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Descubra a nova graduação em Ciência de Dados

Curso inédito forma o profissional que desenvolve algoritmos para analisar grandes volumes de dados e informações

Por Lisandra Matias
Atualizado em 19 jul 2018, 08h00 - Publicado em 19 jul 2018, 08h00
(scyther5/iStock)

O grande volume de dados que circula na internet e em sistemas informatizados e a necessidade de organizar e dar sentido a essas informações fez surgir uma nova profissão, o cientista de dados, e o primeiro curso de graduação em Ciência de Dados do Brasil. Ele está sendo oferecido desde o início de 2018 pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, em Belo Horizonte (MG). É um curso superior de tecnologia com 2 anos e meio de duração.

O coordenador do curso, professor Neylson Crepalde, responde seis perguntas, a seguir, para você entender como é o curso e o que faz o profissonal.


Guia do Estudante (GE) – O que faz um cientista de dados?

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Prof. Neylson Crepalde – O Cientista de dados é um profissional altamente capacitado e com formação essencialmente interdisciplinar. Ele entende de estatística avançada, algoritmos e programação, Inteligência Artificial (IA), estruturas de dados e bancos de dados, Big Data e modelos de negócios. A profissão é muito recente no mundo inteiro e mais ainda no Brasil. Empresas dos mais diversos setores estão dependendo desse profissional para que sua tomada de decisão seja a mais acertada possível.


GE – Mas como é exatamente a atuação dele? Como ele pode auxiliar nos negócios de uma empresa? Poderia dar um exemplo?

Prof. Crepalde – O cientista de dados ajuda uma empresa a tomar decisões acertadas elaborando modelos estatísticos para compreender padrões de interação entre diversos tipos de dados ou modelos que permitam predizer resultados ou fazer classificações. Por exemplo, é um típico trabalho do Cientista de Dados usar Machine Learning e IA para entender o perfil de clientes de uma empresa. Com isso, ele segmenta os clientes em grupos de acordo com seus padrões de consumo, prevê os clientes que vão contratar novos serviços, os que cancelarão a conta, aqueles que têm alta probabilidade de ficar inadimplente ou cometer algum tipo de fraude, etc.

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GE – O que mais faz o profissional?

Prof. Crepalde – Como o cientista de dados é capaz de processar quantidades exorbitantes de dados dominando as técnicas de Big Data, ele também pode pensar em estratégias de análise fora daquelas com as quais as empresas normalmente trabalham (dados oficiais, por exemplo) e capturar dados que estão na nuvem. Isso é possível tendo em vista o grande aumento de dispositivos conectados que geram dados a todo instante. Um volume enorme de dados é produzido a todo momento em uma velocidade alucinante e com os mais variados aspectos. Cabe ao cientista de dados ter competências para capturar, limpar, organizar, e então analisar esses dados extraindo sentido, construindo conhecimento e ancorando a tomada de decisão da organização.

 

GE – Poderia dar um exemplo concreto disso?

Prof. Crepalde – Nas pesquisas de mercado, é muito comum os institutos de pesquisa realizarem o tradicional “survey”, a pesquisa por questionários onde os pesquisadores visitam domicílios e fazem uma série de perguntas às pessoas sobre seus hábitos de consumo, suas preferências e suas opiniões sobre um determinado produto. Entretanto, esse tipo de pesquisa é bastante custoso e demorado. Uma alternativa seria buscar a opinião das pessoas sobre um determinado produto por meio do “rastro” de dados que elas deixam quando usam suas redes sociais, quando postam fotos, fazem upload de vídeos, comentários, compartilham conteúdo etc. O cientista de dados possui técnicas de programação e “Web Scraping” ou raspagem de dados para capturar, sistematizar e analisar esses dados que, até então, estão “soltos” na web. 


GE – Em que tipo de empresa o cientista de dados pode trabalhar?

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Prof. Crepalde – Em empresas das mais diversas áreas, como educação, finanças, bancos, saúde, hospitais, esportes, transporte e logística, aviação, marketing etc. É possível ao cientista de dados ser relevante dentro de qualquer setor.


GE – Que disciplinas o aluno tem ao longo do curso?

Prof. Crepalde – O curso está dividido em, basicamente, 5 grandes áreas: 1) Cálculo e estatística (Probabilidade, Álgebra Linear, Cálculo e Analytics são exemplos de disciplinas desse eixo); 2) Bancos de Dados; 3) Programação (Machine Learning, Computer Vision, Natural Language Processing, Neuro Robótica, Computação na Nuvem e IoT são exemplos de disciplinas); 4) Modelos de negócios (Empreendedorismo, Gestão de projetos, Gestão de Marketing são exemplos); e 5) Projetos Integradores. Estes são projetos interdisciplinares aplicados onde os alunos devem utilizar todo o conhecimento construído no curso até o momento para desenvolver um projeto de Data Science “from scratch” (expressão comum na programação que significa “do zero, do nada”). Os alunos desenvolvem um projeto de Data Sience desde o início, passando pela problematização, pela estratégia de coleta e tratamento de dados, análises, interpretação dos resultados, delineamento de decisões estratégicas e comunicação.

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GE- Qual seria a principal diferença entre um curso de ciência de dados e cursos mais tradicionais da área de Tecnologia da Informação (TI), como Banco de Dados, Processamento de Dados e Análise e Desenvolvimento de Sistemas?

Prof. Crepalde – O cientista de dados utiliza de programação, bancos de dados, estatística, Inteligência Artificial e várias outras habilidades com foco na análise. Seu trabalho é, portanto, diferente do profissional de TI, do desenvolvedor web, do analista de bancos de dados, do engenheiro de dados (cujo foco é mais na estrutura, no hardware) e de outras áreas da tecnologia. Seu trabalho é encontrar soluções na mais variada gama de dados e propor estratégias de atuação sofisticadas para as organizações. Além disso, o cientista de dados extrapola o profissional da tecnologia à medida que necessita de um vasto conhecimento em ciências humanas, o que lhe permite uma interpretação teoricamente embasada dos dados, e em negócios, o que lhe proporciona um amplo diálogo com os diversos setores de uma empresa.


GE – E como está a demanda por esse profissional tão novo no mercado?

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Prof. Crepalde – O mercado é excelente e está em pleno aquecimento. O LinkedIn está recheado de vagas para cientistas de dados e muitas empresas têm dificuldade de contratação devido à grande abrangência de conhecimento que esse profissional deve possuir.

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