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Conheça Ngozi Okonjo-Iweala: a primeira mulher e africana a dirigir a OMC

Da formação acadêmica a trabalhos humanitários, é possível imaginar quais hard e soft skills também tiveram destaque para a escolha

Por Redação do Guia do Estudante
16 mar 2021, 16h06

Este texto foi originalmente publicado no portal Na Prática, parceiro do Guia do Estudante.

Três meses após não ser aprovada pelo governo de Donald Trump, Ngozi Okonjo-Iweala recebeu apoio unânime para assumir a diretoria-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). Aos 66 anos de idade, ela é a primeira mulher e primeira africana a assumir a posição. Em sua trajetória, atuou durante 25 anos no Banco Mundial e foi três vezes ministra da Nigéria, tanto na pasta de Finanças quanto na de Negócios Estrangeiros.

Como diretora-geral da OMC, uma posição que concede poder formal limitado, Okonjo-Iweala precisará intermediar tratativas comerciais em âmbito internacional. Além disso, ela terá como desafios o conflito persistente entre EUA e China, reagir à pressão pela reforma das regras comerciais e se contrapor ao protecionismo acentuado pela pandemia da Covid-19.

Pensando em quem busca se informar (ou se inspirar) sobre a carreira de Ngozi Okonjo-Iweala, o Na Prática esmiuçou a trajetória da nova diretoria-geral da OMC. Da formação acadêmica a trabalhos humanitários, é possível imaginar quais hard e soft skills também tiveram destaque para a escolha.

O caminho de Ngozi Okonjo-Iweala até ser diretora-geral da OMC

Graduação em Harvard e doutorado no MIT

Embora tenha sido naturalizada americana, Ngozi desembarcou no país em 1973, quando ainda tinha 18 anos, para estudar na Universidade de Harvard. Três anos depois, formou-se em Economia do Desenvolvimento. Já em 1981, obteve seu doutorado em economia regional e desenvolvimento pelo Instituto de Massachusetts de Tecnologia (MIT) com uma tese intitulada “Política de crédito, mercados financeiros rurais e desenvolvimento agrícola da Nigéria”.

Títulos honorários

Como se já fosse pouco ter Harvard e o MIT no currículo, a nova diretora-geral da OMC também recebeu inúmeros títulos honorários de universidades em todo o mundo, incluindo algumas das mais prestigiadas. Sendo elas: Universidade Yale, Universidade da Pensilvânia, Universidade Brown, Trinity College (Universidade de Dublin), Amherst College, Colby College, Universidade de Tel Aviv e Northern Caribbean University.

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Além disso, ela tem doutorado honorário de uma série de universidades nigerianas, incluindo Abia State, Delta State, Oduduwa, Babcock, Calabar e Ife (Obafemi Awolowo).

Carreira como ministra

Ngozi Okonjo-Iweala teve duas passagens como Ministra das Finanças da Nigéria, entre 2003 e 2006 e entre 2011 e 2015. Durante esse período, liderou negociações com o Clube de Paris e conseguiu saldar US$ 30 bilhões da dívida da Nigéria. Foi após o primeiro mandato na pasta de finanças que ela assumiu, por dois meses, a função de Ministra das Relações Exteriores, em 2006.

Entre os seus legados, está o fortalecimento dos sistemas financeiros públicos da Nigéria. Ainda, ela buscou empoderar mulheres e meninas com a criação do programa Growing Girls and Women in Nigeria (GWIN), iniciativa que segue sendo coordenada pelo Ministério das Finanças.

Primeira candidata negra à presidência do Banco Mundial

Outro fato que já fez Ngozi estampar os noticiários foi a sua candidatura à presidência do Banco Mundial. Em 2012, era a primeira vez que uma mulher negra concorria ao cargo. Embora não tenha vencido a disputa, recebeu o apoio de muitos países, principalmente africanos.

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Aliás, vale mencionar que ela já ocupava uma posição importante dentro do grupo, sendo diretora-administrativa. Ela era responsável pela supervisão operacional de US$ 81 bilhões do Banco Mundial na África, Sul da Ásia, Europa e Ásia Central.

Sob a posição, liderou várias iniciativas do Banco Mundial para ajudar os países de baixa renda durante a crise alimentar de 2008-2009 e, mais tarde, durante a crise financeira. Em 2010, presidiu uma campanha que arrecadou US$ 49,3 bilhões em doações e crédito a países pobres.

Causas humanitárias

Por fim, não é só a OMC que é liderada por Ngozi Okonjo-Iweala. Desde 2016 ela preside o conselho da Aliança Global de Vacinas e Imunização (Gavi, na sigla em inglês), ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS). Desde sua criação em 2000, a Gavi imunizou 680 milhões de crianças em todo o mundo. Além disso, a organização já arrecadou mais de US$ 2 bilhões para comprar e distribuir vacinas contra a Covid-19 para países mais pobres.

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