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Estudo

PERÍODOS HISTÓRICOS

A evolução da filosofia: da Grécia Antiga à Contemporaneidade

por Guia do Estudante Atualizado em 18 ago 2017, 16h02 - Publicado em
16 ago 2017
12h09

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A Grécia Antiga e o Advento da Filosofia

Reconstrução da Acrópole e do Areópago em Atenas, por Leo von Klenze (1846)
Reconstrução da Acrópole e do Areópago em Atenas, por Leo von Klenze (1846) (Reprodução/Reprodução)

A palavra filosofia origina-se de philo (amor) e sophia (sabedoria ou conhecimento). Filosofar, assim, é amar a sabedoria. A filosofia busca elaborar um discurso racional (logos) sobre nós e o universo. Mas o que seria “nós e o universo”? De que maneira podemos pensar corretamente sobre todas as coisas? Até que ponto é possível a realidade?

A filosofia é um conhecimento que tem como fundamentos a dúvida, a crítica, o questionamento e o debate. Will Durand, em sua clássica História da Filosofia, lembra a passagem de Emerson sobre o grande segredo do verdadeiro sábio: “Em todo homem há algo que eu posso aprender com ele”. Contra todo orgulho, a filosofia exige olhos, mentes e ouvidos abertos.

O berço da filosofia é a Grécia antiga. Os pensadores que surgiram a partir do século VI a.C. nas cidades-estado gregas moldaram decisivamente a nossa forma de compreender o mundo como conhecemos hoje e podem ser considerados responsáveis pelo que se entende por “civilização ocidental”.

Mas por que a filosofia surgiu na Grécia antiga? São muitas as razões que explicam por que na Grécia antiga houve as condições necessárias para o desenvolvimento de um pensamento “filosófico-teorizante”, centrado no logos.

Talvez o mais importante seja o surgimento da pólis a partir do Período Aracaico (entre os séculos VIII e VI a.C.). Ela pode ser definida como um pequeno Estado soberano, isto é, autônomo politicamente, que compreende uma cidade, um campo de cultivo ao redor e alguns povoados urbanos secundários. Sua economia era baseada na agricultura e no trabalho escravo.

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Em 508 a.C, na pólis Atenas, coube ao tirano Clístenes tirar de vez o poder da aristocracia e, com isso, instaurar a democracia. Democracia, para os gregos, quer dizer, “poder do povo”, em contraposição ao “poder de um”, a monarquia, e ao “poder de poucos”, a oligarquia.

A democracia ateniense era direta, isto é, todos os cidadãos podiam participar da Assembleia, a Eclésia. Ela ficava localizada em um lugar central, uma grande praça pública, onde se realizavam as reuniões dos cidadãos para discutir assuntos relativos à política, isto é, à administração da pólis: a Ágora.

Todos os cidadãos, independentemente de sua riqueza, podiam participar da política. No entanto, é preciso deixar claro: eram cidadãos em Atenas apenas os homens, adultos (com mais de 18 anos), filhos de pai e mãe atenienses. Escravos, mulheres, crianças e estrangeiros não eram cidadãos, portanto, não podiam participar da política.

Dessa forma, sem a autoridade de um rei, criou-se uma disputa oratória entre cidadãos, um combate de argumentos na Ágora. A escrita, por sua vez, não era mais privilégio de um pequeno grupo. Um mundo permeado pelo debate tornou-se um ambiente fértil para o surgimento da filosofia. Segundo o historiador francês Jean-Pierre Vernant, “o que implica o sistema da pólis é uma extraordinária proeminência da palavra sobre todos os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a discussão, a argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como do jogo político”.

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Além disso, é preciso notar que a filosofia foi, de maneira geral, exclusiva de uma elite grega. E, como se sabe, a elite grega tinha repulsa por toda forma de trabalho manual, visto como tarefa de escravos. Sem dúvida, boa parte da riqueza cultural da Grécia antiga se deve à escravidão, uma vez que ela liberou os gregos do trabalho manual e permitiu a eles dedicarem enorme tempo à política, aos esportes ou à filosofia. Sendo assim, a escravidão pode seguramente ser considerada uma das causas do avento da filosofia no mundo antigo por permitir o “ócio produtivo”, que gerava o conhecimento.

Outro fator importante para o surgimento da filosofia na Grécia antiga diz respeito aos aspectos geográficos da região, uma vez que as cidades-estado se localizavam em uma área voltada para o mar, sendo via de comunicação e de comércio com outros povos. Certamente, a troca de culturas efervescentes na Grécia incentivou a abertura para a troca de conhecimentos e o florescimento do pensamento filosófico.

Por fim, cabe notar que a cultura grega já era caracterizada por uma valorização do ser humano, de sua beleza, de suas capacidades, como se nota nas artes. Enquanto as estátuas egípcias e orientais centravam-se nos deuses, a escultura grega também tinha o homem no centro de suas preocupações, e caracterizou-se justamente por representar o movimento, os indivíduos, os músculos de um atleta, buscando a harmonia e a proporção. A Grécia antiga, portanto, já possuía uma cultura antropocêntrica, ou seja, que valorava o homem e suas capacidades.


VIDEOAULA: AS ORIGENS DO PENSAMENTO GREGO

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PRINCIPAIS AUTORES DA GRÉCIA ANTIGA

A Idade Média

“O Triunfo da Igreja”, tela de Peter Paul Rubens
“O Triunfo da Igreja”, tela de Peter Paul Rubens (Reprodução/Reprodução)

O período entre 476, queda do Império Romano do Ocidente, e 1453, queda do Império Bizantino, é usualmente chamado de Idade Média. Na Europa Ocidental, o mundo medieval tinha o latim como língua oficial e era fruto da fusão das culturas bárbara e romana. A Igreja Católica Romana, ao longo do período medieval, construiu sua hegemonia na região.

A Idade Média é geralmente vista como um período de grande intolerância religiosa, associada especialmente à Inquisição e às Cruzadas. Mas nessa época também surgiram diversos elementos da cultura atual, como as religiões islâmica e ortodoxa, as línguas modernas, as primeiras universidades, os hospitais, as notas musicais, os bancos, entre outros elementos. Muitos avanços ocorreram na física, na ótica, na astronomia, na alquimia, na medicina, na anatomia, na agricultura e na filosofia. Os pensadores cristãos utilizaram muitos elementos da filosofia greco-romana, especialmente Platão, Aristóteles e os estoicos.

A filosofia medieval insere-se nesse contexto histórico, podendo ser dividida em dois períodos. No fim do Império Romano e na Alta Idade Média (séculos V-X), temos o período conhecido como Patrística, ou seja, a doutrina dos pais da Igreja. A Patrística pretende defender o cristianismo diante do pensamento pagão e hebraico, sendo responsável pela elaboração da teologia dogmática católica. São chamados, por isso, de apologetas, pois faziam a apologia, isto é, a defesa do cristianismo. O problema central dessa corrente filosófica é: como conciliar fé e razão? Se em Isaías 7,9 está escrito “se não credes não entendereis”, como pensar corretamente? Fazem parte desse pensamento, por exemplo, São Justino (primeiro filósofo cristão, mártir em Roma em 167), São Clemente de Alexandria (150-215) e Santo Agostinho (354-430). A lógica e a retórica gregas, assim como nos conceitos formulados por Platão (principalmente sua dualidade entre mundo material e espiritual), Aristóteles (substância, essência, potência etc.) e pelos estoicos (sua ética baseada na resignação, na austeridade e no autocontrole), são fundamentais para a formulação da teologia do período. Nesse sentido, a filosofia cristã pode ser enxergada como uma síntese entre o judaísmo, o cristianismo e a cultura greco-romana.

Já o pensamento cristão da Baixa Idade Média (séculos X-XV) é conhecido como Escolástica. A partir das reformas do papa Gregório VII, em 1070, ficou estabelecido que todas as abadias e catedrais tivessem uma escola (de onde vem o nome “escolástica”). Assim como na Patrística, a Escolástica também se ateve ao ideal de conciliar fé e razão. No entanto, se Santo Agostinho cristianizou as ideias platônicas, na Escolástica, Aristóteles foi o novo autor utilizado como paradigma. O método escolástico de construção do conhecimento constituía-se na apresentação de uma questão (Quaestio), em seguida debatida (Disputatio) com argumentos baseados principalmente na Bíblia e em Aristóteles, estando presentes autoridades da Igreja Católica e conhecedores dos clássicos. Por fim, uma conclusão única e inequívoca era apresentada (Determinatio). Tais métodos serão, posteriormente, rejeitados pelo Renascimento (séculos XIV-XVI), que valorizará a observação e a experimentação em vez da autoridade.


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PRINCIPAIS AUTORES DA IDADE MÉDIA

O Renascimento e o Advento da Filosofia Moderna

“O Nascimento de Vênus”, obra do pintor renascentista Sandro Botticelli
“O Nascimento de Vênus”, obra do pintor renascentista Sandro Botticelli (Reprodução/Reprodução)

A Idade Moderna compreende o período entre a tomada de Constantinopla – então sede do Império Bizantino – pelo Império Turco Otomano, em 1453, e a Revolução Francesa, em 1789. Foi uma época de transição do feudalismo para o capitalismo industrial e, consequentemente, de uma sociedade nobiliárquica para uma sociedade burguesa. A Idade Moderna europeia foi moldada a partir de quatro fenômenos fundamentais:

  1. O Renascimento (séculos XIV-XVI), ato inaugural da modernidade, que instituiu uma visão renovada do homem e de seu lugar no universo, assim como novos métodos científicos que constituem a base de toda a ciência ocidental. O projeto básico do Renascimento consistia em resgatar o mundo clássico em seus próprios termos (o imitatio). Isto é, em vez de fazerem uma leitura cristã dos gregos – como fizeram Agostinho e Aquino –, os renascentistas estudaram profundamente filologia e arqueologia, visando a “renascer”, o que eles entendiam ser a glória perdida do mundo clássico.
  2. As Reformas Protestantes (século XVI), que pregaram a consciência individual como plenamente capaz de chegar à verdade religiosa e dividiram a sólida Igreja Feudal. Se, na Idade Média, a Igreja Católica impunha sua hegemonia sobre a Europa, agora o mundo aparecia, do ponto de vista religioso, como absolutamente fragmentado.
  3. O Estado Absolutista, que se impõe a um determinado território: se, na Idade Média, o mundo europeu estava fragmentado em feudos e pulverizado em relações feudo-vassálicas, a Idade Moderna conhece a formação de Estados que unificam os impostos, as leis e o exército. Esse Estado coordenou as práticas econômicas conhecidas como mercantilismo.
  4. A Expansão Ultramarina, com a conquista da América e partes da África e Ásia pelos europeus. A Europa se impõe como continente hegemônico no mundo ocidental. Os recursos adquiridos no processo de colonização, além do mais, foram fundamentais para a formação do capitalismo.

No bojo do Renascimento Cultural e Científico, a obra de Maquiavel representa uma nova visão do homem da ética e da política, rompendo com as concepções medievais. No século XVII, ocorre a chamada Querela (ou Disputa) entre os Antigos e Modernos: os filósofos passam não mais a resgatar o passado greco-romano, como fizeram os renascentistas, mas buscam superá-lo. É nesse sentido que o racionalista Descartes e o empirista Francis Bacon criam os métodos científicos modernos. Thomas Hobbes, por sua vez, rompe com a visão aristotélica de política: ele passa a pensar o homem não mais como um animal político, movido pelas virtudes, mas como um animal interesseiro, movido pelo medo.


VIDEOAULA: O RENASCIMENTO E OS CLÁSSICOS


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PRINCIPAIS AUTORES DO RENASCIMENTO

O Iluminismo

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(© R.M.N./H. Lewandowski/Museu do Louvre/Paris/)

As duas últimas décadas dos séculos XVII e XVIII – o século das luzes – conheceram um amplo movimento cultural: o Iluminismo – conhecido também como Esclarecimento (Aufklarung), Ilustração, Filosofia das Luzes ou Século de Frederico, em referência ao rei filósofo Frederico da Prússia.

Um jogo de cartas, criado no ano II da Revolução Francesa (1793), seria a expressão do ideário iluminado. No lugar dos reis, rainhas e valetes, o baralho ostentava filósofos, virtudes e soldados da república. No lugar do rei de paus, por exemplo, estava Rousseau, enquanto no lugar do rei de ouros estava Voltaire.

Assim, reivindicando para os filósofos o trono dos reis, a proposta central do Iluminismo seria levar a razão, a luz, onde haveria, segundo eles, a ignorância, as trevas. A luz representava a filosofia ilustrada, e as trevas o que eles, filósofos, chamaram de Antigo Regime, a irracionalidade do mundo em que viviam, permeado pelo dogmatismo, no plano religioso; pela autoridade do absolutismo, no plano político; pelo mercantilismo, no plano econômico; e pela sociedade de privilégios, no plano social.

Chamar de “Antigo” o mundo em que eles viviam expressava uma vontade de destruí-lo, virar a página e criar algo novo: antes da chegada desses filósofos, portadores da luz, os homens tinham vagado cegos, de olhos vendados. Agora um novo movimento vinha tirar essas vendas e iluminar os homens em todos os campos do conhecimento: ética, política, religião, costumes, direito ou economia.

Em seu texto de 1783, O que É Esclarecimento?, Kant define o Iluminismo como autonomia: “A saída do homem da menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu próprio entendimento sem a direção de outro indivíduo”. O homem na menoridade sofre de heteronomia, isto é, tal como uma criança, estaria sujeito a tutores que controlavam seu pensamento, dizendo o que é certo e o que é errado, impondo normas e punições. Esses tutores da humanidade seriam a Igreja, o Estado Absoluto, o Exército, os professores, os banqueiros e os legisladores.

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O homem do Iluminismo renuncia ao socorro vindo do alto e percorre o próprio caminho para alcançar a verdade, extraída das próprias forças. Porém, lembrava Kant, a maioria dos homens ainda prefere viver na menoridade, aceitando o que diz a Igreja e as autoridades, pois têm medo e preguiça de “pensar por si mesmos” e, por isso, vivem e morrem esclerosados em suas velhas concepções. A Igreja, católica ou protestante, impediria o livre exercício da razão humana, controlando-a. O Iluminismo, importante lembrar, não é contra a religião, mas contra o dogmatismo e a intolerância (o próprio Kant era protestante). Segundo Kant, com o início do Iluminismo, o homem começou a sair do estado de menoridade, passando a definir por si só o que é certo e o que é errado, no uso livre da própria razão.


VIDEOAULA: AS VISÕES DE MARX E KANT SOBRE O ILUMINISMO


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PRINCIPAIS AUTORES DO ILUMINISMO

A Filosofia na Contemporaneidade

Pessoas festejam a queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989
Pessoas festejam a queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989 (RolandBlunck/)

Nas palavras do historiador egípcio Eric Hobsbawm, o mundo contemporâneo é fundado por uma dupla revolução. Por um lado, uma revolução político-social, a Revolução Francesa: ela cria nossos modelos de Constituição liberal, a noção de igualdade política e, em seus momentos mais radicais, promete igualdade social e partilha de terras. No século XIX, todas as grandes revoluções são influenciadas pelo modelo francês. A segunda revolução é econômica: a Revolução Industrial Inglesa, que cria nosso modelo de empresa contemporânea.  Suas inovações técnico-científicas são o ponto de partida do capitalismo mundial e sua classe operária dá o tom das lutas sociais dos séculos XIX e XX.

O século XIX no mundo ocidental, nesse sentido, é marcado por três momentos, de acordo com Hobsbawm: uma Era das Revoluções (1789-1848), quando o mundo aristocrático é derrubado na Europa Ocidental; uma Era do Capital (1848-1875), quando o sistema capitalista liberal conhece seu momento de expansão; e uma Era dos Impérios (1875-1914), quando a Europa toma de assalto as colônias africanas e asiáticas e forma-se um sistema de competição que culmina na I Guerra Mundial, em 1914.

Esse é o contexto da filosofia de Marx, que é ao mesmo tempo uma análise e crítica do sistema capitalista, e de Schopenhauer e Nietzsche, os quais criticam os paradigmas da civilização ocidental, que vive seu momento de expansão. Os três filósofos, diga-se de passagem, são oriundos da Prússia, Estado militarizado, autoritário e industrial, do qual parte a Unificação Alemã.

O século XX, por sua vez, pode ser pensado a partir de três momentos, ainda de acordo com a periodização de Hobsbawm: a Era das Catástrofes (1914-1945), quando o mundo conhece a I Guerra Mundial, a Revolução Russa, a Crise de 1929, o Nazifascismo e a II Guerra Mundial; a Era de Ouro (1945-1973), momento de apogeu da Guerra Fria, quando a Europa Ocidental e os Estados Unidos, em competição com a URSS, promovem enorme crescimento econômico e conquistas sociais; e, por fim, a Era da Decomposição (1973-1991), quando o mundo conhece uma retomada do liberalismo (que havia entrado em crise na Era das Catástrofes) e a União Soviética entra em colapso. A filosofia de Sartre, Foucault e Habermas devem ser pensadas nesse contexto.

Por fim, o filósofo polonês Zygmunt Bauman, muito lido na atualidade, enxerga o mundo na ótica do século XXI: suas preocupações envolvem a civilização globalizada e a sociedade da informação, a internet e as redes sociais, o desmoronamento dos direitos trabalhistas e o surgimento de relações de trabalho, que ele entende como “líquidas”.


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