic novel da editora Desiderata. O texto é de Carlos Ferreira e as ilustrações, de Rodrigo Rosa. O trabalho é mais centrado na terceira parte da obra original: A luta. Para recontar a história da Guerra de Canudos, os autores recorreram ao diário pessoal de Euclides da Cunha, entre outras fontes históricas.

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De sorte que o mestiço – traço de união entre as raças, breve existência individual em que se comprimem esforços seculares – é quase sempre um desequilibrado. (…) E o mestiço – mulato, mameluco ou cafuzo – menos que um intermediário, é um decaído, sem a energia física dos ascendentes selvagens, sem a altitude intelectual dos ancestrais superiores.[1]
(…)
O fator étnico[2] preeminente transmitindo-lhes as tendências civilizadoras não lhes impôs a civilização[2]. Este fato destaca fundamentalmente a mestiçagem dos sertões da do litoral. São formações distintas, senão pelos elementos, pelas condições do meio. O contraste entre ambas ressalta ao paralelo mais simples. O sertanejo tomando em larga escala, do selvagem, a intimidade com o meio físico, que ao invés de deprimir enrija o seu organismo potente, reflete, na índole e nos costumes, das outras raças formadoras apenas aqueles atributos mais ajustáveis à sua fase social incipiente.
É um retrógado; não é um degenerado.
(…)
O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista revela o contrário[3]. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas. É desgracioso, desengonçado, torto[4]. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos[5]. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter de humildade deprimente.

Lacerda, 2005

A discussão dos problemas nacionais parte,  no Pré-Modernismo, da falta de melhorias no cenário social e econômico após a Proclamação da República (1889). No fim do século XIX, a Guerra de Canudos serve de matéria-prima para Euclides da Cunha escrever  Os Sertões, em 1902.

[1]TEORIAS CIENTÍFICAS: Ao descrever os grupos sociais brasileiros, o autor ainda está imbuído das teorias científicas – darwinismo e determinismo – do século XIX.
[1]O MESTIÇO: Para exaltar o homem sertanejo, Euclides da Cunha constrói uma argumentação que desvaloriza os demais grupos miscigenados que compõem a sociedade brasileira.

[2]PRESENTE HISTÓRICO: As qualidades do sertanejo são descritas no presente do indicativo, o chamado presente histórico, para dar a ideia de permanência. Já para ressaltar a força do sertanejo foi usado o pretérito perfeito na forma negativa (não lhe impôs) para descaracterizar o papel da civilização.

[3]ASPECTOS FÍSICOS: O discurso científico faz uso frequente de descrições objetivas. Os aspectos físicos que caracterizam os sertanejos nordestinos parecem se opor à ideia de força, defendida pelo autor. Nesse sentido, os aspectos físicos seriam antagonistas.

[4]ADJETIVOS: Os adjetivos que descrevem o sertanejo não são positivos. Ainda assim, não se opõem à resistência interior (a principal forma de força) defendida pelo autor no decorrer do texto.

[5]FORÇA E FRAQUEZA: Para estabelecer a relação paradoxal entre força e fraqueza, o autor evoca a imagem de dois personagens representativos da mitologia e da literatura: o herói grego Hércules (forte e sublime) e o corcunda de Notre Dame (fraco e grotesco).

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DOIS OLHARES SOBRE CANUDOS 

O confito de Canudos ganhou espaço no jornal  O Estado de S. Paulo com visões bem díspares. O poeta parnasiano Olavo Bilac, em sua crônica Vossa Insolência, publicada em 9/10/1897, reproduz o discurso oficial do governo brasileiro, para quem os seguidores do beato eram fanáticos religiosos dispostos a destruir a ordem nacional instaurada pelo governo republicano. Para o poeta, a morte de Conselheiro e de todos os insurgentes é o símbolo da integridade pública reconquistada.

Euclides da Cunha, que cobriu o conflito como correspondente do mesmo jornal, opõe-se a Bilac e chama atenção para o desequilíbrio injusto entre o poder de fogo do governo e o dos seguidores de Antônio Conselheiro. No final de Os Sertões, o autor compreende que a Guerra de Canudos não fora um conflito entre a monarquia e a República, como as elites defendiam, mas uma dolorosa, sangrenta e injusta guerra civil.

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Enfim, arrasada a cidadela maldita! Enfim, dominado o antro negro, cavado no centro do adusto sertão, onde o Profeta das longas barbas sujas concentrava sua força diabólica, feita de fé e de patifaria, alimentada pela superstição e pela rapinagem! Cinco horas da madrugada, hoje. Num sobressalto, acordo, ouvindo um clamor de clarins e um rufo acelerado de caixas de guerra. Corro à janela, que defronta o palácio do governo. Uma escura massa de gente, na escuridão da antemanhã, está agrupada na rua. Calam-se os clarins e as caixas de guerra. Há um curto silêncio e, logo, dos instrumentos de metal, estropam, e dos tambores que esfalfam rufando, como corações atacados de hipercinesia, rompe, alto e vibrante, o Hino Nacional.

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Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.

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EM FOCO, OS MARGINALIZADOS

Os Sertões e Triste Fim de Policarpo Quaresma revelam a realidade do país: personagens marginalizados, os sertanejos e a população dos subúrbios cariocas, respectivamente. Outro ponto de contato é a revisão da posição política de Policarpo, que passa de ufanista a crítico do governo. Também Euclides reexamina suas visões. Ele vai a Canudos a fim de registrar a insurgência monarquista e acaba retratando a má sorte dos sertanejos, esquecidos pelo governo republicano.

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IV – Desastrosas consequências de um requerimento (trecho inicial)

Policarpo Quaresma, cidadão brasileiro, funcionário público[1], certo de que a língua portuguesa é emprestada ao Brasil; (…); sabendo, além, que, dentro do nosso país, os autores e os escritores (…) não se entendem no tocante à correção gramatical, (…) vem pedir que o Congresso Nacional decrete o tupi-guarani como língua oficial e nacional do povo brasileiro[2].

O suplicante, deixando de parte os argumentos históricos que militam em favor de sua ideia, pede vênia para       lembrar que a língua é a mais alta manifestação da inteligência de um povo, é a sua criação mais viva e original; e,   portanto, a emancipação política do país requer como complemento e consequência a sua emancipação idiomática[3].

Demais, Senhores Congressistas, o tupi-guarani, língua originalíssima, aglutinante, é a única capaz de traduzir as nossas belezas, de pôr-nos em relação com a nossa natureza e adaptar-se perfeitamente aos nossos órgãos vocais e cerebrais (…).

Seguro de que a sabedoria dos legisladores saberá[4] encontrar meios para realizar semelhante medida e cônscio de que a Câmara e o Senado pesarão[4] o seu alcance e utilidade P. e E. deferimento.”

Nobel, 2010

[1]REQUERIMENTO: Repare na estrutura rígida do texto de Quaresma, adequada ao caráter oficial do gênero requerimento.

[2]HERANÇA ROMÂNTICA: A língua é considerada expressão do espírito do povo, como faziam os românticos. A primeira fase do Modernismo retoma essa discussão.

[3]NACIONALISMO: O requerimento em favor da adoção do tupi sintetiza a defesa ufanista dos valores pátrios. Quaresma defende a independência em relação a referências estrangeiras e evita produtos e costumes desvinculados das raízes brasileiras.

[4]FUTURO: Quaresma, num convincente recurso retórico, usa o futuro do presente do indicativo, que indica fato certo, a fim de persuadir seus interlocutores. 

 

Monteiro Lobato

Monteiro Lobato (1882-1948) é geralmente conhecido como autor de livros infantojuvenis, sobretudo aqueles que contam as aventuras dos moradores do Sítio do Pica-Pau Amarelo. No entanto, o escritor também produziu obras para o público adulto e, no período pré-modernista, alguns de seus contos tornaram-se famosos por retratar temas relacionados com as camadas mais pobres da sociedade. É o caso, por exemplo, da denúncia dos problemas de saúde de moradores do interior, como o personagem Jeca Tatu. Outro retrato das desigualdades sociais pode ser verificado no conto Negrinha, publicado em 1920, em que fica explícita a condenação do racismo e dos preconceitos ainda existentes no Brasil.

Recentemente, Monteiro Lobato tem sido alvo de polêmicas devido a alguns trechos de sua obra, em particular relativos à personagem Tia Nastácia, do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Algumas colocações da personagem Emília têm sido consideradas racistas, e os textos do escritor passaram a ser criticados. Vale considerar o contexto em que o escritor viveu e produziu sua obra, na primeira metade do século XX. Apesar de a escravidão ter sido abolida em 1888, permanece uma forte mentalidade escravocrata na sociedade.

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Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura[1], de cabelos ruços e olhos assustados.

Nascera na senzala, de mãe escrava[2], e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças.

Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. (…)

Ótima, a dona Inácia.[3] 

Mas não admitia choro de criança. (…)

Assim cresceu Negrinha (…) Batiam-lhe sempre, por ação ou omissão. A mesma coisa, o mesmo ato, a mesma palavra provocava ora risadas, ora castigos. (…)

Certo dezembro vieram passar as férias com Santa Inácia duas sobrinhas suas, pequenotas, lindas meninas louras, ricas, nascidas e criadas em ninho de plumas.[4] (…)

Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer sabia o nome desse brinquedo. Mas compreendeu que era uma criança artificial. (…)

Varia a pele, a condição, mas a alma da criança é a mesma – na princesinha e na mendiga. E para ambas é a boneca o supremo enlevo.[5] (…)

Negrinha, coisa humana[6], percebeu nesse dia da boneca que tinha uma alma. Divina eclosão! Surpresa maravilhosa do mundo que trazia em si e que desabrochava, afinal, como fulgurante for de luz. Sentiu-se elevada à altura de ente humano. Cessara de ser coisa – e[7] doravante ser-lhe-ia impossível viver a vida de coisa. Se não era coisa! Se sentia! Se vibrava!

Assim foi — e essa consciência a matou.

Terminadas as férias, partiram as meninas levando consigo a boneca, e a casa voltou ao ramerrão habitual. Só não voltou a si Negrinha. Sentia-se outra, inteiramente transformada.

Dona Inácia, pensativa, já a não atazanava tanto, e na cozinha uma criada nova, boa de coração, amenizava-lhe a vida.(…)

Brincara ao sol, no jardim. Brincara!… Acalentara, dias seguidos, a linda boneca loura, tão boa, tão quieta, a dizer “mamã”, a cerrar os olhos para dormir. Vivera realizando sonhos da imaginação. Desabrochara-se de alma[8].

[1]MISCIGENAÇÃO: A personagem é nomeada por conta da cor da pele, e o narrador enfatiza a violência por trás do processo de miscigenação étnica no Brasil, fruto das interações entre brancos, negros e índios.

[2]ESCRAVIDÃO: A escravidão fora abolida em 1888, mas ecos desse sistema permanecem nas desigualdades sociais. O autor demonstra isso ao retratar o preconceito em relação a Negrinha.

[3]IRONIA: Um texto por vezes afirma o contrário do que parece dizer. Ao qualificar dona Inácia como “ótima”, após descrever sua crueldade, o narrador denuncia as hipocrisias sociais.

[4]DESCRIÇÃO: O autor usa diferentes adjetivos para contrastar a aparência física e o comportamento das personagens, chamando atenção para as diferentes condições sociais.

[5]IGUALDADE: Monteiro Lobato condena aqui a discriminação racial e afirma a igualdade das crianças, espantadas diante do brinquedo, independentemente da cor da pele.

[6]PARADOXO E IRONIA: Lobato, ao juntar o substantivo “coisa” ao adjetivo “humana”, cria um paradoxo irônico. Porém, o desfaz ao dar a condição humana a Negrinha.

[7]CONJUNÇÃO ADITIVA: O conectivo “e” articula ideias e informações  

[8]PRETÉRITO MAIS- QUE-PERFEITO: O dia em que Negrinha brincou com a boneca já está muito distante. As formas verbais empregadas para indicar um tempo anterior aos fatos narrados estão no pretérito mais-que-perfeito.

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PRECONCEITO RACIAL  NA LITERATURA BRASILEIRA 

Brás Cubas, narrador-personagem do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, ao relatar lembranças da infância, oferece um retrato cruel e irônico do tratamento conferido aos negros escravizados no Brasil. No início do livro, Brás Cubas conta como, antes da abolição da escravatura, ele maltratava os empregados de casa, incluindo um garoto negro chamado Prudêncio, tratado como cavalinho pelo pequeno patrão. Mais adiante, no romance, Prudêncio, já adulto, reproduz as relações hierárquicas injustas entre senhor e escravo ao castigar fisicamente um homem negro.

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Capítulo XI – O menino é pai do homem

Cresci; e nisso é que a família não interveio; cresci naturalmente, como crescem as magnólias e os gatos. Talvez os gatos são menos matreiros, e, com certeza, as magnólias são menos inquietas do que eu era na minha infância. Um poeta dizia que o menino é pai do homem. Se isso é verdade, vejamos alguns lineamentos do menino.

Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de “menino-diabo”; e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso.[1] Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher de doce de coco que estava fazendo, e, não contente com o malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce “por pirraça”; e eu tinha apenas seis anos. Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos[2] os dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia – algumas vezes gemendo –, mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um “ai, nhonhô!”, ao que eu retorquia: “Cala a boca, besta!”[3]

Editora Moderna, 2012.

[1]ADJETIVAÇÃO: O narrador-personagem descreve a si próprio e emprega adjetivos para destacar suas próprias características quando era criança. Os defeitos são vistos como qualidades, o que evidencia o caráter duvidoso de Brás Cubas.

[2]DISCRIMINAÇÃO: Brás Cubas reproduz a hierarquia entre senhor e escravo ao submeter Prudêncio aos seus caprichos. Negrinha também é explorada pelos desmandos dos senhores brancos.

[3]ASPAS: São usadas para marcar a diferença entre a voz do narrador e a fala das personagens. Prudêncio é retratado como alguém que não tem direito de expressão; já a fala de Brás Cubas revela a tirania do protagonista.

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A obra Palmatória, do francês Jean Baptiste Debret, que esteve no Brasil entre 1816 e 1831, mostra escravos em um ambiente de trabalho fora das senzalas. Observe que entre eles há um que está sendo disciplinado com base em castigo físico, com o uso da palmatória. Era comum a existência de relações hostis entre brancos, senhores de escravos, e negros, tanto no ambiente familiar, como na passagem de Memórias Póstumas de Brás Cubas, quanto no profissional, conforme retrata a pintura.

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ORAÇÕES COORDENADAS

Algumas orações, apesar de independentes sintaticamente, apresentam relações de sentido, evidenciadas pelas conjunções que as articulam. Trata-se das orações coordenadas, classificadas em cinco tipos:

 Aditivas: Adicionam ideias e informações. Ex.: A criança nascera na senzala e fora criada pela dona da casa.

 Adversativas: Estabelecem oposição entre ideias e informações. Ex.: Dona Inácia aparentava bondade, mas não admitia choro de criança.

 Alternativas: Apresentam alternância de ideias e informações. Ex.: A mesma palavra ora provocava risadas, ora provocava castigos.

Explicativas: Apresentam uma explicação para um fato. Ex.: A menina se escondia porque a patroa não gostava de crianças.

Conclusivas: Explicitam a conclusão de um raciocínio. Ex.: Dona Inácia era preconceituosa, portanto não gostava da menina.

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