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Entenda a disputa entre Irã e Arábia Saudita

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 24 fev 2017, 15h14 - Publicado em 22 jan 2016, 14h30
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*por Fabio Sasaki

Entenda a disputa entre Irã e Arábia Saudita

(imagem: iStock)

O ano começou com a rivalidade mais quente do Oriente Médio em alta temperatura.

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De um lado, o Irã, país de maioria xiita que tem como principais aliados na região a Síria, o Iraque e o Hezbollah libanês – organização política e militar considerada terrorista pelos Estados Unidos (EUA). Entre outros pontos em comum, o eixo se une no antagonismo ao governo de Israel.

Do outro lado, a Arábia Saudita, nação considerada berço do sunismo. Seus principais aliados são as monarquias absolutistas do Golfo Pérsico, como Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Catar. Além desses países, os sauditas também se alinham com a Jordânia e o Egito. Em comum, este eixo mantém uma duradoura parceria estratégica com os EUA.

Nos últimos meses, uma série de fatores contribuiu para elevar a tensão entre Irã e Arábia Saudita na acirrada disputa pela hegemonia política no Oriente Médio. Veja a seguir os acontecimentos mais importantes:

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Petróleo
O preço do petróleo vem atingindo o menor valor dos últimos anos. Uma das razões é a estratégia dos sauditas de prejudicar seus concorrentes – entre eles o Irã. A Arábia Saudita é o mais influente membro da Opep, o cartel que reúne os maiores exportadores de petróleo, e vem insistindo em manter a produção elevada para jogar o preço do barril lá para baixo. Os sauditas sabem que o barateamento do petróleo prejudica o Irã, que tem uma economia mais vulnerável e dependente do petróleo. Como a Arábia Saudita possui elevadas reservas internacionais, ela é capaz de lidar com a cotação baixa sem comprometer drasticamente sua economia.

Acordo nuclear
O acordo nuclear firmado entre as grandes potências e o Irã deixou a monarquia saudita furiosa. Isso porque o entendimento tem tudo para elevar o status geopolítico do Irã. Ao concordar em reduzir o alcance de seu programa nuclear, o Irã terá as sanções impostas pelo Ocidente suspensas. Com isso, o país voltará a integrar ativamente a economia global, criando grandes oportunidades comerciais e financeiras. Além disso, o acordo nuclear abre espaço para um entendimento mais amplo entre as potências e o Irã. Os sauditas, que contam com o apoio dos EUA, temem que os norte-americanos comecem a se alinhar com os iranianos.

Guerra da Síria
O Irã é o principal aliado do regime do ditador sírio Bashar al-Assad no Oriente Médio. Além do apoio financeiro, logístico e militar, o Irã atua diretamente na guerra com a participação de algumas milícias xiitas. Já a Arábia Saudita está do outro lado no conflito, fornecendo armas e ajuda financeira aos rebeldes que tentam derrubar o regime de Assad. Além disso, diversos doadores particulares da Arábia Saudita contribuem para a organização extremista Estado Islâmico, que também luta contra as tropas sírias.

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Conflito no Iêmen
O Iêmen também é palco de um conflito que opõe as forças sauditas e iranianas. Desde 2014, o movimento houthi, ligado aos xiitas, vem travando um combate contra as tropas do governo iemita. Em 2015, os houthi deram um golpe de Estado, obrigando o presidente a fugir do país. A partir daí, o conflito se acirrou, com a Arábia Saudita bombardeando as bases dos houthi. Estes, por sua vez, recebem apoio do governo do Irã.

Execução de líder xiita
No começo do ano, a execução do clérigo xiita Nimr Al-Nimr pelo regime saudita abriu a mais recente crise com o Irã. Considerado terrorista pelos sauditas, Al-Nimr era uma das principais vozes da oposição no país e um aliado do governo iraniano. Após a morte do líder xiita, a embaixada da Arábia Saudita em Teerã (capital do Irã) foi atacada por manifestantes. Em resposta os sauditas romperam relações diplomáticas com o Irã, gesto que foi seguido por aliados como Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão.

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Entenda a disputa entre Irã e Arábia Saudita
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*por Fabio Sasaki (imagem: iStock) O ano começou com a rivalidade mais quente do Oriente Médio em alta temperatura. Continua após a publicidade De um lado, o Irã, país de maioria xiita que tem como principais aliados na região a Síria, o Iraque e o Hezbollah libanês – organização política e militar considerada terrorista pelos […]

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