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A serviço da educação: como smartphones, tablets e internet podem ser usados pelos alunos para estudar

Ouvir música ou estudar para o vestibular? Dá para fazer ambos em um iPod!

Por por GUILHERME DEARO
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h58 - Publicado em 1 fev 2011, 16h38

Será que um iPod ou um iPhone não passam de vilões na hora de estudar para a prova, são o pesadelo dos pais? Será que não há nada além das músicas, vídeos, fotos e diversão? A resposta é sim, há muita coisa além. Seja através de aplicativos que o estudante pode usar em seu smartphone ou aparelhos eletrônicos, seja através de projetos que trabalham com internet e novas tecnologias, é possível pensar em educação e informação.

Gervásio Santos, 16 anos, conta que em seu colégio o professor deixa os alunos usarem aparelhos como os dois ícones da Apple – mas, claro, quando é pertinente. “Ele deixa acessar alguma coisa na internet que tem a ver com o que está sendo dado. Usar a calculadora também”, conta.

Gervásio, que está na 3ª série do ensino médio e vai prestar vestibular para Engenharia da Computação, tem um iPod Touch, que acessa rede sem fio e roda aplicativos. Ele comprou o aparelho principalmente para ouvir música e jogar, mas também o utiliza para estudar:

“Uso o aplicativo ‘Passei no Vestibular’, com questões de provas para resolver. Também leio [os jornais] Valor Econômico e The New York Times na internet”, diz. Para ele, seria interessante se desenvolvessem um aplicativo que servisse como database de questões resolvidas e comentadas dos vestibulares.

– Confira dicas de aplicativos para baixar e mandar bem nos estudos

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– Veja de que modo você pode aproveitar os dispositivos móveis e até o Facebook para estudar

Contudo, nem sempre o celular pode ser usado em sala de aula. Há inclusive uma lei estadual em São Paulo, de 2008, que proíbe o uso dos aparelhos em salas da rede pública. Lei semelhante existe no Rio de Janeiro.

Bruno Buzzina, da área de criação e planejamento da UX Mobile, empresa de São Paulo que desenvolve aplicativos para vários dispositivos móveis, considera que tanto a proibição de celular em sala quanto os limites tecnológicos atrapalham o crescimento da área no Brasil.

“No exterior é muito mais fácil, há mais demanda e projetos. Aqui não há internet 3G em todo lugar, não há uma grande rede wi-fi livre, então dificulta”, analisa.

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Segundo Buzzina, não falta mercado ou interesse por projetos envolvendo educação no País. “Há demanda por esses projetos, existe um público interessado em cada escola”, acredita.

Buzzina também ressalta que o mercado externo consome muito mais smartphones que no Brasil, onde a maioria dos celulares ainda são pré-pagos – por isso há mais aplicativos sendo desenvolvidos lá.

Um relatório do Instituto Gartner prevê que serão realizados 17,7 bilhões de downloads de aplicativos no mundo este ano, 117% a mais que nos últimos 12 meses. Ou seja, interesse em aplicativos há. Usá-los para educação seria estratégico.

Realidade aumentada

Uma aliada poderosa da educação no futuro, quando internet e tecnologias estiverem ainda mais difundidas e acessíveis, será a realidade aumentada.

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Ela é uma técnica em que se altera digitalmente a percepção que um indivíduo tem sobre a realidade. Dessa interação entre realidade e mundo virtual podem-se acrescentar informações geradas por computador às imagens captadas no mundo real. Por exemplo: você aponta a câmera do celular para algo a seu redor e vê na tela as informações relacionadas a ele.

Imagine isso sendo utilizado por escolas e universidades: usando a câmera do seu celular enquanto passeia pela cidade, você fica sabendo de fatos históricos, obtém dados sobre geografia, história, artes. Vai para o museu, aponta a câmera para um quadro, sem saber nada sobre ele a não ser seu nome e autor, e seu aparelho acessa automaticamente textos, vídeos e imagens.

No Brasil, durante a Mobilefest, Feira Internacional de Criatividade Móvel, aconteceu a versão nacional de uma gincana utilizando um aplicativo holandês, o 7Scenes, do Instituto Waag. O programa, que trabalha com o conceito de geolocalização (o GPS, sistema de posicionamento global), armazena várias informações sobre um determinado lugar.

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Quando a pessoa usa o GPS do celular e chega até o local, consegue acessar todos os dados. Com isso, um professor pode, por exemplo, juntar textos, fotos e vídeos em um ponto histórico de São Paulo que envolvam conteúdo dado em aula. E ainda pode dar as pistas para o próximo ponto, criando uma espécie de “caça ao tesouro”.

Outro projeto é o Ensino Arte Rede, integrado ao projeto do Oi Futuro – Instituto de Responsabilidade Social da Oi. O projeto trabalha com crianças do Núcleo de Arte e Tecnologia da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (NAT_EAV), no Rio de Janeiro. Em uma das atividades, os alunos tiravam fotos e filmavam com o celular o trajeto de suas casas até a escola. Tudo foi publicado na internet na forma de um mapa.

Já no MV-Mob, patrocinado pela Vivo, com edições no Rio de Janeiro e Bahia, por exemplo, estudantes produzem conteúdo de foto, áudio e vídeo e armazenam tudo no site Minha Vida Mobile, gratuito e aberto a todos. Eles podem criar comunidades de discussão e ainda participar de prêmios, oficinas e palestras.

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Enquanto isso, lá fora…

Várias experiências educacionais envolvendo aplicativos podem ser encontradas em escolas e universidades no exterior.

Pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, desenvolveram um aplicativo para os estudantes de Medicina. Com o Anatomy Lab, alunos fazem uma “dissecação virtual’ e podem estudar anatomia humana. Quarenta imagens distintas foram feitas de um cadáver para entender todo a composição dos tecidos e como estão dispostos.

Já na Universidade Ayoama Gakuin, no Japão, os alunos ganham na matrícula smartphones ligados à rede 3G para receber avisos de aulas, notas e provas durante o curso. Até mesmo a chamada é feita automaticamente pela internet. Não vai dar mais para pedir o famoso “assina pra mim!!”…

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