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Veja dois filmes brasileiros que retratam desigualdade social

"O Som ao Redor" e "Casa Grande" abordam a desigualdade social brasileira na vida cotidiana

Por Ana Prado
Atualizado em 5 abr 2019, 17h34 - Publicado em 24 abr 2016, 16h55

Gustavo Jahn e Irma Brown no filme "O Som ao Redor", de Kleber Mendonça Filho.
Cena de O Som ao Redor (Divulgação)

A década é de 2010, e o espaço é o das cidades. Nestes primeiros anos do novo milênio, o Brasil ainda não superou seu passado escravocrata, e as estruturas do coronelismo persistem em nossa sociedade. A desigualdade social continua segregando os mais pobres e mantém, em muitos sentidos, as relações de poder que já se imaginavam superadas. A urgência desse tema no Brasil contemporâneo chegou ao cinema, expondo o choque de classes em duas metrópoles do país.

O Som ao Redor se passa no Recife e retrata um bairro de classe média da capital pernambucana. O papel antes representado por grandes latifundiários, que se impunham através das posses e do medo, é reconfigurado para a cidade grande do século XXI. Francisco, ex-senhor de engenho, é agora dono de muitos imóveis. É ele ainda quem comanda o bairro, numa espécie de poder velado. Os seguranças particulares que passam a vigiar a rua e as grades sempre presentes nas residências ressaltam a tensão das grandes metrópoles.

O filme apresenta diversos personagens e subtramas, que se desenvolvem principalmente a partir do olhar do neto de Francisco, João, que trabalha como corretor de imóveis para o avô. As interações entre os personagens vão revelando de forma sutil as relações entre patrão e empregado na atual sociedade – muitas vezes, uma mistura de afeto e paternalismo, sem deixar de reforçar a posição de cada um na escala social. Estas são algumas qualidades da narrativa que levaram O Som ao Redor a ser premiado em diversos festivais de cinema.

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Cena do filme Casa Grande (Divulgação)

Já Casa Grande tem como cenário o Rio de Janeiro. Uma rica família carioca está à beira da falência. Os privilégios, antes tão cotidianos, se esvaem, e os membros da família são obrigados a cortar alguns luxos. O adolescente Jean é o protagonista do filme e tem sua rotina mais afetada. Se antes ia para a escola de motorista, agora tem de pegar ônibus. No trajeto, ele conhece Luiza, uma menina parda e moradora da periferia.

Ao abordar o convívio de Jean com pessoas fora de seu grupo social, o filme mostra como o pertencimento a uma classe social determina os lugares a serem frequentados: pobres e ricos estudam em escolas diferentes e se divertem em espaços de lazer distintos. E essa segregação espacial, tão bem explorada no filme, é apenas um dos traços decorrentes da enorme desigualdade social no país.

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