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Número de estudantes da rede pública matriculados na Unicamp bate recorde

Mais de 30% de todos os estudantes matriculados neste ano na universidade fizeram ensino médio em escola pública

Por por MARIANA NADAI
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h45 - Publicado em 31 mar 2011, 16h20

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulgou hoje um dado positivo. De acordo com a instituição, o número de estudantes da rede pública matriculados na universidade neste ano bateu recorde. Das 3.444 vagas oferecidas pelo vestibular da Unicamp nesse ano, 1.111 foram ocupadas por alunos que cursaram todo o ensino médio em escolas da rede pública, o que representa 32% dos matriculados.

O índice de 2011 está entre os maiores dos últimos anos e reverte a tendência de queda que vinha acontecendo desde 2009, quando a participação desse grupo havia caído abaixo de 30%. Em 2010, 1.003 estudantes da rede pública se matricularam na universidade, 29,4% dos admitidos naquele ano.

O aumento na participação de alunos da rede pública foi verificado já na passagem da primeira para segunda fase. Neste ano, 21,8% dos 14.277 candidatos inscritos passaram na primeira fase do processo seletivo. Em 2010, dos 13.503 inscritos, 20,3% conseguiram avançar para a etapa seguinte.

De acordo com o professor Renato Pedrosa, coordenador do vestibular da Unicamp, os resultados indicam que as mudanças feitas no vestibular em 2011 tiveram um impacto positivo. “Nós temos um programa de ação afirmativa que bonifica os estudantes da rede pública, mas só na fase final. Por isso, esse aumento no número de aprovados na primeira fase mostra que o vestibular está no caminho certo. Esses estudantes querem fazer o nosso processo seletivo e mais, esse modelo de prova traz benefícios para esse público”, explica Pedrosa.

Além de creditar o vestibular da Unicamp, Pedrosa explica que esse aumento de interesse e aprovação de estudantes oriundos da escola pública também é reflexo de uma melhor qualificação desses alunos. “Estamos fazendo um estudo, apesar de levar um tempo para fazer uma conclusão exata, já é possível notar que os alunos da rede pública estão cada vez mais qualificados”, diz.

E, antes que digam que não são os estudantes que estão mais bem preparados, e sim o vestibular da Unicamp que ficou mais fácil, o coordenador comenta: “a prova da Unicamp foi seguramente mais difícil. Alguns dados que levantamos, por exemplo, mostram que a nota da redação foi mais baixa”.

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O novo vestibular

O vestibular da Unicamp 2011 foi o primeiro no novo modelo. Com a mudança, os candidatos passaram a fazer uma primeira fase com 48 questões de múltipla escolha, ao invés de 12 questões dissertativas.

Além disso, com o novo modelo, os vestibulandos tiveram que fazer uma prova de redação com três textos e quatro provas na segunda fase. Esta dividida em grandes áreas – língua portuguesa e literatura; matemática; ciências humanas e língua inglesa; ciências da natureza, aplicadas em três dias consecutivos (eram quatro anteriormente), com 24 questões dissertativas por dia.

Todos os concorrentes passaram a ter a prova de Redação corrigida, o que não ocorria nos últimos anos, quando havia uma pré-seleção a partir das notas obtidas nas questões da primeira fase.Fuvest em cheque

A notícia da aprovação do novo modelo do vestibular da Unicamp foi feita no mesmo dia em que o Conselho de Graduação da Universidade de São Paulo (USP) se reunire para discutir questões ligadas à prova da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest).

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As recomendações de alterações da Fuvest foram elaboradas por um grupo de trabalho do Conselho. De acordo com a assessoria de imprensa da USP, não é possível precisar quais são essas mudanças. Mas, segundo a assessoria, qualquer modificação, para passar a valer ainda neste ano, terá que ser aprovada até maio, para que se tenha tempo hábil de colocar todas as alterações no edital do processo seletivo, que tem inscrições previstas para agosto.

As discussões sobre mudanças na Fuvest acontecem apenas dois anos depois da USP modificar a estrutura do seu vestibular . Uma das principais modificações feitas para a prova de 2010 foi a desconsideração da nota da primeira fase para o resultado final. Além disso, com o objetivo de valorizar o conjunto das disciplinas, as questões abertas da segunda fase passaram a contemplar todas as disciplinas, como na primeira etapa, e não apenas as selecionadas para cada carreira.

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