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Argentinos e britânicos entraram em guerra em 1982 pelas Ilhas Malvinas

Chamada de Falklands pelo Reino Unido, que as controlam desde 1833, ilhas ficam no Atlântico Sul, perto do litoral da Argentina

Por Paulo Zocchi
5 abr 2024, 19h00

Neste início de abril, completam-se 42 anos que os argentinos entraram em guerra com os britânicos pela posse de um arquipélago no Atlântico Sul. A Guerra das Malvinas, em 1982, marcou o cume de uma disputa de quase 200 anos entre Argentina e Reino Unido. A Argentina reivindica internacionalmente o domínio sobre as Ilhas Malvinas, arquipélago situado a 480 quilômetros do litoral sul do país. O Reino Unido chama o local de Falklands Islands.

A história das ilhas é movimentada. O primeiro a aportar oficialmente no arquipélago foi o capitão inglês John Strong, em 1690. Depois, elas foram colonizadas por franceses e, posteriormente, vendidas à Espanha. Com a independência do domínio espanhol, em 1816, os argentinos declararam a sua soberania sobre as Malvinas. Mas isso durou pouco. Em 1833, a Marinha britânica tomou posse das ilhas, importante para o controle das águas do Atlântico sul. Desde então, esse é um fator de tensão entre a Argentina e os britânicos.

Crise da ditadura argentina

No início dos anos 1980, a Argentina vivia a crise de seu regime militar, um dos mais repressores instalados na América do Sul. Estabelecido por um golpe de estado em 1976, e responsável por milhares de mortes, o regime se via desgastado, principalmente pela crise econômica que o país vivia e pela atuação dos grupos contra a repressão militar, que envolvia amplos setores da sociedade civil.

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A decisão de ocupar militarmente as Ilhas Malvinas foi tomada pelo general Leopoldo Galtieri, então presidente, na tentativa de desviar a atenção da população dos problemas internos do país para um “inimigo externo”, representado pelo Reino Unido, e de unir os argentinos em torno do regime, na luta pela retomada de um território histórico do país (uma aspiração que atravessava gerações).

Em 2 de abril de 1982, o Exército argentino decidiu invadir e ocupar o arquipélago. Com isso, deu início à guerra.

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Reação dura de Thatcher

No momento em que o conflito eclodiu, o Reino Unido era governado pela primeira-ministra Margaret Thatcher, do Partido Conservador. Era ainda o início de seu mandato, e sua reação foi dura e rápida: resolveu de imediato mobilizar suas forças de guerra, uma das heranças do antigo Império Britânico. Uma frota naval muito superior às forças argentinas avançou para o arquipélago, e os confrontos começaram em 30 de abril.

As forças argentinas, com muito menos poderio bélico, foram derrotadas em algumas semanas, e a Argentina rendeu-se em 14 de junho de 1982. Ao final do conflito, morreram 649 soldados argentinos e 255 britânicos.

As forças britânicas receberam apoio diplomático dos Estados Unidos e do Chile, governado pelo ditador Augusto Pinochet, amigo de Thatcher. O resultado da guerra deixou os argentinos furiosos com o regime militar e acelerou o seu final.

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Domínio britânico nas Malvinas

Mesmo sendo um arquipélago muito próximo da Argentina, o argumento usado pelos britânicos para manter o domínio sobre as ilhas é o de que seus habitantes, conhecidos como kelpers, preferem ficar ligados ao Reino Unido, na qualidade de território ultramarino. As ilhas têm 2,5 mil habitantes, em 12,1 mil quilômetros quadrados de extensão. A base da economia local é a criação de ovinos e a pesca.

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Para os britânicos, além da importância como base para sua frota naval, as Malvinas têm um atrativo extra: foram descobertas reservas de petróleo no território há cerca de 15 anos. Naturalmente, cresceu também o interesse argentino. Em referendo realizado nas ilhas, em março de 2013, com 1,5 mil participantes, 99,8% votaram a favor de que as ilhas continuem a ser britânicas. A então presidente da Argentina, Cristina Kirchner, não reconheceu a realização do pleito, mantendo a posição de que as Malvinas são argentinas. A tensão continua até hoje.

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