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Custo de vida baixo, excelência acadêmica e idioma em comum. Conheça as vantagens de estudar em Portugal e entenda como se candidatar

Por Priscila Bellini, do Estudar Fora
Atualizado em 15 dez 2019, 07h46 - Publicado em 26 jan 2017, 16h55

O pequeno país na “ponta” da Europa virou destino de muitos brasileiros. São vários os motivos que tornaram Portugal o queridinho da vez: o custo de vida reduzido, as vantagens de estudar em universidades europeias, o idioma similar e o clima ameno. Tanto para graduação quanto para a pós, incluindo mestrados acadêmicos e doutorados, as instituições portuguesas são avaliadas como excelentes e apresentam facilidades para brasileiros.

Esse perfil mais amigável não surgiu à toa. Além do histórico dos dois países, que remete aos idos do Brasil colônia, as mudanças na legislação de Portugal e os acordos firmados com o governo brasileiro facilitaram o intercâmbio de estudantes. Por exemplo, com a permissão de processos seletivos alternativos que contemplassem alunos estrangeiros, esse movimento ganhou força. De 2014 para cá, mais universidades portuguesas aderiram à mudança.

Como se candidatar para estudar em Portugal

Quando se trata de graduação, o caminho mais certeiro para os alunos interessados é o Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM. Graças às parcerias firmadas com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), algumas instituições portuguesas aceitam o resultado do teste como requisito único para admitir brasileiros. Esse movimento começou com o pontapé inicial vindo da Universidade de Coimbra, a mais antiga de Portugal, que hoje disponibiliza mais de 600 vagas para brasileiros.

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“O que me chamou a atenção foi o nome e a tradição de Coimbra como um todo”, resume a paulista Fabíola Pretel, que começou a graduação em Jornalismo em Coimbra em 2015. Na época, ela conta que a possibilidade de estudar no exterior contando com a nota do ENEM pareceu uma ótima oportunidade, além dos custos baixos no país. Atualmente, diversas instituições adotaram o ENEM como porta de entrada para a graduação, como a Universidade do Algarve, a Universidade de Aveiro e o Instituto Politécnico do Porto (IPP).

Já os candidatos a mestrado e doutorado (ou “doutoramento”, como dizem os portugueses) passam por um processo diferente. Cabe ao aluno interessado reunir documentos como histórico escolar e cartas de recomendação para fazer a application – aos moldes do que acontece em outras instituições europeias. “Eles pediram meu histórico escolar, o diploma, uma carta de motivação, e, ainda, que três pessoas me recomendassem”, explica Ramon Bittencourt Mendes, que cursa o Mestrado em Inovação e Empreendedorismo Tecnológico na Universidade do Porto.

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Ainda que muitos currículos de pós-graduação sejam oferecidos em inglês, não há exigência de testes padronizados como o TOEFL ou o IELTS na seleção inicial. No máximo, é solicitada uma declaração do candidato sobre sua proficiência no idioma. “Só que, além das aulas, as apresentações dos seminários, os debates e os artigos exigidos por disciplina devem ser todos falados e escritos em inglês”, destaca a doutoranda em Direitos Humanos nas Sociedades Contemporâneas Saskya Lopes.

Já o doutorando Jamil Farkatt enxerga, nas exigências do doutorado, uma oportunidade para trabalhar de vez o inglês. “Se você não tiver o idioma na ponta da língua, mas um currículo bom e muita vontade de aprender, consegue se desenvolver bem”, diz ele, que estuda Engenharia e Gestão Industrial na UPorto.

Cabe ao estudante, portanto, ficar atento às exigências específicas de cada instituição, disponíveis nos sites oficiais. Em casos como o da Universidade do Porto, por exemplo, cada candidato deve também enviar aos professores do departamento de interesse pedidos para orientação da tese.

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Como conseguir um intercâmbio

Para quem não pretende fazer uma etapa inteira da formação em terras portuguesas, outra opção é a do intercâmbio acadêmico. Há diversas bolsas para graduação, como as oferecidas pelo banco Santander, a exemplo das Bolsas Ibero-Americanas. Para esse tipo de programa, cabe à universidade brasileira conveniada selecionar os alunos que são elegíveis ao intercâmbio – de acordo com processos internos.

Já entidades como a Capes (Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior) e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) também lançam editais para doutorados-sanduíche, que incluem um período determinado em universidades portuguesas combinados à experiência no Brasil.

Quais são os custos com anuidade

Quando se trata de anuidade (ou “propina”, como é chamada por lá), os valores podem variar de acordo com a instituição de ensino e os acordos firmados com o Brasil. Algumas delas estabelecem valores menores para os países lusófonos, como é o caso da Universidade do Porto. Também há diferença para os níveis de formação, como é o caso dos custos para graduação e pós-graduação. Na Universidade de Coimbra, famosa por concentrar mais estudantes brasileiros, a mensalidade sai por 700 euros.

“O que eu aconselharia é tentar verificar qual a universidade na qual a sua área tem mais relevância, escolher a melhor e buscar financiamento”, opina Jamil Farkatt, que conseguiu uma bolsa Erasmus, depois de se formar na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. “Pagar por si próprio vale a pena, também. Em comparação às universidades mais conceituadas e privadas no Brasil, uma pós-graduação aqui sai muito barata”, complementa.

Em média, a candidatura sai por 50 euros – com taxas extras para quem deseja fazer cursos que necessitem de exames de aptidão física.

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Quais as vantagens de estudar em Portugal

Por um custo baixo e com um processo de candidatura simplificado, Portugal oferece uma experiência acadêmica consistente. Em outras palavras, bons professores e boas oportunidades para os alunos. Como a baiana Saskya Lopes explica, as universidades investem na internacionalização. “Há sempre a possibilidade de estar em contato com pesquisadores de todo o mundo, de conhecer a perspectiva sobre seu tema nos mais diferentes lugares, seja em palestras ou discussões no café com os colegas”, ela explica, destacando sua experiência em Coimbra.

“Portugal hoje é um país com universidades muito boas, reconhecidas lá fora. Nomeadamente, a de Lisboa e a do Porto se destacam em tecnologia”, aponta Jamil Farkatt. No caso dele, a ideia era a aproveitar a oportunidade na Europa para pesquisar energia eólica. “Temos aqui a oportunidade de trabalhar com docentes portugueses que têm experiência nos EUA, em Londres… O corpo docente português é um corpo docente top class”, resume.

 

Este artigo foi originalmente publicado por Estudar Fora, portal da Fundação Estudar

 

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