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Curso de Terapia Ocupacional da UFPE forma profissionais nas áreas social, educacional e de saúde

Por Malú Damázio
Atualizado em 24 fev 2017, 15h22 - Publicado em 1 jun 2015, 08h26

(Imagem: Thinkstock)

Abrir um pacote de biscoitos ou girar uma torneira para lavar as mãos parecem tarefas simples para a maioria de nós. No entanto, existem pessoas que enfrentam dificuldades, seja de ordem física, mental ou emocional, para executar movimentos como esses. Em casos assim é que entra em cena o terapeuta ocupacional. Esse profissional estimula a independência de indivíduos com disfunções através de atividades que promovam, resgatem e previnam sua autonomia. Geralmente, seu público alvo envolve pacientes que, por alguma razão, “deixaram de efetuar ocupações que são significativas para si”, explica Amanda Maria, estudante do quinto período do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), de que vamos falar hoje.

Auxiliar uma criança diagnosticada com autismo e déficit intelectual a realizar operações como abrir embalagens de biscoitos foi, de fato, um desafio enfrentado por Andressa Karina na graduação avaliada em cinco estrelas pelo Guia do Estudante. A aluna do quinto período conta que, com a ajuda da professora responsável, estimulou sensorialmente a paciente durante as aulas práticas até que, em um dos últimos atendimentos, ela conseguisse abrir pacotes de pipoca e de biscoitos sozinha e pudesse comer. Em outra sessão, a criança também foi capaz de girar a torneira da pia para lavar suas mãos que estavam sujas de tinta devido à outra atividade feita pela equipe de Terapia Ocupacional. “Para as pessoas ‘normais’ essas atitudes são realizadas de forma muito natural, mas para quem tem alguma complicação, isso corresponde a uma perda de autonomia”, explica Andressa. “Quando me deparei com essas cenas me emocionei muito. Aquilo foi um pequeno ganho de independência para ela e uma felicidade imensurável para mim”, completa.

Através de aulas práticas como essa que os alunos da UFPE aprendem como lidar com o dia-a-dia do terapeuta ocupacional ainda na graduação. Os atendimentos no Hospital das Clínicas de Recife, que funciona como um centro-escola, têm início já no segundo semestre do curso e passam a ser frequentes a partir do quarto período. Nas situações de contato com paciente, as alunas contam que o famoso frio na barriga é comum, mas toda a classe recebe apoio da equipe técnica. “Sempre fico um pouco insegura quando sou responsável por um atendimento, mas os professores e os monitores nos auxiliam quando necessário”, ressalta Amanda.

O curso também possui infraestrutura própria e quatro laboratórios que atendem a população local. Um deles, o de atividade de vida diária, simula uma casa, com quarto, banheiro, cozinha e equipamentos próprios para estudo dos alunos. Há também os laboratórios de integração sensorial, com dispositivos para estimular os sentidos dos pacientes, de recursos terapêuticos, que conta com materiais escolares, e a sala de expressão corporal, com paredes espelhadas, bolas, lonas e recursos audiovisuais. Essa última é voltada, principalmente, aos próprios estudantes de Terapia Ocupacional e tem como objetivo fazer com que eles conheçam seu próprio corpo e saibam como cuidar dele.

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Outra atividade acadêmica comum em que os estudantes podem ter contato com a profissão são as visitas técnicas promovidas por disciplinas. Na matéria de Tecnologia Assistiva, por exemplo, Amanda lembra que sua classe fez visitas a espaços e equipamentos urbanos para verificar as condições de acessibilidade dos locais e se eles foram planejados tendo em vista a locomoção de pessoas com deficiência. Há ainda projetos de extensão e pesquisa voltados para a comunidade local, como o de desenvolvimento da saúde sexual e reprodutiva de adolescentes em vulnerabilidade, as oficinas de geração de renda com pessoas em sofrimento psíquico, ou as atividades de estimulação da memória em idosos. “O professor responsável pelo projeto e seus alunos avaliam as necessidades da população e elaboram um plano de intervenção levando em consideração a integralidade dos indivíduos”, explica Andressa.

(Imagem: Thinkstock)

Estrutura do curso

O curso da UFPE é integral, tem ingresso pelo Enem, através do Sisu, e recebe somente 18 alunos por semestre. Com relação ao conteúdo teórico, a grade curricular prevê, nos períodos iniciais, disciplinas do ciclo básico da Saúde, como anatomia humana, processos gerais da patologia, biofísica, nutrição e também matérias clínicas, como neurologia, pediatria e psiquiatria. Já mais perto do meio do curso – que tem duração mínima de quatro anos – começam a aparecer temáticas diretamente relacionadas à área de Terapia Ocupacional. Análise de atividade e recursos terapêuticos são algumas delas. Tópicos de outras áreas, como Psicologia e Humanas, também fazem parte da formação do profissional e são estudados em disciplinas como personalidade e desenvolvimento humano, educação inclusiva e antropologia da saúde, que relaciona a cultura, os hábitos, os símbolos e a religiosidade com a saúde do paciente.

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Áreas de atuação

Para quem pensa em cursar Terapia Ocupacional, aqui vai uma boa notícia: faltam profissionais da área no mercado de trabalho. Então, se você gostou do curso da UFPE, vá em frente! A graduação da federal pernambucana tem enfoque em preparar seus estudantes para o trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS), que é um grande empregador de terapeutas ocupacionais. O público alvo também é bem abrangente: “podemos intervir na promoção da saúde em idosos, atuar na saúde do trabalhador, atender crianças com alguma dificuldade física, realizar estimulação precoce em bebês, entre outras funções”, explica Amanda.

Além disso, a Terapia Ocupacional é sempre empregada em contextos que envolvem equipes multidisciplinares dos campos de saúde, educação e social. Assim, é comum que o formado trabalhe com médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, enfermeiros, psicólogos, musicoterapeutas, educadores físicos, assistentes sociais, agentes comunitários de saúde, professores, artesãos e oficineiros. E, para atender à especificidade, desde a graduação os estudantes realizam atendimento em conjunto com alunos dessas áreas.

 

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