Apesar da crise, o mercado de arte no Brasil continua aquecido, embora um pouco menos do que há alguns anos. Uma evidência disso é o crescimento constante no público que frequenta a SP-Arte em São Paulo, a maior feira de compra e venda de arte no Brasil. De 2005 a 2016, o público passou de 6 mil visitantes para 27 mil. Tanto que em 2017 foi lançada uma nova feira em São Paulo em moldes parecidos: a Semana de Arte. Esse movimento é bom para o artista, que encontra compradores para as suas obras. Mas é bom também para outros profissionais da área, como o curador, o galerista e o negociante. 

Além de trabalhar como artista plástico em seu próprio ateliê ou no setor de pesquisa, curadoria, história da arte de museus, galerias e organizações não governamentais (ONGs), também há a possibilidade de atuar em outras áreas de criação, como direção de arte e cenografia, no teatro, no cinema e na TV. Na indústria, há espaço para o profissional que coordena a confecção de objetos, criando estampas ou renovando linhas de produto. Quem se interessar pela área de multimídia encontra emprego em agências de propaganda e emissoras de TV para compor o departamento de criação, planejando e produzindo vinhetas e animações.

A lei que obriga o ensino de linguagens artísticas nos diversos níveis do ensino básico amplia o campo de trabalho para quem tem licenciatura. Escolas que oferecem cursos livres de desenho também apresentam boa demanda, assim como instituições artísticas e culturais. Nelas, o profissional atua na coordenação de cursos e no desenvolvimento de projetos educativos. As regiões Sul e Sudeste oferecem as melhores oportunidades na comunicação visual. Mas quem pretende se destinar ao ensino tem maiores chances nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. 

A maior parte dos cursos em Artes Visuais, aliás, é de licenciatura, que forma o profissional para atuar na educação em escolas públicas e privadas ou em cursos livres. Seja para um bacharelado, seja para uma licenciatura, porém, no vestibular quase sempre é necessário passar por provas de aptidão. O forte do currículo são as disciplinas da área de Humanas, como História da Arte. A carga horária das matérias práticas também é grande, com desenho, pintura e imagens digitais. Para se formar nos quatro anos de duração do curso, é preciso apresentar um TCC. Algumas escolas exigem a realização de estágio, tanto para o licenciado quanto para o bacharel.

A seguir, confira uma lista com as melhores universidades do Brasil, com avaliação do Guia do Estudante 2017:

• Saiba mais sobre o curso de Artes Visuais
• Entenda como é feita a avaliação do Guia do Estudante

Fique de olho: Ao fazer o curso, é preciso escolher a melhor ênfase de acordo com o seu perfil. As habilitações mais tradicionais das graduações em Artes Visuais são Desenho, Escultura, Gravura e Pintura. Mas algumas escolas também oferecem outras áreas, como cerâmica (UFS), artes gráficas (UFMG) e mídia e multimídia (USP e UFCG) – que prepara o aluno para produzir e dirigir projetos audiovisuais (filmes e trilhas-sonoras) e com a integração de tecnologia e novas mídias. A UFPE oferece uma licenciatura em Expressão Gráfica, que forma o professor que vai lecionar geometria gráfica na Educação Básica. Já a Furg (RS), além do curso tradicional, oferece ênfase em história, teoria e crítica; e em poéticas visuais (que inclui desenho, pintura, gravura, fotografia e cinema).

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