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África (política, economia e aspectos geográficos) – dicas e questões comentadas de vestibular

Continente mais extenso da zona intertropical, apresenta quadro natural heterogêneo e é povoado por diversas culturas e etnias. Muito explorada pelas potências europeias na época colonial, hoje é marcada por guerras civis, instabilidade política e econômica. ASPECTOS FÍSICO-NATURAIS Relevo: predominam os planaltos antigos e desgastados, quase sempre com altitude inferior a mil metros. Quando o […]

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h30 - Publicado em 29 set 2010, 18h49

Continente mais extenso da zona intertropical, apresenta quadro natural heterogêneo e é povoado por diversas culturas e etnias. Muito explorada pelas potências europeias na época colonial, hoje é marcada por guerras civis, instabilidade política e econômica.

ASPECTOS FÍSICO-NATURAIS

Relevo: predominam os planaltos antigos e desgastados, quase sempre com altitude inferior a mil metros. Quando o escudo cristalino aflora, ocorrem grandes jazidas de diversos minerais, como ferro, cobalto e magnésio. Planícies aparecem em áreas litorâneas e adentram o continente apenas onde correm alguns grandes rios, como o rio Senegal e o Gâmbia. Uma grande falha geológica no leste da África a separou da Península Arábica, originou o Mar Vermelho e rebaixou o relevo da região – que acumulou água e formou o Planalto dos Grandes Lagos.

Vegetação e clima: a partir do centro do continente, variam na mesma ordem (do úmido para o seco), abaixo e acima da linha do Equador. Partindo-se das florestas equatoriais do Congo e do clima equatorial úmido (no centro), passa-se às savanas e ao clima tropical e, depois, às estepes e aos climas semiáridos. Por fim, chega-se aos desertos e, nos extremos norte e sul do continente, à vegetação mediterrânea.

ASPECTOS ECONÔMICOS, POLÍTICOS E HUMANOS

A maioria das nações vive em guerra civil, instabilidade política intensa e seca prolongada. Isso gera economias pobres e fragmentadas, incapazes de gerar riquezas para as populações. Caracterizam a África elevadas taxas de natalidade e de mortalidade e baixa expectativa de vida – agravada pela prevalência da AIDS em até 10% dos habitantes de alguns Estados.

Política: durante a colonização, tribos historicamente rivais foram obrigadas a viver num mesmo país, após a partilha do continente pelas potências europeias. Depois da Segunda Guerra Mundial, ocorrem as lutas pela independência e as tribos passam a disputar o poder entre si. Essa concorrência perdura em diversos países, onde grupos se alternam no poder através de guerras e massacres sangrentos entre etnias diferentes, como os de Darfur e Ruanda.

Economia: mesmo com grandes reservas minerais, a África encontra obstáculos para gerar riquezas. Justamente por serem exportadores apenas de gêneros alimentícios e minerais, os países africanos são vulneráveis à variação internacional de preços (em momentos de preços baixos, falta dinheiro e há endividamento e crise financeira no continente). Os recursos minerais africanos (como petróleo e diamantes) são dominados por poucos, que comumente os usam para financiar guerras civis e não para o desenvolvimento socioeconômico.

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FIQUE ATENTO!

– Em 2009, a pirataria reapareceu no Chifre da África (onde está a Somália). Muitos navios cargueiros foram sequestrados, originando pedidos milionários de resgate. Com a completa falência do governo somali, os clãs locais se viram livres para tomar as atitudes que bem entendessem. Assim, em uma típica região deflagrada africana (devastada pela guerra, sem indústrias e carente de infraestrutura agrícola), a alternativa lucrativa encontrada foi a pirataria.

Munidos de lanchas velozes, fuzis de assalto, granada e lança mísseis, os piratas abordavam navios e rumavam para a costa somali, escondendo as embarcações e exigindo resgate. A região dos ataques é rota de passagem de grande parte do petróleo escoado do Oriente Médio e, por isso, essas ações chamaram muita atenção. Mais que isso, esses fatos exemplificam a realidade a que estão submetidos os africanos e as consequências que ela pode gerar.

– Em 2010, a República da África do Sul sediará a Copa do Mundo da Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA). O país já foi adepto de severas leis segregacionistas (conhecidas como Apartheid) e, por conta deste triste passado, a realização do evento surge com esperança de superação de erros históricos e de possibilidade de um futuro melhor – inclusive com a construção do maior estádio da Copa, em Johanesburgo, cidade-símbolo do Apartheid.

COMO JÁ CAIU NO VESTIBULAR?

(FGV) Sobretudo, a partir da década de 60, o continente africano tem passado por um processo de descolonização, isto é, de independência política formal que:
a) tem permitido às jovens nações superar o atraso econômico motivado pela exploração das antigas metrópoles.

b) desacompanhada da respectiva independência econômica e financeira não conseguiu alterar de forma efetiva as precárias condições de vida da população.

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c) reestruturou economicamente as novas nações, uma vez que elas deixaram de produzir para os mercados externos e voltaram-se para as necessidades da população local.

d) alterou sensivelmente o papel das antigas colônias na divisão internacional de trabalho uma vez que estas passaram a ter autonomia econômica.

e) possibilitou a superação das relações de subordinação econômica das antigas colônias através do desenvolvimento de atividades industriais modernas.

(PUC-Campinas) “Recentemente, por questões humanitárias, os Estados Unidos atuaram na Somália mas, poderiam ter optado pelo Sudão ou Etiópia, países vizinhos, com guerras civis e milhões de esfomeados. Nunca o caráter periférico da África foi tão evidente quanto agora, pois não há superpotências que disputem o continente e os países são entregues à própria sorte (ou infortúnio).”

Da leitura do texto e de seus conhecimentos sobre a África é possível afirmar que

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a) as disputas internas provocadas pelos clãs tribais têm alterado a posição do continente no cenário mundial, transformando a África numa área de fracos investimentos.

b) o processo de islamização forçado, pelo qual passa grande parte da África, restringe as possibilidades de intervenção estrangeira no continente.

c) hoje, a busca de mercados consumidores substitui os antigos critérios geopolíticos, e a pobreza da África como um todo, pouco interessa ao mundo desenvolvido.

d) vários órgãos supranacionais têm tentado promover a destribalização da parte mais pobre da África, no sentido de torná-la mais atraente aos investimentos estrangeiros.

e) a manutenção de regimes autoritários, com guerrilhas e atos de terrorismo, tem dificultado a ação das forças de paz e de certa forma influído na Nova Ordem Mundial.

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(UFMG) Todas as alternativas apresentam afirmações corretas ligadas ao final do “apartheid” na África do Sul, EXCETO

a) A África do Sul, com as eleições presidenciais de 1994, deu um passo importante para romper com seu passado de discriminação racial.

b) As restrições comerciais impostas ao antigo regime racial foram suspensas, e a África do Sul restabeleceu suas relações comerciais internacionais.

c) O fim do “apartheid” gerou poucas mudanças para a população branca cuja elite continua a controlar a economia e a burocracia do país.

d) O novo país passa a contar com uma população negra, etnicamente homogênea, uma vez que os bantustões formaram países independentes.

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e) O novo regime se deparou com a possibilidade de aproximação entre as experiências sociais e econômicas de brancos e negros.

GABARITO

(FGV) Resposta correta: B

(PUC-Campinas) Resposta correta: C

(UFMG) Resposta correta: D

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África (política, economia e aspectos geográficos) – dicas e questões comentadas de vestibular
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