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“Desastre no Japão poderia ter sido pior”, diz professor

Intensidade na escala Richter não é o fator principal de devastação dos terremotos

Por por LUIZA SAHD
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h49 - Publicado em 11 mar 2011, 19h51

O terremoto de magnitude 8,9 que atingiu o Japão hoje, considerado o 7º maior da história, contabilizou até agora quase 400 mortes e milhares de desaparecidos. A devastação causada pelo tremor foi intensificada pelo tsunami com ondas de até 10 metros, que varreram boa parte das regiões costeiras do país e chegaram até a costa oeste dos Estados Unidos. Apesar de todos os estragos causados, a catástrofe poderia ser muito pior se o Japão não contasse com uma infraestrutura anti-terremotos avançada e também se o epicentro do terremoto tivesse ocorrido próximo à capital Tóquio, onde vivem 13 milhões de pessoas.

De acordo com o professor de geografia Paulo Roberto Moraes, do cursinho Anglo, de São Paulo, existem outros fatores determinantes para a devastação, além da intensidade na escala Richter. Por isso, Moraes evita a comparação entre o terremoto que atingiu o Japão hoje ao que assolou o Haiti no início de 2010, que vitimou quase meio milhão de pessoas, tirando a vida de 200 mil.

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“Fatalmente é a localização. O epicentro do terremoto no Japão está em uma área com baixa densidade populacional, o que fez com que o número de vítimas fosse menor”, afirma o professor. Segundo ele, não há como apontar semelhanças diretas com o caso do Haiti, porque o Japão tem infraestrutura e preparo para os terremotos frequentes da região.

O foco sísmico de um terremoto é o local no interior da Terra onde se inicia a ruptura do material rochoso, ocorrendo a liberação de energia. Quanto mais superficial o terremoto, maiores os estragos que ele pode causar. O epicentro do maior tremor de terra no Japão hoje ocorreu no oceano Pacífico, a 400 km de Tóquio e a 32 km de profundidade.

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Moraes lembra que o Japão é um país localizado em uma área de contato entre placas tectônicas – o país está situado entre as placas Euro-Asiática, Filipinas e do Pacífico -, o que caracteriza as chamadas ‘áreas de choque’. Tremores menores ocorrem com frequência, mas a infraestrutura de segurança dos prédios garante que as cidades tenham prejuízos pontuais, sem a necessidade de evacuação de urgência. “Os terremotos podem dar pequenos sinais de que ocorrerão, mas é impossível prever sua intensidade e o momento exato dos tremores”, afirma.

A agitação das águas deu origem ao tsunami, que é um fenômeno mais fácil de monitorar. O monitoramento da velocidade das ondas possibilita o cálculo do tempo que elas levarão para atingir as regiões afetadas. No caso das zonas mais distantes do foco sísmico, pode-se evacuar as áreas de risco com algumas horas de antecedência. Por isso, regiões como o Havaí, localizada próximo ao tremor, não foram tão afetadas pelas ondas gigantes.

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