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Jovens são a maioria entre os novos casos de aids no Brasil

Pandemia de covid-19 piorou o acesso de medicamentos para HIV em países pobres

Por Wender Starlles
Atualizado em 1 dez 2020, 17h34 - Publicado em 1 dez 2020, 15h53
 (freepik / juliana vitoria/Reprodução)
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O 1º de dezembro marca o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. A síndrome da imunodeficiência adquirida (aids, na sigla em inglês) é uma doença infectocontagiosa sem cura, causada pelo vírus HIV, que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo contra doenças. Sem essa proteção, as pessoas ficam mais predispostas a contrair infecções oportunistas, como tuberculose e meningite.

Embora o tratamento de HIV tenha avançado muito, todo ano, cerca de 690 mil pessoas morrem por complicações geradas pelo vírus e 1,7 milhão de novas contaminações são registradas, segundo análise da Unaids Brasil. Os dados revelam também que, por causa da covid-19, países de baixa e média renda têm tido dificuldades para fornecer medicamentos antirretrovirais usados no tratamento do HIV, o que pode colocar em risco a vida dessa população. 

De acordo com Boletim Epidemiológico de 2020, 920 mil pessoas vivem com o HIV no Brasil. O Ministério da Saúde revela que a maior concentração de casos está entre jovens de 25 a 39 anos, de ambos os sexos (52,4% são homens e 48,4% são do sexo feminino).

O relatório aponta que houve queda no número de infecções por aids nos últimos anos. A taxa passou de 21,9 casos por 100 mil habitantes, em 2012; para 17,8 por 100 mil habitantes em 2019. Apesar desse decréscimo, houve aumento de 21,7% no índice de gestantes infectadas. E o maior número de novas infecções está entre jovens de 20 a 24 anos, que concentra 27,6% dos casos. Apesar de essa faixa etária ter informações sobre como evitar o contágio, pode ter pedido o medo da doença, enquanto a geração mais velha se lembra bem da doença em sua forma mais grave, intratável, que vitimou ídolos como Cazuza e Freddie Mercury. 

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Quando uma pessoa contrai o HIV, ela se torna soropositiva, mas isso não significa que desenvolverá a aids. Caso o infectado realize o diagnóstico precoce e siga todas as recomendações médicas, é possível ter uma vida saudável sem desenvolver a doença. Porém, elas ainda podem transmitir o vírus. 

As principais formas de contaminação são:

  • Sexo vaginal sem camisinha;
  • Sexo anal sem camisinha;
  • Sexo oral sem camisinha (baixo risco);
  • Uso de seringa compartilhada;
  • Transfusão de sangue contaminado;
  •  De mãe infectada para seu filho durante a gravidez, ou durante a amamentação e parto;

Por isso, como medida fundamental de prevenção, recomenda-se o uso de preservativo durante todas as relações sexuais, mesmo que você conheça o seu parceiro sexual.

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Em caso de relações sexuais desprotegidas, o SUS disponibiliza a profilaxia pós-exposição (PEP), um conjunto de três remédios para prevenir a infecção pelo HIV. Porém, a pessoa tem até 72h depois da exposição para começar o tratamento. Além disso, também é possível fazer o uso da profilaxia pré-exposição (PrEP), uma medicação utilizada antes da relação sexual por pessoas que desejam evitar contaminação pelo vírus. Mas vale lembrar que o indivíduo continua exposto a outras infecções sexualmente transmissíveis.

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Neste vídeo, o médico Drauzio Varella conta um pouco da história dos primeiros casos detectados de HIV, na década de 1980, e como a medicina avançou no tratamento, principalmente com o desenvolvimento de medicamentos capazes de controlar a doença. Mas ele alerta que isso fez com que a população esquecesse de se prevenir. Confira:

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Na campanha do ano passado, o Ministério Saúde convidou pessoas com HIV para contar como lidaram ao descobrir que haviam sido infectadas pelo vírus. Confira:

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