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As 8 melhores práticas para mandar bem nas leituras obrigatórias

Veja dicas para tirar o melhor proveito possível das obras e se preparar para os exames

Por redação
Atualizado em 26 abr 2019, 18h16 - Publicado em 28 jun 2017, 17h42

Algumas das maiores universidades do país mantêm vestibulares próprios, além de programas como o Sisu e o Prouni. Para quem vai se candidatar a uma delas, é importante ficar ligado nas listas de obras obrigatórias que muitas vezes são exigidas do candidato na realização do exame.

Para tirar o melhor proveito possível das leituras, o professor de literatura Tiago Martins, da plataforma online Me Salva!, dá 8 dicas que podem ser úteis a quem está se preparando para os exames. Veja!

1. Desfrute das leituras

Um dos principais males do nosso ensino é a perspectiva de que estudamos somente para passar no vestibular ou tirar uma boa nota. O conhecimento pode desempenhar uma grande transformação nas nossas vidas, desde que estejamos abertos a ele. Uma obra literária pode conter um tanto de História, um tanto de Sociologia, um tanto de Psicologia, um tanto de Filosofia, um tanto de Economia, enfim, um tanto de reflexões sobre a nossa própria natureza e sobre como vivemos em comunidade. Como diz Antônio Cândido, crítico literário brasileiro, ‘o romance enrola a verdade na fantasia’.

Se os estudantes se dedicarem a ler as obras literárias desejantes de mergulhar nas narrativas oferecidas, desejantes de superar as iniciais dificuldades que um texto pode oferecer – especialmente aos que não têm familiaridade com a leitura -, poderão não apenas ter um melhor desempenho em seus respectivos vestibulares, como poderão ter o prazer de se entregar a um livro! Quando lemos (ou estudamos) interessados em aprender, e não apenas em decorar para uma prova, o nosso desempenho sempre é muito melhor, pois assimilamos aquele conhecimento profundamente, e não superficialmente.

2. Tenha um bom esconderijo

O escritor português Gonçalo M. Tavares disse em uma entrevista que: “Sem um bom esconderijo não se tem uma boa vida”. Ele fala de um tempo no qual ficamos quietinhos, distante das preocupações e das solicitações, um tempo guardado para a leitura. O fato é que vivemos em uma lógica temporal de muita pressa, a maior parte das pessoas compra a ideia de que devemos estar sempre ocupados, sempre conectados, sempre trabalhando, sempre fazendo alguma coisa. Isso nos põe em um estado de agitação muito grande. É esse estado de agitação que, muitas vezes, leva os estudantes que estão se preparando para o vestibular a desenvolver quadros de ansiedade.

A literatura, no entanto, habita um outro tempo. Para mergulharmos em um texto literário com a atenção que ele exige, é preciso de pausa, e não de pressa. Então é importante que o estudante crie uma rotina de leitura. Um esconderijo. Um horário no qual ele irá se desconectar das redes sociais, deixar o celular um pouco de lado, deixar as preocupações do lado de fora e mergulhar no livro. Cada um vai escolher qual é o melhor horário para si, cada um vai escolher quantas vezes por semana vai se dedicar a sentar-se para ler, mas é importante criar uma rotina de leitura e um espaço de silêncio e calma no meio da agitação e da pressa.  

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3. Não fique muito tempo longe do livro que você decidiu ler

Os estudantes não precisam ler todo dia, se não quiserem. Uma rotina pode ser diária ou não. No entanto, quando um estudante se decide por começar a ler uma obra é importante que ele não fique espaços de tempo muito longos longe do livro, pois dessa forma, perde-se o “fio da meada”, como se diz, e a assimilação da história fica prejudicada. Quando nos decidimos a ler um romance, por exemplo, é importante termos uma certa constância na leitura.

Livros de contos e livros de poemas, por outro lado, podem pressupor outras orientações. Podemos terminar um conto, ler um romance no meio e depois lermos outro conto. Os livros de poemas, por exemplo, não precisam ser lidos em ordem linear.

(Pride and Prejudice/Giphy)

4. Evite ler resumos antes de terminar a obra

Ler o resumo de um livro ao invés de ler a obra completa é uma perda muito grande. Fica claro aí o objetivo de apenas “decorar” algo para uma prova. Os resumos podem nos ajudar a refrescar a memória e, portanto, se forem utilizados devem ser lidos após a leitura integral da obra. Quando lemos resumos, estamos diante dos famosos spoilers, ficamos sabendo o que acontece antes de ler, o que estraga as surpresas e o possível prazer com a leitura.

5. Seja um leitor ativo

Caso o estudante esteja diante de uma obra que tenha elementos que, num primeiro momento, pareçam complexos, nada impede que ele pesquise para esclarecer a leitura. Dois exemplos: 1) Podemos estar diante de uma obra cujo contexto histórico é importante para o entendimento da narrativa. Então, nada impede, que o estudante use as facilidades da internet para se familiarizar com o contexto histórico. Depois, ele pode voltar ao livro e perceber que a leitura ficará bem mais acessível. Além disso, 2) às vezes temos obras nas quais o autor ou a autora gostam de brincar com a linguagem, ser criativos com a língua.

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O grande barato da literatura é que não precisamos usar a linguagem cotidiana, tão objetiva, podemos subverter a língua. No entanto, esses exercícios criativos podem apresentar dificuldades para alguns leitores. Nada impede que os estudantes leiam algumas coisas sobre a obra para melhor entender o enredo do livro (evitando muitos spoilers). Depois, eles poderão voltar ao texto apreciando a linguagem. Tão logo o que era difícil no início, ficará fácil e prazeroso. Não tenhamos medo da criatividade nem dos diferentes usos da língua. literatura é a arte da subversão da palavra.   

6. Risque os livros (se eles forem seus)

Os livros não precisam ser objetos estranhos, intocáveis, distantes. Ao ler, é importante que tenhamos em mãos um lápis e, talvez, post-its. Podemos sublinhar o livro, riscar, escrever coisas nas páginas. (Desde que eles sejam nossos, é claro!) Quem disse que não podemos riscar os nossos livros? Dessa forma, ficarão marcados os trechos mais importantes, os trechos que mais gostamos. Isso facilitará os processos da nossa memória. Caso o livro seja emprestado, poderá colocar post-its e depois anotar aqueles trechos.

7. Faça um diário de leitura

Pode ser muito interessante e estimulador fazer um diário de leitura. Os estudantes podem fazer pequenos ou grandes resumos das obras que leram e colocar nesse arquivo aqueles trechos que foram sublinhados.  

8. Conheça a prova

Alguém que realizou uma boa leitura de todas ou, pelo menos, de quase todas as obras obrigatórias vai, com certeza, ter um bom desempenho. No entanto, é claro que é importante que o estudante conheça as provas anteriores para entender que tipo de questão a prova de vestibular que irá realizar está cobrando. Então, é importante ficar atento: a prova cobra mais enredo, cobra mais interpretação, cobra mais contexto histórico? A prova pede relações entre uma obra e outra? Assim, evitam-se as surpresas.

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