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Arquitetura: cenografia é área de atuação além das tradicionais

Profissional cria, desenvolve e viabiliza cenários para ações como eventos, convenções, shows e desfiles

Por Lisandra Matias
Atualizado em 25 Maio 2017, 17h31 - Publicado em 25 Maio 2017, 16h22
O arquiteto que trabalha com cenografia pode produzir estandes para feiras e exposições (holgs/iStock)

Se você se interessa pelo curso de Arquitetura, é importante saber que são muitas e variadas as áreas de atuação desse profissional. Elas vão de design (gráfico, de produto, industrial e de interiores) a urbanismo – o planejamento de uma região, cidade ou bairro. Um setor novo e que vem ganhando importância ultimamente é a cenografia. E como um arquiteto atua com isso? Moema Coelho, arquiteta que trabalha em uma agência de comunicação, explica aqui para você. Moema tem nove anos de experiência nesse setor, mas também já trabalhou em outras funções – o que nos permite conhecer outras possibilidades de atuação do arquiteto. Confira nesta entrevista.

Guia do Estudante (GE)Moema, antes de entrar na questão da arquitetura e da cenografia, nos conte como foi seu processo de escolha do curso superior, pois esse tema sempre interessa muito nossos leitores.

Moema Coelho – Quando eu tinha uns 18 anos, eu prestei vestibular para Desenho Industrial. Eu tinha esse lado artístico, de gostar de desenhar, além de curtir moda e fazer roupas desde a adolescência. Eu entendia que a profissão que mais se aproximava disso era Desenho industrial (Design).

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GE – E como mudou para Arquitetura?

Moema Coelho – Eu também gostava muito de Arquitetura e fiquei na dúvida se fazia Desenho Industrial ou Arquitetura. Então, resolvi prestar os dois cursos. Fiz o vestibular para Arquitetura no Centro Universitário de Brasília (Uniceub), que é uma faculdade particular, e de Desenho Industrial na Universidade de Brasília (UnB), instituição pública (federal).

Passei em Arquitetura, mas não em Desenho Industrial. Porém, conversando com um professor, ele sugeriu que eu fizesse Artes Plásticas junto com Arquitetura. Vi, então, que minha formação em Arquitetura seria até mais completa se eu combinasse com um curso de Artes e não de Desenho Industrial, pois permitiria que eu me aprofundasse em temas como composição, cor etc. Assim, no ano seguinte, prestei Artes Visuais na UnB e acabei sendo aprovada. Levei os dois cursos juntos.

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GE – Como é o seu trabalho hoje com cenografia? O que você faz?

Moema Coelho – Atualmente eu trabalho na agência Samba Marketing ao Vivo, em São Paulo (SP), uma agência de live marketing que promove ações, como eventos, convenções, lançamentos de produtos etc. O meu trabalho consiste em criar, desenvolver e viabilizar os cenários para essas ações.

GE – O que são exatamente esses cenários?

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Moema Coelho – Em todos os eventos e festas, alguém criou e pensou na maneira que aquele espaço seria construído – nas cores, materiais usados e acabamentos, por exemplo. Todos esses passos de uma ação ou evento são pensados em equipe. Em cada projeto que a minha equipe realiza, temos um “briefing” do cliente para seguir. Ele é o nosso guia em todo o processo de criação e produção da ação em questão. Isso pode ser desde uma feira até o palco de uma convenção, um show, um desfile.

A cenografia é bem diferente da arquitetura. Afinal, um (arquitetura) é para durar a vida inteira e o outro (cenografia) é para durar alguns dias. Isso impacta muito em custo, e o jeito de construir é completamente diferente.

Moema Coelho, arquiteta

GE – Poderia dar exemplos de tarefas que fazem parte do seu escopo de trabalho, que você faz no seu dia a dia?

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Moema Coelho – Fazer plantas (projetos dos espaços), decidir como vai ser o fluxo de pessoas, a “cara” que vai ter esse espaço etc. Tudo começa pela planta. Eu busco coisas que já foram feitas e que representam a ideia que eu tenho na cabeça. A partir daí, a gente discute se a ideia está alinhada com o conceito pensado para o projeto e, se estiver tudo ok, vamos para a parte técnica (tamanhos, se vai precisar de gerador etc). A cenografia pega todas as escalas da arquitetura, menos a urbanística. Construir uma casa e decorar essa casa – só que isso tudo em um espaço muito menor, num tempo muito curto e com pouca duração. Isso impacta muito em custo, e o jeito de construir é completamente diferente.

GE – Além da cenografia, que outros trabalhos você já fez como arquiteta?

Moema Coelho – Trabalhei em um grande banco alocando os funcionários nos diversos setores. Lá eu fazia as bancadas, o layout do escritório. Onde cada pessoa iria ficar e qual seria o tipo de bancada dela.

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Trabalhei também em pequenos escritórios de arquitetura e decoração fazendo os desenhos executivos – que são os guias com as medidas para a execução do projeto. A decoradora criava, e a gente tinha que desenhar para o marceneiro e o pedreiro executarem.

Passei ainda por uma construtora, fazendo reformas de lojas em shopping,  e elaborei desenhos executivos de residências de luxo.

GE – Que conselho ou dicas você daria para quem pretende fazer Arquitetura?

Moema Coelho – Acho que a dica é que é um campo muito aberto. Você pode trabalhar em diferentes áreas: paisagismo, urbanismo, arquitetura de casa, de hospitais, de aeroportos (que são áreas muito específicas), design de interiores, e cenografia, que é uma área nova.

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