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Cai número de ingressantes de escola pública na USP

Número de estudantes pretos e pardos também foi reduzido

Por da redação, com informações da Agência Brasil
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h52 - Publicado em 30 jun 2016, 19h16

O número de matriculados na Universidade de São Paulo (USP) egressos de escola pública, aprovados a partir do vestibular tradicional, foi reduzido em 4%: de 34,8% em 2015 (3.853 alunos) para 30,6% (3.121) este ano. Além disso, o total de alunos autodeclarados pretos foi reduzido de 3,5% (391 alunos) para 3,2% (328). As informações foram divulgadas pela Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest).

Os alunos autodeclarados brancos totalizam 75,8% dos ingressantes (7.728). A situação é ainda mais evidente no curso de Medicina: em 2015, de 300 aprovados, havia 4 pretos, 30 pardos e nenhum indígena. Em 2016, de 298 aprovados, são 2 pretos, 22 pardos e nenhum indígena.

A meta da universidade é que, até 2018, haja 50% de matriculados oriundos de escola pública. O pró-reitor de graduação, Antonio Carlos Hernandes, afirmou que, por enquanto, a USP não pretende trabalhar com cotas nem com reserva de vagas a partir de critérios de renda. Mas isso pode ser revisto a partir de 2017, caso a meta não seja atingida.

Sisu

A redução ocorre no momento em que a USP passou a oferecer, gradualmente, parte das vagas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). No ano passado, foram ofertadas 1.489 vagas, distribuídas em 140 cursos. Mas, devido às altas notas exigidas para alguns cursos, 11 cursos terminaram sem nenhum aprovado. Ao fim do processo, só 814 vagas (55% do total destinado) foram preenchidas pelo Sisu.

Para o professor Hernandes, isso se deve ao número limitado de chamadas das quais a USP participou no Sisu (agora, em vez de apenas quatro, haverá um número ilimitado de chamadas até que as vagas sejam todas preenchidas) e a elevada nota mínima exigida para que os estudantes pudessem concorrer às vagas – que chegava a 700, em alguns cursos. Cada unidade da USP define a nota mínima para seus cursos, mas Hernandes garantiu que elas serão mais baixas este ano.

Nas últimas semanas, a Escola Politécnica (Poli), que concentra cursos de Engenharia, a Faculdade de Economia e Administração (FEA) e a Escola de Comunicações e Artes (ECA) já anunciaram sua adesão ao sistema, com 10%, 30% e 30% de vagas, respectivamente. Até o momento, a Poli é a única unidade da USP que não oferecerá nenhuma vaga por cotas.

Em relação à última edição do Sisu, até o momento, a USP oferecerá 34% mais vagas, somando 1.996. Outras unidades ainda estão deliberando sobre a possível participação e quantas cadeiras serão disponibilizadas no sistema.

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