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Professora brasileira é finalista de “Nobel da educação”

Débora Garofalo defende a inovação como forma de combater o desinteresse na escola

Por Taís Ilhéu
Atualizado em 19 mar 2019, 18h11 - Publicado em 19 mar 2019, 17h40
 (Lucas S. Paiva/Divulgação)
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Robótica com sucata deixou Débora Garofalo reconhecida. Mas ela não acha que somente a tecnologia é a resposta para a inovação no ensino. Débora defende uma prática de ensino já abordada por muitos outros pedagogos antes dela: a de tornar o aluno protagonista do aprendizado. “Envolver essas crianças na resolução de problemas é fundamental para levá-las ao centro do processo de aprendizagem. Meu papel é apenas mediar esse conhecimento”, afirmou a professora em entrevista ao site da BBC Brasil.

Nas suas aulas de tecnologia, na escola municipal Almirante Ary Parreiras, em São Paulo, a participação dos alunos começa antes mesmo de entrarem na sala. Caminhando pelas ruas de quatro grandes favelas que cercam a escola, eles recolhem todo material que pode ser transformado em tecnologia. Em quatro anos, os estudantes já recolheram mais de 700 kg de lixo. Medidas do tipo ajudaram a alavancar a nota da escola no Ideb (Índice de Desenvolvimento de Educação Básica): a Almirante Ary Parreiras saltou de 4,2 para 5,2 pontos.

O destino da sucata, inicialmente, eram os mais diversos brinquedos, que, segundo a professora, muito de seus alunos nunca puderam ter. Ao longo do tempo, o olhar das crianças foi se modificando e ideias para melhorar a vida na comunidade começaram a surgir. Já fizeram de semáforos até sensores para cadeiras de rodas. O sentimento de pertencimento na resolução desses problemas, segundo ela, é essencial para engajar os alunos. “É possível perceber pela voz dos meus alunos que eles estão envolvidos, eles falam com propriedade do que fizeram para solucionar os problemas.”

Quanto às condições de trabalho dos professores no Brasil, Débora disse à BBC que existe uma deficiência tanto na formação, com pouca prática nos cursos de Pedagogia e Licenciatura, quanto dentro das próprias escolas, sem possibilidade de envolvimento dos professores na formulação de políticas públicas. Por fim, ela diz ser preciso valorizar professores que já realizam projetos inovadores nas salas de aula.

Débora concorre com mais outros nove professores ao Global Teacher Prize, prêmio de educação mais reconhecido do mundo. Caso ela ganhe o prêmio de US$ 1 milhão, diz que irá investir na construção de laboratórios de robótica em escolas públicas no país. O nome do vencedor deve ser divulgado no próximo domingo, dia 24.

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