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Brasil cai novamente em ranking mundial de faculdades

Pelo quarto ano seguido, o desempenho do Brasil no QS World University Rankings by Subject piorou.

Por Camila Pati, de EXAME.com
Atualizado em 2 mar 2018, 12h46 - Publicado em 2 mar 2018, 12h43
 (vm/iStock)
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Pelo quarto ano seguido, o desempenho do Brasil no QS World University Rankings by Subject, anunciado hoje pela QS (Quacquarelli Symonds), piorou.

O ranking traz as melhores faculdades por área (departamento) de estudo e é um dos mais respeitados pelo mercado de ensino superior.  O país perdeu a liderança na América Latina para o México.

Nesta edição, o Brasil teve 13 departamentos de universidades que entraram para top 50 nas 48 áreas analisadas, dois a menos do que em 2017. Dez desses 13 departamentos são da USP, que domina a lista.

Ben Sowter, diretor de pesquisa da QS demonstrou preocupação que vai além do resultado pontual obtido pelas universidades brasileiras nesta edição.

“O problema não é a queda na performance do Brasil esse ano, já que flutuações como essa são comuns. O problema é que vemos uma tendência cada vez mais difícil de reverter”, diz Sowter, por e-mail ao Site Exame.

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Ele vê também o Brasil em apuros na área de engenharia. A QS ranqueia universidades em cinco diferentes campos: engenharia química, engenharia civil, engenharia elétrica, engenharia mecânica e engenharia de minas.

“Identificamos quedas significativas na área de engenharia e o corte de 44% no orçamento destinado à Ciência e Tecnologia torna essa situação ainda mais difícil de ser superada”, diz o diretor da QS.

Instituições brasileiras aparecem 27 vezes nas cinco áreas, mas em apenas caso teve melhora: a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, passou da posição 301-350 para 251-300.

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Publicado desde 2011, o ranking usa a mesma metodologia desde 2015. Não é a primeira vez que o México leva a melhor do que o Brasil na lista. “Na edição de 2016 do ranking, o México possuía um departamento a mais do que o Brasil entre os top 50. Nos últimos quatro anos, vimos as duas nações competirem pela liderança”, diz Sowter.

Boas notícias para o Brasil

A área de odontologia é destaque positivo, com cursos em três universidades. “Talvez a melhor notícia é que o Brasil ainda possui ótimos departamentos de odontologia”, diz o diretor da QS.  Três dos 50 melhores do mundo, são daqui.

As maiores forças  para o Brasil no ensino superior, no entanto, são agricultura e silvicultura (16 universidades ranqueadas), medicina (15 universidades ranqueadas) e ciência da computação (10 universidades ranqueadas). Ao todo, as universidades brasileiras aparecem 211 vezes nos rankings e estão presentes em 43 das 48 áreas analisadas.

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Outro fato a se comemorar  é que a USP não perdeu nenhuma área no ranking na comparação com a última edição.

As melhores áreas de estudo no Brasil, segundo a QS:

Áreas (departamentos) de estudo Posição em 2017 Posição em 2018 Universidade
Antropologia 42 46 Universidade de São Paulo
Antropologia 49 50= Universidade Federal do Rio de Janeiro
Arquitetura 35 28 Universidade de São Paulo
Arte e Design 42= 31= Universidade de São Paulo
Línguas Modernas 51-100 42= Universidade de São Paulo
Engenharia de minas 25 33 Universidade de São Paulo
Agricultura & Silvicultura 35= 36 Universidade de São Paulo
Odontologia 18 15= Universidade de São Paulo
Odontologia 27 31 Universidade Estadual de Campinas
Odontologia 33= 37 Universidade Estadual Paulista ” Júlio de Mesquita Filho”
Veterinária 38 47 Universidade de São Paulo
Direito 50= 50 Universidade de São Paulo
Esportes 31= 20 Universidade de São Paulo
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Pelo quarto ano seguido, o desempenho do Brasil no QS World University Rankings by Subject piorou.

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