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Pesquisa da USP mostra que crise hídrica em SP foi agravada por problema de governança

Por Carolina Vellei
Atualizado em 24 fev 2017, 15h39 - Publicado em 30 jan 2015, 16h42

Um grupo de pessoas protestou no começo da semana em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, contra a crise hídrica vivida no estado de São Paulo. A manifestação foi organizada pela ProTeste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) e defendia que o racionamento de água na capital paulista fosse oficialmente decretado pelo governador Geraldo Alckmin.

A coordenadora do ProTeste, Maria Inês, explicou o porquê da defesa: “Queremos transparência neste processo, que o racionamento seja decretado de forma oficial, porque só assim pode se cobrar a sobretaxa. Estão cobrando uma tarifa adicional sem instituir oficialmente o racionamento”, declarou à Agência Brasil. O problema, no entanto, vai muito além da questão do direito do consumidor de ser informado sobre o racionamento. A demora para admitir a crise fez com que as chances de agir a tempo diminuíssem. A capacidade do sistema Cantareira, que abastece 8,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo, chegou a  5,1% nesta sexta-feira (30). Pelo cálculo de especialistas, se nada for feito para diminuir o consumo, a água deverá se esgotar completamente antes de abril. E aí, como vai ser a vida sem água?

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A crise hídrica atinge diversos pontos do Brasil, com destaque para o Sudeste. Os efeitos mais profundos são notados no estado de São Paulo. Sem uma perspectiva de recuperação dos reservatórios que abastecem a maior região metropolitana do Brasil, a Sabesp, empresa de abastecimento, divulgou nos últimos dias que cogita adotar um drástico racionamento. Se implantando, serão cinco dias sem água e dois com. O governo de SP também decidiu convocar a ajuda de empresas especialistas em recursos hídricos para apresentar propostas de curtíssimo prazo para a crise. A reunião deve acontecer nos próximos dias. As prefeituras dos municípios mais atingidos também começaram a se organizar em reuniões para pensar em soluções juntamente com o governo federal. Porém, a movimentação política é tardia. Segundo esse especial sobre a Crise da Água, feito pelo site da Revista Superinteressante, o problema é conhecido desde 2004.

Uma pesquisa recém divulgada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, constatou que a atual situação do Sistema Cantareira é um problema de governança, acentuado pelas questões climáticas e por sua realidade socioambiental. Falta de articulação e diálogo também contribuíram com o colapso do sistema. Entre os anos de 2013 e 2014, a mestre e doutora em Ecologia Aplicada, Micheli Kowalczuk Machado, conduziu estudos que mostram que atualmente não existe nenhum tipo de mecanismo de interação entre as ações das Unidades de Conservação e dos Comitês de Bacias Hidrográficas. “Ações articuladas entre essas organizações são essenciais e cada vez mais necessárias para procurar soluções”, afirma. Segundo Micheli, a população deve estar realmente envolvida nas discussões, por isso há também a necessidade de elaborar estratégias que ampliem a participação e a mobilização social e que trabalhem o diálogo de saberes.

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Fatores como a vontade política; a demanda crescente pelo uso da água; a degradação ambiental dos mananciais; a expansão urbana desordenada; o desperdício no próprio Sistema e a falta de um real envolvimento e conhecimento da população acerca da realidade existente na área demonstram que não se trata somente de um problema de falta de chuvas. De acordo com a pesquisadora, “se não forem realizadas mudanças na forma como os recursos hídricos são geridos, teremos apenas medidas paliativas que terão resultados por um curto período de tempo, além de novos episódios de escassez, talvez ainda piores e que afetarão a economia, a qualidade de vida e o meio ambiente”.

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A maior parte da água consumida no país vai para o setor de agricultura e para a pecuária (Fonte: GE ATUALIDADES 2º SEMESTRE/2014). Para ver o infográfico completo sobre a água no Brasil, clique aqui.

Questão de vestibular

Provas como a Fuvest e o vestibular da Unicamp cobraram a crise hídrica em sua última edição – e exigiram do estudante uma visão crítica e abrangente sobre o tema. Veja um exemplo, tirado da Fuvest 2015:

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Resposta: E. 

*Com informações da Agência USP e da Agência Brasil

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Pesquisa da USP mostra que crise hídrica em SP foi agravada por problema de governança
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