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SP: Mais da metade de médicos recém-formados é considerada inapta

Dos 2.677 novos profissionais avaliados, 56,4% não atingiram a margem mínima de acerto

Por Agência Brasil
Atualizado em 9 fev 2017, 11h25 - Publicado em 8 fev 2017, 16h23

Mais da metade dos médicos recém-formados no estado de São Paulo é considerada inapta para o exercício da profissão nos exames de avaliação do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), feitos no ano passado. Dos 2.677 novos profissionais avaliados, 56,4% não atingiram a margem mínima de acerto. Em comparação a 2015, houve aumento de 8,3 pontos percentuais na taxa de reprovação.

Do total de avaliados no ano passado, 1.511 não conseguiram a margem de acerto mínimo na prova aplicada pela Fundação Carlos Chagas (FCC). Para serem aprovados, os médicos precisam dar a resposta correta a, no mínimo, 60% das 120 questões. Em 2015, a taxa de reprovação chegou a 48,1% (1.312 candidatos).

No ano passado, 1.166 (43,6%) dos avaliados obtiveram a média necessária para aprovação. Em 2015, 1.414 candidatos (51,9%) passaram no teste do conselho.

O levantamento do Cremesp mostra que, na comparação entre as escolas públicas e privadas, prevalece um desempenho mais baixo entre os avaliados vindos de cursos particulares. Em 2015, 73,6% dos profissionais oriundos de escolas públicas tinham sido aprovados, taxa que caiu 62,2%, no ano passado. Já o percentual de aprovados entre os egressos de escolas privadas caiu de 41,2% para 33,7%.

Segundo o Cremesp, a avaliação foi feita com os formandos de 30 das 46 escolas médicas em atividade no estado. As demais escolas foram abertas há menos de seis anos e, portanto, ainda não apresentavam turmas de graduados no período do exame.

O teste do Cremesp consiste na identificação do conhecimento básico na área. Os avaliados têm de responder a 120 questões em cinco horas. Para ser considerado apto ao exercício profissional, o candidato deve responder corretamente a, no mínimo, 72 questões.

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O pior desempenho foi na área de saúde pública e epidemiológica, com média de acertos de 49,1. Na pediatria, a média chegou a 53,3 e na obstetrícia, 54,7. Muitos dos candidatos não foram capazes de interpretar imagem para diagnosticar e administrar a condução terapêutica para problemas básicos de saúde como casos de hipertensão e doenças respiratórias. Segundo o Cremesp, 80% dos recém-formados erraram a conduta no tratamento de paciente idoso e 75% demonstraram não saber identificar as principais características e conduta em caso de paciente com problemas respiratórios.

Mantenedoras de ensino superior contestam avaliação

O Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), em nota, contestou a avaliação do Cremesp: “O referido exame não tem competência para medir a qualidade do curso e nem do aluno porque, além de não ser componente curricular, o aluno precisa somente comparecer no dia da prova sem ter qualquer compromisso com o resultado”. Além disso, segundo José Roberto Covac, consultor jurídico do sindicato, “divulgar que o exame mede a qualidade do curso ou do aluno é inverídico, tendencioso e padece de qualquer critério científico, levando a sociedade a uma percepção incorreta sobre os cursos e os alunos”.

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