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Missão Amazônia: o que faz o 1º satélite 100% brasileiro em órbita

O Amazônia 1 é o primeiro feito no país, mas foi lançado da Índia, Entenda por que e saiba o que ele vai monitorar lá de cima

Por Giulia Gianolla
Atualizado em 5 mar 2021, 12h56 - Publicado em 4 mar 2021, 18h19
Arte mostra Amazonia 1 no espaço
Arte mostra Amazonia 1 no espaço. (Inpe/Divulgação)
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No último domingo (28), foi lançado o satélite Amazônia 1, o primeiro equipamento de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. Ele foi lançado à 1h54 (horário de Brasília), do Centro de Lançamento Satish Dhawan Space Centre, em Sriharikota, na Índia. 

O lançamento bem-sucedido levou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, a dizer que foi inaugurada “uma nova era para a indústria brasileira de satélites”.

Para que serve o satélite?

O equipamento é fruto de oito anos de trabalho e foi inteiramente desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe,) em São José dos Campos, interior de São Paulo. Ainda devem ser lançados mais dois semelhantes no futuro próximo: o Amazônia-1B e o Amazônia-2.

Os três satélites são parte da missão chamada de Amazônia (ou, em inglês, Amazon), que tem o objetivo de auxiliar no monitoramento da região amazônica e do desmatamento. As imagens devem cobrir ainda a região costeira, reservatórios de água e desastres ambientais. 

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O equipamento ainda está em período de testes, mas, nesta quarta-feira (3), enviou suas primeiras imagens do espaço. Os testes só devem acabar no dia 15, quando teremos a primeira imagem oficial divulgada. A expectativa é que o Amazônia-1 gere uma imagem a cada cinco dias, devido à sua órbita, que passa pelos pólos do planeta, em uma órbita Sol-síncrona. 

Por que lançar da Índia?

Apesar de o satélite em si ser inteiramente brasileiro e existir um centro de lançamento em Alcântara, no Maranhão, o lançamento ocorreu em terras indianas. O motivo é que, para ser possível lançar o satélite, é necessário ter um foguete grande e potente o suficiente – o que não existe em solo nacional.

O foguete de lançamento do centro de Alcântara tem cerca de 19,7 metros de altura, enquanto o indiano tem 44,4 metros. Por isso, valeria mais a pena lançar o satélite brasileiro de lá do que construir um novo foguete do zero no Brasil.

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Além do Amazônia 1, o foguete levou outros 18 satélites. Três deles serão operados por instituições de ensino da Índia, um é parte do programa “Space Kidz India” e outros 14 serão operados pela empresa estatal indiana NewSpace India Limited.

Veja algumas imagens do processo que levou ao lançamento do Amazônia 1, em 28 de fevereiro de 2021:

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