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A energia nuclear após o acidente de Chernobyl

Por Fabio Sasaki
Atualizado em 24 fev 2017, 15h10 - Publicado em 28 abr 2016, 11h23
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A energia nuclear após o acidente de Chernobyl

A energia nuclear responde por 11% da eletricidade produzida mundialmente (foto: iStock)

O pior acidente nuclear da história acaba de completar 30 anos. No dia 26 de abril de 1986, a explosão de um reator da usina de Chernobyl, na Ucrânia, lançou grandes quantidades de partículas radioativas na atmosfera. Em poucos dias, a nuvem tóxica atingiu extensas áreas da Europa Oriental.

O acidente fez 31 vítimas, entre as pessoas que trabalharam para conter o incêndio na usina e ficaram expostos diretamente à radiação. Mas estimativas do Greenpeace apontam que até 100 mil pessoas possam ter morrido devido ao contato com a radiação de Chernobyl, principalmente de câncer.

Qual a situação da energia nuclear no mundo atualmente?

Mesmo após as terríveis consequências do desastre em Chernobyl, a produção de energia a partir da fissão de átomos de elementos radioativos, como urânio e plutônio, continuou em expansão.

Atualmente, a energia nuclear é responsável por 11% da eletricidade produzida no planeta. No mundo todo, existem 440 usinas nucleares operando em 31 países. Outras 65 usinas estão em construção. Os Estados Unidos são a nação que mais produz energia nuclear, seguidos pela França. No caso do país europeu, as usinas atômicas respondem por 76,9% de toda a eletricidade gerada no país.

E no Brasil?

No Brasil, operam as usinas de Angra 1 e Angra 2, na cidade de Angra dos Reis – uma terceira usina, a Angra 3, está em construção e deve começar a funcionar em 2019. A energia nuclear é responsável por 2,9% da eletricidade gerada no país.

Por que a energia nuclear é utilizada?

Mesmo com os riscos, a geração de energia a partir de usinas atômicas tem ampla aceitação em muitos países. Veja a seguir as principais razões que levam os governos a adotar a energia nuclear em sua matriz:

– Indisponibilidade de outras fontes: países como o Japão não possuem recursos naturais suficientes para atender suas necessidades energéticas a partir de petróleo, gás, carvão e hidrelétricas. Após o acidente nuclear em Fukushima, em 2011, o país chegou a suspender seu programa atômico, mas as usinas voltaram a funcionar no ano passado.

– Eficiência energética: com uma pequena porção de material radioativo é possível gerar um grande volume de energia. Além disso, o combustível nuclear, de forma geral, costuma ser mais barato que outras fontes de energia.

– Fonte limpa: a produção e o uso de energia nuclear liberam poucos gases de efeito estufa, sendo, portanto, considerado uma energia limpa. Como o combate ao aquecimento global ganhou destaque nas últimas duas décadas, esse fator tem impulsionado o uso das usinas nucleares. No entanto, embora os reatores não emitam carbono, a construção das usinas, a extração do minério e o descarte do lixo radioativo contribuem para gerar gases do efeito estufa.

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E a situação do lixo atômico?

Além do risco de acidentes nas usinas, o uso da energia nuclear também apresenta como fator negativo a produção de lixo atômico. Os restos do urânio enriquecido utilizado nos reatores mantêm-se radioativos por milhões de anos. Não há uma resposta definitiva sobre como armazenar esse material sem oferecer risco à população. De modo geral, esses rejeitos costumam ser depositados em cápsulas de metal, que são enterradas a centenas de metros de profundidade. Mas ainda há dúvidas se esse processo não pode ocasionar desastres futuros.

Veja também:

– O que você precisa saber sobre radioatividade

– Saiba mais sobre a carreira de Engenharia Nuclear

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A energia nuclear após o acidente de Chernobyl
A energia nuclear após o acidente de Chernobyl
A energia nuclear responde por 11% da eletricidade produzida mundialmente (foto: iStock) O pior acidente nuclear da história acaba de completar 30 anos. No dia 26 de abril de 1986, a explosão de um reator da usina de Chernobyl, na Ucrânia, lançou grandes quantidades de partículas radioativas na atmosfera. Em poucos dias, a nuvem tóxica […]

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