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Cinco estrelas: conheça o curso de Engenharia Aeronáutica da USP

Por Malú Damázio
Atualizado em 24 fev 2017, 15h18 - Publicado em 14 set 2015, 22h06

(Imagem: Thinkstock)

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Enquanto algumas pessoas têm medo de avião outras sonham em trabalhar com a concepção e a construção das máquinas que nos possibilitaram cruzar oceanos e grandes distâncias de forma rápida e segura. O curso de Engenharia Aeronáutica da Universidade de São Paulo (USP), ministrado no campus de São Carlos do Pinhal, no interior do estado, é uma das principais graduações brasileiras na área e foi avaliado pelo Guia do Estudante com cinco estrelas. Na profissão, os engenheiros podem atuar em qualquer campo do setor aeronáutico, seja em projetos de estruturas de aviões, aerodinâmica, controle, dinâmica de voo e estabilidade, homologação ou manutenção de aeronaves.

Atuação

Em primeiro lugar, é preciso dizer que o engenheiro aeronáutico não se forma para ser um piloto de aeronaves. Há cursos e treinamentos especiais para isso que funcionam como uma aeroescola, em que você tira habilitações em aviões, quase como uma carteira de trânsito. Já a elaboração de foguetes e satélites está ligada à carreira de outro profissional: o engenheiro aeroespacial. O nosso profissional é responsável, portanto, pelo trabalho que ocorre ainda na fábrica, como explica o estudante do oitavo semestre Yuri Cesarino. “Ele intervém desde o surgimento do projeto com sua concepção, definição de objetivos e design até a construção dos primeiros protótipos e da realização dos ensaios em voo”, diz. Além das áreas diretamente relacionadas aos aviões, os engenheiros também podem projetar e realizar manutenção em dirigíveis, pás de usinas eólicas, helicópteros e também no planejamento de linhas aéreas e aeroportos.

O mercado de trabalho para engenheiros aeronáuticos se concentra onde há empresas construtoras de aviões, como a Embraer, no Brasil. As regiões de São José dos Campos, Campinas, São Carlos, Gavião Peixoto e São Paulo, além de Rio de Janeiro, Manaus, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília são alguns dos principais polos de atuação. Fora do país destacam-se os Estados Unidos, onde há a Boeing, e a Europa, em países em que estão espalhadas as filiais da Airbus. Juntas, essas duas companhias dominam uma grande fatia do setor de aeronaves mundial. O profissional pode atuar ainda com a operação de aeronaves em companhias aéreas, aeroportos, centros de manutenção de aeronaves e agências de certificação e fiscalização, como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

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Estrutura do curso

O curso da USP tem enfoque no projeto de aeronaves. Por se tratar de uma Engenharia, há muitas disciplinas que envolvem cálculo na grade curricular. Mas, se Matemática não é a sua praia, não precisa entrar em pânico! Yuri defende que não é preciso ser um grande amante das contas para cursar a graduação. Ele mesmo não se dá muito bem com elas, mas ressalta que a função do engenheiro abrange muito mais que equações. “Me interesso muito pela Engenharia em si, que para mim, é a arte de criar não apenas invenções e inovações, mas também soluções para diversos tipos de problemas, contribuindo assim para o avanço da sociedade”, diz.

As matérias englobam também bastante teoria e desenho técnico em computador, feito em softwares como o CAD. Um dos principais temas de estudo é o das estruturas e componentes do avião. Os alunos aprendem a construí-las de forma que elas suportem os esforços sofridos durante o voo. Em aeroelasticidade é possível descobrir, por exemplo, se a asa aguenta a vibração causada pelas forças aerodinâmicas em certa velocidade, e em dinâmica de voo se estuda o comportamento do avião em diferentes condições no ar. Matheus de Tulio, estudante do oitavo semestre, conta que a infraestrutura da universidade é satisfatória, com “amplo acervo de livros na biblioteca e também diversos laboratórios de pesquisa”, mas lamenta o fato de haver poucas aulas práticas previstas no currículo.

(Imagem: Thinkstock)

Mão na massa

Com isso, a experimentação fica por conta das visitas técnicas aos possíveis locais de trabalho. As iniciativas são organizadas pelos próprios estudantes por meio da Secretaria Acadêmica da Engenharia Aeronáutica e também pela equipe da Semana da Engenharia Aeronáutica. Yuri destaca que as experiências visam suprir a necessidade de aplicação do aprendizado dos estudantes. “Na indústria, nós não apenas observamos muito do que vimos apenas escrito em giz nas lousas da universidade, mas também descobrimos novidades pelas quais podemos nos interessar e trabalhar pelo resto de nossas vidas.”

Participar de grupos de pesquisa e extensão e dos convênios de intercâmbio oferecidos para os alunos de Engenharia Aeronáutica também é uma opção para quem quer ter maior contato com a profissão. Yuri é membro ativo da Secretaria Acadêmica do curso: passou pelas diretorias de Divulgação e Acadêmica, e agora preside a entidade. “Aprendi o que nenhuma disciplina seria capaz de ensinar: trabalho em equipe, diálogo, compreensão, a ouvir e aceitar a opinião de outras pessoas, desenvolvimento de liderança, coordenação de pessoas e projetos e a lidar com os mais variados tipos de gente e de opiniões”, ressalta. Já Matheus fez parte de dois grupos extracurriculares e também estudou por um ano fora do país, na Tenessee State University, em Nashville, nos Estados Unidos. Ele lembra que as experiências foram essenciais tanto para amadurecimento profissional quanto para aprender a trabalhar em grupo. “Acumulei conhecimento prático de projeto e tive que lidar com pressão de prazo, com a decepção de as vezes as coisas não saírem do jeito planejado, mas também com a alegria de ver algo projetado por mim voando”, conta.

O intercâmbio pelo programa Ciência Sem Fronteiras também aproximou, de fato, Yuri da Engenharia. O estudante iniciou a graduação da USP pensando em exercer a profissão para juntar dinheiro e pagar um curso de piloto de aeronaves – que é extremamente caro. No entanto, seus planos mudaram assim que ele teve a experiência acadêmica na École Nationale de l’Aviation Civile, em Toulouse, na França, importante país na indústria aeronáutica. Uma das principais vantagens da viagem foi poder estudar em uma universidade que dá destaque à área de operação de aeronaves – que envolve atividades como manutenção, realizada de tempos em tempos, quando a aeronave já está em posse da companhia aérea –, já que a universidade brasileira enfatiza a área projetual. “Lá busquei realizar disciplinas e demais atividades voltadas para esse assunto e meu intercâmbio acabou se transformando numa ênfase nisso, o que abriu de maneira impressionante o meu horizonte e fez com que eu gostasse ainda mais do meu curso. Me encontrei”, diz o aluno.

O curso oferece ainda convênio de estágio com o Airbus Group, um dos maiores construtores de aviões do mundo, que tem bases em Espanha, Alemanha, Inglaterra e França – esta justamente na cidade em que Yuri estudou, Toulouse. Assim, os alunos da graduação de Engenharia Aeronáutica são enviados para uma das unidades do grupo na Europa para realizar estágio no período de um ano. Incrível, não? :)

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