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Guerra na Síria: saiba quais são as forças envolvidas no conflito

Ataque dos Estados Unidos contra uma base aérea na Síria pode alterar os rumos do conflito

Por Fabio Sasaki
Atualizado em 7 abr 2017, 11h16 - Publicado em 16 dez 2016, 10h51
Centenas de pessoas esperam a chegada da ajuda humanitária da ONU para receber comida em Damasco: Guerra civil na Síria já matou cerca de meio milhão de pessoas (foto: Getty Images)Centenas de pessoas esperam a chegada da ajuda humanitária da ONU para receber comida em Damasco: Guerra civil na Síria já matou cerca de meio milhão de pessoas (foto: Getty Images)

Os Estados Unidos (EUA) lançaram 59 mísseis contra a Síria nas primeiras horas desta sexta-feira (7/4), atingindo uma base aérea na cidade de Homs. O ataque destruiu caças , radares e outros equipamentos militares. Segundo o governo sírio, o bombardeio deixou nove civis mortos.

Foi a primeira ofensiva direta dos EUA contra alvos do regime do ditador sírio Bashar al-Assad desde o início da Guerra da Síria, em março de 2011. O bombardeio foi uma retaliação do presidente norte-americano Donald Trump ao ataque químico que matou pelo menos 70 civis na cidade síria de Khan Sheikhun, controlada por opositores de Assad. Os EUA acreditam que o uso de armas químicas tenha sido ordenado pelo ditador sírio.

A ação dos EUA podem mudar o rumo da guerra na Síria, que já deixou mais de 400 mil mortos desde 2011 e cerca de 40% da população tornaram-se refugiados internos ou externos. Para compreender o que está acontecendo neste que é o conflito mais sangrento do século XXI é preciso conhecer quais são as principais forças envolvidas nos combates:

>> Veja também: Como a crise dos refugiados pode ser cobrada nos vestibulares

GOVERNO SÍRIO E ALIADOS

De um lado do conflito está o regime sírio, liderado por Bashar al-Assad. Desde 1970, a família Assad comanda no país um brutal regime de partido único. Apesar de serem alauítas (uma seita muçulmana do ramo xiita), os Assad mantinham um governo laico, que separava a religião do Estado. Com o início dos protestos, os sunitas tomaram a frente na oposição ao regime, o que deu ao conflito contornos sectários. Apesar de não apoiarem o ditador, cristãos, xiitas e até parte da elite sunita preferem ver Assad no poder diante da possibilidade de ter um país tomado por extremistas.

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Quanto às alianças externas, Assad conta com o apoio do Irã,  do grupo libanês Hezbollah e de milícias do Iraque, formando um “eixo xiita” no Oriente Médio. O termo se refere a uma aliança política que reúne países e organizações cujos líderes são adeptos dessa corrente do islamismo. O grupo se opõe a Israel e disputa a hegemonia no Oriente Médio com as monarquias sunitas, lideradas pela Arábia Saudita.

O principal aliado fora da região é a Rússia, que mantém uma antiga parceria com a Síria, sustentada pela base naval que os russos controlam em Tartus, no litoral sírio. Desde que a Rússia passou a intervir mais pesadamente no conflito, a partir do final de 2015, o regime de Assad obteve importantes vitórias, como a reconquista de Aleppo.

GRUPOS REBELDES

Umas das primeiras forças a mergulhar na guerra foram os grupos sunitas que lutam para derrubar a ditadura de Assad. Entre os chamados “rebeldes moderados”, que recebem esse nome por não serem adeptos do radicalismo islâmico, a maior expressão é o Exército Livre da Síria (ELS). A organização conta com o respaldo das potências ocidentais, lideradas pela Europa e EUA. Também recebem apoio da Turquia e da Arábia Saudita, principais inimigos de Assad na região. É por isso que a guerra na Síria, além de ser uma disputa interna de poder, reflete a rivalidade entre dois países-chave no Oriente Médio: Irã e Arábia Saudita.

EXTREMISTAS ISLÂMICOS

Entre os grupos que querem derrubar Assad, além dos rebeldes moderados, há facções extremistas islâmicas, que estão fragmentadas em diversos grupos. Uma das organizações que mais conquistaram terreno, principalmente nos primeiros anos do conflito, foi a Frente al-Nusra, um braço da rede extremista Al Qaeda na Síria. Posteriormente, a partir de 2013, o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) aproveitou-se da situação de caos criada pela guerra civil e, vindo do Iraque, avançou de forma avassaladora e brutal, ocupando metade do território sírio. Até ser reconquistada pelo regime de Assad, a cidade de Aleppo era dominada pela al-Nusra e pela Jeysh al Islam, também ligada à Al Qaeda.

>> Veja também: Como o Estado Islâmico pode ser cobrado nos vestibulares

CURDOS

Há, ainda, o que podemos chamar de uma quarta força envolvida no conflito. Trata-se dos curdos, etnia que habita territórios de Síria, Turquia, Iraque, Irã, Armênia e Azerbaidjão e reivindica a criação de um Estado próprio para o seu povo – o Curdistão. Desde o início do confito na Síria, a Unidade de Defesa Popular (YPG), uma milícia formada para defender as regiões habitadas pelos curdos no norte do país, se fortaleceu. Para o regime de Assad, a YPG tornou-se um ator bastante útil, porque a milícia é uma das principais forças de resistência tanto contra os extremistas do EI como os “moderados” do ELS.

>> Veja também: 5 conflitos para você ficar de olho até o vestibular

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