Depois de afirmar em entrevista ao UOL que, se aprovado, o novo plano de financiamento das universidades permitiria a contratação de docentes sem concurso nas universidades federais, o MEC voltou atrás ontem, em uma nota divulgada pela Folha de S.Paulo.
Segundo a pasta, no texto de alteração da lei, disponível na consulta pública, não está prevista a contratação sem concurso, e “o que há é a possibilidade de intercâmbio entre universidades nacionais e internacionais, trazendo para as universidades brasileiras professores estrangeiros renomados”. Somente nesse caso, de acordo com o ministério, caberia outras formas de contratação.
Hoje, apenas professores temporários podem ser contratados nas universidades por meio de um processo mais simples, mas que, ainda assim, exige qualificação, uma entrevista e prova específica da área. Essa exceção no regime de contratação anunciado pelo MEC faz parte do “Future-se”, plano de financiamento das universidades federais apresentado na última quarta-feira (17).
Entre os pontos da proposta, está a criação de um fundo patrimonial, os “naming rights” (permite dar o nome de empresas/empresários “doadores” a campi e prédios) e a gestão compartilhada com as OSs, por meio da qual seriam feitas as contratações desses professores estrangeiros.