Policiais militares da reserva darão aula de ética e sobre os Três Poderes para estudantes que frequentarem as escolas cívico-militares de São Paulo, previstas para serem implementadas a partir de 2025. O projeto faz parte de um programa do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) já sancionado em maio deste ano que pretende implementar o modelo em escolas que manifestarem interesse. Terão prioridade aquelas com os piores resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp) e localizadas em regiões vulneráveis.
As aulas de ética e política serão ministradas semanalmente durante a atividade extracurricular “Projeto Valores”, oferecida no contraturno. Os temas abordados serão relativos “à ética e ao civismo”. Os alunos aprenderão sobre a estrutura e o funcionamento dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, além de “valores cidadãos”, “habilidades para o exercício da cidadania” e “direitos e deveres do cidadão”.
As informações constam em uma resolução publicada na última quinta-feira (20), assinada pelo secretário-executivo da Educação, Vinícius Neiva, e pelo chefe de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.
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Escolas cívico-militares em São Paulo
O projeto para criar 100 escolas cívico-militares em São Paulo foi entregue pelo governador Tarcísio de Freitas aos deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em março desse ano. Depois de aprovado, foi sancionado em maio.
Nas escolas cívico-militares, os integrantes das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) ou das forças auxiliares, como a Polícia Militar, atuam como monitores na gestão educacional. Em São Paulo, além das escolas com os piores resultados em avaliações educacionais e localizadas em regiões vulneráveis, também terão prioridade:
- Aquelas com maior número de alunos;
- Com mais de uma modalidade de ensino (como Ensino Fundamental e Médio);
- Que tenham espaço adequado para as atividades extracurriculares.
Os diretores da instituição de ensino deverão demonstrar interesse no modelo até esta sexta-feira (28). Depois, as escolas passarão por uma seleção da Secretaria de Educação e por fim uma votação em consulta pública.
Alguns partidos como o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) já estão recorrendo no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a suspensão do projeto em São Paulo, alegando que o modelo escolar põe em risco a ordem democrática e o Estado de Direito, além de desvalorizar os educadores.
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