Veja mais 3 erros comuns nas redações
Já sabemos que a correção da prova do Enem tem como base a avaliação de cinco competências: domínio da norma padrão da língua escrita; compreensão do tema proposto; capacidade de selecionar, organizar, relacionar e interpretar fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção do texto e elaboração de uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Se o estudante fizer tudo isso, a nota 1000 está garantida, mas nem sempre é isso o que acontece. Alguns erros, como fuga ao tema ou ao gênero, cópia de textos motivadores, textos com menos de sete linhas e desrespeito aos direitos humanos na elaboração da proposta de intervenção, podem zerar a redação. E outros erros comuns como pontuação, acentuação e concordância podem tirar pontos que irão fazer falta na sua nota final.
A proposta da semana já está no ar: A importância do voto consciente (acesse). Você pode enviar seu texto até domingo (3). Atenção: não serão corrigidas redações com outros temas! |
Veja três erros comuns nas redações enviadas para a proposta da semana passada:
1. Crase é diferente de acento agudo
Nós sabemos que o uso da crase é um tormento na vida do estudante. Além de fazer o uso correto, o estudante não pode cometer o erro de confundir crase com o acento agudo. A crase é a junção da preposição “a” com o artigo “a”, representada pelo acento. Já o acento agudo serve para indicar a sílaba tônica de cada palavra, ou seja, a sílaba mais forte.
Exemplo de erro na acentuação:
“Nesse panorama, cabe avaliar de que maneira o poder público pode reduzir a desigualdade da centralização de renda e impulsionar as classes mais baixas á uma ascensão econômica…”
No exemplo acima o aluno usou acento agudo, mas o correto seria usar crase, se fosse necessário. Neste caso a crase NÃO É necessária, portanto o “a” deveria vir sem acento. Erros desse tipo tiram ponto da norma culta e precisam ser evitados.
>> Veja aqui algumas dicas para melhorar sua redação
2. Proposta de intervenção
A quinta competência avaliada na prova de redação é a elaboração de uma proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. É uma competência muito importante, pois se o estudante não respeitar os direitos humanos, a redação é zerada. E, acreditem, muitos alunos ainda cometem esse erro.
A proposta de intervenção, além de respeitar os direitos humanos, deve apresentar soluções possíveis de serem realizadas. Os corretores avaliam a capacidade do estudante em mostrar soluções criativas e que fujam do senso comum. Nessa competência os corretores redobram as exigências para fazer com que as propostas considerem valores universais de cidadania, liberdade e diversidade sociocultural. Fique muito atento a isso!
Além dessas exigências, a proposta de intervenção deve vir somente no final. É ao concluir o texto que o aluno deverá acrescentar suas propostas, nunca no início.
Exemplo:
“Desde a revolução industrial, no século XIX, as tecnologias vem avançando cada vez mais, isso acaba gerando certos problemas, como desigualdade no mundo tecnológico, o governo tem que desenvolver uma solução para esse impasse.”
Lembre-se: A introdução serve para contextualizar o tema e apresentar o ponto de vista. As soluções devem vir na conclusão.
3. Não se separa sujeito do predicado
Exemplo: “Por conseguinte fazendo com que os habitantes daqueles locais, permaneçam em suas residências.”
A vírgula depois da palavra “locais” não tem função na frase – e, pior que isso, separa o sujeito do predicado.
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