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Retrospectiva 2015: Confira os cinco fatos mais importantes do ano no Brasil

Por Ana Lourenço
Atualizado em 24 fev 2017, 15h14 - Publicado em 24 dez 2015, 19h41

*por Fabio Sasaki

Brasília - Presidente Dilma se reune com governadores contrários ao seu impeachment (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Câmara abre processo de impeachment contra Dilma Rousseff

Dilma Rousseff (PT) assumiu o segundo mandato em janeiro de 2015 sob intensa pressão. As denúncias de corrupção na Petrobras, a relação turbulenta com o Congresso e o agravamento da crise econômica minaram sua popularidade. Três grandes manifestações contra o governo Dilma foram realizadas em março, abril e agosto. Os protestos serviram de estímulo para que a oposição lançasse uma campanha para pedir o impeachment da presidente.

O principal argumento para a cassação do mandato de Dilma é a edição de decretos que ampliaram os gastos federais sem a autorização do Congresso – segundo a acusação, a medida seria ilegal por ferir a Lei Orçamentária.

>> Retrospectiva: veja os cinco fatos mais importantes do ano no mundo

Em 2 de dezembro, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) autorizou a abertura do processo de impeachment contra Dilma. Sua decisão é considerada uma retaliação ao PT – horas  antes o partido havia decidido apoiar o pedido de cassação do mandato de Cunha no Conselho de Ética, onde o deputado é acusado de mentir sobre a existência de contas secretas na Suíça. Com a decisão, o processo deve tramitar nos primeiros meses de 2016.

Eduardo Cunha e Delcídio do Amaral são alvos da Operação Lava Jato

Deflagrada pela Polícia Federal em março de 2014, a Operação Lava Jato investiga um amplo esquema de lavagem e desvio de dinheiro da Petrobras, envolvendo executivos da estatal, grandes empreiteiras e políticos de alto escalão. Em 2015, a operação avançou com os depoimentos das testemunhas de acusação. Em março, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizaram a abertura de inquérito para investigar 50 políticos do PT, PSDB, PMDB, PP, SD e PTB. Entre eles estão o tesoureiro do PT Vaccari Neto (que é condenado a 15 anos de prisão em setembro), o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) e o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB).

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Entre as denúncias que pesam contra Cunha estão o recebimento de 5 milhões de dólares em propina da Petrobras e a existência de contas secretas na Suíça em seu nome. Como Cunha havia negado possuir contas no exterior em depoimento à CPI da Petrobras, o Conselho de Ética da Câmara aprovou a abertura de uma investigação contra o deputado por quebra de decoro, em 15 de dezembro.

Em outro importante desdobramento da Lava Jato, em 25 de novembro, o STF autorizou a prisão do senador do PT Delcídio do Amaral por tentar obstruir as investigações da operação. A detenção do parlamentar ocorreu após a revelação de uma gravação na qual Delcídio oferece dinheiro para que o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, não fechasse acordo de delação premiada com a Polícia Federal. É a primeira vez que um senador é preso no Brasil desde a redemocratização, em 1985.

Elevado endividamento agrava a crise econômica

O Brasil enfrentou em 2015 uma das mais intensas crises econômicas dos últimos anos. O desequilíbrio das contas públicas levou o ministro da Fazenda Joaquim Levy a adotar uma série de medidas para cortar os gastos do governo. O chamado ajuste fiscal afetou o acesso ao seguro-desemprego, aos benefícios da previdência e ao abono salarial, além de cortar investimentos do governo em diversas áreas. Para conter a alta da inflação, os juros subiram ainda mais, dificultando o acesso ao crédito. Além disso, a desconfiança do mercado diante do cenário econômico brasileiro inibiu investimentos na indústria e a desaceleração da economia chinesa afetou as exportações de commodities.

Tudo isso levou a uma redução da atividade econômica, que pode ser medida pelos indicadores: entre janeiro e setembro, o PIB caiu 3,2%, colocando o país em recessão; em novembro, a inflação superou 10% no acumulado de 12 meses (a maior taxa desde novembro de 2003); e o desemprego bateu 7,5% em novembro (um crescimento de 2,7% em um ano).

Rompimento de barragem provoca desastre ambiental em Mariana

No dia 5 de novembro, o rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração da empresa Samarco, na zona rural de Mariana (MG), provocou o maior desastre ambiental já ocorrido no Brasil. Uma enxurrada de 50 bilhões de litros de lama atingiu nove cidades percorrendo o Rio Doce até desaguar no litoral do Espírito Santo, a mais de 600 quilômetros de distância. A região mais afetada foi o distrito de Bento Rodrigues, onde ao menos 17 pessoas morreram e mais de 600 ficaram desabrigadas.

Ainda não é possível dimensionar os efeitos ambientais do desastre, mas a recuperação das áreas afetadas levará muitos anos e consumirá bilhões de reais. O Ministério Público de Minas Gerais entrou com uma ação para que a Samarco providencie ajuda financeira e indenização às vítimas. A empresa, que é controlada pelas mineradoras Vale (brasileira) e BHP Billiton (anglo-australiana), também foi multada em 250 milhões de reais pelo Ibama.

Casos de dengue, chikungunya e zika se multiplicam

O aedes aegypit foi presença constante no noticiário em 2015. Isso porque os casos de dengue, chikungunya e zika – doenças que tem o mosquito como vetor – se multiplicaram pelo Brasil. Em 2015, o país registrou recorde de casos de dengue: até 14 de novembro foram identificados 1,5 milhão de pessoas infectadas, com mais de 700 mortes confirmadas. A região Sudeste concentra quase dois terços dos casos, e os estados mais atingidos pelo surto são Goiás, São Paulo e Pernambuco.

A chikungunya, que chegou ao Brasil em 2014, também se espalhou por diversos municípios do país em 2015. Já os casos da febre zika tiveram seus primeiros registros em maio de 2015. A chegada da doença ao Brasil veio acompanhada de um agravante: diversos casos de microcefalia em recém-nascidos estão associados ao contágio de mães pela febre zika durante a gravidez. A situação é especialmente grave em Piauí, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e Paraíba, que decretaram estado de emergência em virtude da febre zika.

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