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Mulheres na ciência: Tecnologia e Estatística

Por Ana Lourenço
Atualizado em 24 fev 2017, 15h12 - Publicado em 8 mar 2016, 20h24

Existe profissão de homem e profissão de mulher? Não! Para o GUIA DO ESTUDANTE, profissão de mulher é a que ela quiser e queremos ver cada vez mais mulheres ocupando espaços na ciência, na engenharia e nas finanças. Para isso, entrevistamos várias profissionais bem sucedidas em todos os campos da ciência para inspirar você, leitora, a seguir sua carreira dos sonhos. Este é o primeiro da nossa série. Acompanhe 😉
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“Sempre gostei muito de números, de analisar dados. Achava muito legal o trabalho do IBGE, esse de fazer levantamento, pesquisa, coleta de informações. Daí nasceu minha vontade de fazer algo nas exatas.” Hoje, Alessandra Montini é mestre em Estatística e doutora em Administração, ambas pela USP. Sua área de atuação, no momento, está muito mais relacionada com a área de tecnologia. Ela é professora de big data e data mining na escola de negócios Fundação Instituto de Administração (FIA).

alessandra-montini-fia

Foto: Arquivo pessoal

Big data é o termo que define um grande número de informações armazenado em um banco de dados informatizado. “Entender o big data é saber como processar rapidamente uma quantidade grande de dados, como aprender a usá-los”, explica. “Tomei a decisão de seguir na tecnologia porque me sentia muito defasada com toda a tecnologia que estava surgindo. Aí já sabe! Nessa área, uma mulher que só sabe fazer uma coisa sofre muito.”

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Não é para menos. Uma pesquisa da agência de risco Standard & Poor’s, que anualmente elege as 100 maiores empresas do mundo, apontou que, dentre elas, apenas 20% tinha mulheres nos quadros de diretoria. Outro estudo indica que só 10% dos financiamentos em startups são para empresas chefiadas por mulheres.

“Já senti muito preconceito, especialmente quando comecei a dar aula. Em praticamente todas as faculdades de Administração, finanças e tecnologia não há nenhuma professora mulher, são todos homens. E eles não dão nenhuma oportunidade. Tive que me esforçar muito, dei aula até de graça para conseguir ser conhecida. Com o tempo, comecei a ganhar prêmios e isso foi o que me abriu portas”, conta Alessandra.

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Hoje, a professora tem mais de 30 prêmios de excelência acadêmica, três deles como melhor professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP. “É fruto de muito trabalho e muita luta. Terminei meu doutorado há mais de dez anos e tive que estudar muito para me adaptar à nova geração”, diz.

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É comum entrarmos em uma sala de graduação dos cursos de computação e tecnologia e encontrarmos um mar de homens pontuados com uma ou outra mulher. Na última edição da Fuvest, vestibular que seleciona alunos para a USP, houve apenas 5 mulheres aprovadas na lista de Ciência da Computação, curso com 50 vagas. No curso de Engenharia de Computação, entre 40 chamados, apenas 4 eram mulheres.

Nas aulas dadas por Alessandra na FIA, voltadas para formações de pós-graduação, não é diferente. “Normalmente, em uma sala com 40 pessoas, uma ou duas são mulheres. Normalmente engenheiras formadas e muito comprometidas, que estão sempre entre as melhores da turma”, diz. “A jornada delas costuma ser tripla. Elas trabalham o dia todo, vêm para a aula à noite, e quando chegam em casa ainda têm que cuidar da casa ou dos filhos. E essa é a rotina de quase todas as mulheres, somos guerreiras”, diz.

E para a jovem que gosta de exatas e pensa em seguir os mesmos passos? A recomendação de Alessandra é estudar e se dedicar muito, muito mesmo. “A vida para nós não é fácil, mas não deixe nada atrapalhar o seu sonho: ponha-o na sua meta e vá atrás dele. Eu fiz quatro anos de graduação, mais quatro de mestrado e mais três de doutorado, sem contar todo o tempo que investi para conquistar meu lugar na profissão. E aprendi que, se houve uma competição, foi comigo mesma.”

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