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Dia do Bombeiro: por que a profissão ainda é dominada pelos homens?

No cenário nacional, 91,5% do Corpo de Bombeiros é composto por homens

Por Taís Ilhéu
Atualizado em 29 set 2020, 16h27 - Publicado em 2 jul 2019, 13h59
 (Gerald Friedrich/Pixabay/Reprodução)
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No dia 2 de julho comemora-se a data de um dos profissionais mais queridos do país: o bombeiro. Há dez anos, desde que a pesquisa do Ibope Inteligência que mede confiança começou a ser feita, o Corpo de Bombeiros ocupa a posição de instituição mais confiável dos brasileiros. De fato, eles demonstram atuações nobres e corajosas em casos de incêndio, deslizamentos, desabamentos e enchentes. 

Uma das mais recentes e de grande destaque na mídia foi no salvamento das vítimas do desastre da Vale, em Brumadinho, MG. Sobrevoando a área, eles procuravam por pessoas e animais presos na lama e os resgatavam. Um dos primeiros helicópteros a chegar depois do rompimento era pilotado pela bombeira e major Karla Lessa Alvarenga Leal, que em 2001 havia se tornado a primeira mulher comandante de helicóptero de bombeiros militar do Brasil. 

Em Brumadinho, Karla contou com outras colegas de profissão nas missões de resgate: no total, 137 mulheres da corporação foram a campo. No entanto, embora o número pareça ser animador nesse caso, vale dizer que não há tantas assim como elas no Corpo de Bombeiros quando analisamos o cenário geral. 

Há alguns anos, a instituição reserva pelo menos 10% das vagas para mulheres nos concursos. É que a presença masculina é majoritária na profissão: 91,55% da corporação é composta de homens. O ingresso delas também foi bastante tardio: em Minas Gerais, estado de Karla, o Corpo de Bombeiros Militar foi fundado em 1911, mas a primeira turma a receber mulheres foi só mais de 80 anos depois, em 1993. No mesmo estado, a proporção é de uma mulher para cada 11 homens na corporação. 

Bombeiro precisa fazer faculdade?

Faculdade, não, mas em alguns casos cursos profissionalizantes. Existem duas subdivisões na profissão: os bombeiros civis e os militares. Os civis geralmente são contratados por instituições privadas como shoppings e empresas de eventos e precisam ter feito um curso de formação de bombeiro profissional civil. Esses cursos devem, obrigatoriamente, ser oferecidos por instituições credenciadas ao Corpo de Bombeiros.

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Já os militares precisam passar por um concurso público, e alguns editais exigem que o candidato passe antes pelo Corpo Policial. Para os concursos que não contam com essa exigência, os aspirantes a bombeiros já podem ir direto para a Escola Oficial do Corpo de Bombeiros, caso aprovados. 

Os concursos geralmente são compostos por quatro fases:

  • Uma prova de conhecimentos gerais, específicos e uma redação; 
  • Avaliação física, com testes de corrida, resistência física e natação;
  • Uma avaliação dos antecedentes, para comprovar que o candidato não foi condenado por nenhum crime;
  • Avaliação médica, que conta, entre outras coisas, com avaliação do Índice de Massa Corporal e até altura. Alguns tipos de tatuagens, que façam apologia ao crime, racismo ou atente contra as instituições democráticas também podem deixar o candidato de fora.

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    Ao ser aprovado em todas essas fases, o candidato segue para a Escola de Bombeiros, onde faz um curso de formação por dois anos. Nesse período, ele deve morar na escola e receberá uma remuneração para se manter. 

    De maneira geral, os requisitos para ingressar no Corpo de Bombeiros são:

    • Ser brasileiro nato ou naturalizado;
    • Ter entre 18 e 30 anos de idade na data da inclusão;
    • Ensino Médio completo;
    • Estar em dia com o serviço militar e com as obrigações eleitorais;
    • Não ter antecedentes criminais.

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