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Varíola dos macacos: o que é, os riscos e como pode aparecer nas provas

Autoridades da área da saúde alertam para o risco mundial da doença, que já afetou mais de 18 mil pessoas

Por Julia Di Spagna
Atualizado em 29 jul 2022, 09h40 - Publicado em 29 jul 2022, 09h35

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a varíola dos macacos já é uma emergência sanitária global. Em termos práticos, a decisão da OMS de classificar a doença dessa forma significa que a expansão do número de casos e o potencial risco de disseminação internacional são preocupantes e, por isso, os governos devem aumentar as ações de monitoramento. Outras enfermidades que receberam essa classificação nos últimos anos foram covid-19, zika e ebola.

Já são mais de 18 mil casos pelo mundo e, no Brasil, o número já passa de 900. Para te ajudar a entender melhor o tema, separamos informações importantes sobre o vírus, as características da doença e, ainda, como o assunto pode ser cobrado nos vestibulares. Confira: 

O vírus

A varíola dos macacos é uma zoonose viral, ou seja, é transmitida de animais para humanos. A doença é causada pelo vírus monkeypox (varíola dos macacos, em inglês), pertence à mesma família (poxvírus) e gênero (ortopoxvírus) da varíola humana – erradicada em 1980.

vírus varíola dos macacos no microscópio
Imagem de microscopia eletrônica (EM) colorida digitalmente representando fragmentos do vírus da varíola de macaco (Smith Collection/Gado/Getty Images)

O primeiro caso da varíola dos macacos em humanos foi registrado na República Democrática do Congo em 1970. Desde então, a doença se  tornou relativamente comum na África Central e na África Ocidental e, hoje, é considerada endêmica no continente.

Surto: ocorre quando há um aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica.

Epidemia: é o aumento considerável do número de casos de determinada doença em diversas regiões no mesmo país.

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Endemia: a questão não é quantitativa. Uma doença é classificada como endêmica quando acontece com muita frequência apenas em um local específico – não atingindo outras comunidades. Existem as chamadas áreas endêmicas: no caso do Brasil, por exemplo, é possível citar a febre amarela na Amazônia.

Pandemia: em uma escala de gravidade é o caso mais delicado. Ela se caracteriza por uma epidemia que se espalha por diversas regiões.

Embora os macacos também sejam afetados pela varíola, os principais hospedeiros da doença são roedores.

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Formas de transmissão

A doença é transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada, especialmente se há contato com lesões de pele, secreções respiratórias ou objetos, tecidos e superfícies utilizados por alguém contaminado.

Um fator que tem chamado a atenção dos especialistas é a relação entre a disseminação da doença e o sexo. Apesar de a varíola dos macacos não ser classificada como uma infecção sexualmente transmissível, uma pesquisa publicada pela revista científica New England Journal of Medicine apontou que, entre os 528 casos analisados, 95% das infecções ocorreram durante o contato sexual.

Sintomas da doença e tratamento

Em um primeiro momento, a pessoa infectada costuma ter febre, dor de cabeça, dores musculares, fadiga e inchaço nos linfonodos (conhecido popularmente como “íngua”). De um a cinco dias após o início desses primeiros sintomas começam a aparecer lesões na pele, que geralmente se concentram no rosto, nas extremidades do corpo, na mucosa da boca, na genitália e nos olhos.

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Não há uma medicação específica para a doença. Por isso, o tratamento é feito por meio do suporte clínico e alívio dos sintomas. Os quadros costumam ser leves e os pacientes se recuperam dentro de algumas semanas, pois o próprio sistema imunológico costuma ser capaz de eliminar o vírus.

No geral, os riscos são maiores para pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.

Também não foi desenvolvida uma vacina específica para a varíola dos macacos, mas três imunizantes utilizados para prevenir a varíola humana podem ser usados contra a doença pelo fato de ambos os vírus serem da mesma família.

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Qual a diferença entre a varíola humana e a varíola dos macacos?

Apesar da grande similaridade genética, de sintomas e de transmissão, o smallpox, vírus da varíola comum, e o monkeypox, responsável pela varíola do macaco, diferem quanto à gravidade de suas infecções. 

A varíola humana, considerada erradicada desde a década de 1980 por conta da campanha de vacinação em massa que ocorreu nas duas décadas anteriores, apresenta maior transmissividade e letalidade – cerca de 30% dos casos de infecção.

Nos vestibulares

Para os vestibulares, é importante saber as vias de contágio e os principais sintomas da varíola dos macacos, segundo Gustavo Camacho, professor de Biologia do Curso Pré-Vestibular da Oficina do Estudante de Campinas (SP). 

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O professor ressalta que questões comparativas também podem ser cobradas, então vale se atentar para outros vírus que possuem mecanismos de transmissão, replicação e medidas de tratamento e profilaxia semelhantes à varíola do macaco.  “Por exemplo, é legal saber que o uso de máscaras pode ajudar a minimizar o contágio tanto da covid-19 quanto da varíola dos macacos.”

Doenças, no geral, costumam aparecer todos os anos nos grandes vestibulares. Protozooses, viroses e verminoses são comuns tanto em provas de primeira quanto de segunda fase. Então, a dica do professor é recordar, para cada doença, o nome do agente transmissor, os mecanismos de contágio, sintomas mais relevantes e medidas profiláticas. “Organizar essas informações em tabelas ou resumir o ciclo dos parasitas causadores podem ser estratégias bastante eficazes de revisar esse tópico.”

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