As notícias internacionais mais importantes da semana de 26 de setembro
Veja os destaques do noticiário internacional para quem vai prestar vestibular. Todas as notícias são da Agência Brasil:
Poluição: 92% da população global respiram ar inadequado, alerta OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta terça (27) que 92% da população global vive atualmente em áreas onde os níveis de qualidade do ar ultrapassam os limites mínimos estabelecidos pela entidade. A estimativa é que cerca de 3 milhões de mortes ao ano estejam ligadas à exposição à poluição externa do ar. A poluição interna do ar, entretanto, aparenta ser igualmente perigosa já que, em 2012, em torno de 6,5 milhões de mortes estavam associadas à poluição interna e externa juntas. De acordo com a OMS, quase 90% das mortes relacionadas à poluição do ar são registradas em países de baixa e média renda, sendo que quase dois em cada três óbitos foram contabilizados no sudeste da Ásia e em regiões ocidentais do Pacífico. A OMS alerta que as principais fontes de poluição do ar incluem modelos ineficientes de transporte; combustível doméstico e queima de resíduos; usinas de energia movidas a carvão; e atividades industriais em geral.
Pela primeira vez, ONU escolhe próximo secretário-geral em processo mais transparente
Pela primeira vez, este ano o processo de sucessão do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) mudou, tornando-se mais transparente. No passado, a eleição para a escolha do sucessor ocorria de forma reservada. Desta vez, os candidatos foram a audiências públicas, transmitidas ao vivo pelo site das Nações Unidas. Este novo modelo, com entrevistas aos pretendentes ao cargo, visa a dar mais transparência à eleição, que definirá o sucessor do sul-coreano Ban Ki-moon. Ao longo de sete décadas, o processo de seleção foi mantido a portas fechadas, com a escolha feita pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança: Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, França e China. Para saber mais, clique aqui.
Obama nomeia embaixador em Cuba após mais de meio século de desavenças políticas
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nomeou nessa terça-feira (27) o primeiro embaixador norte-americano em Cuba, após mais de 50 anos de relações diplomáticas rompidas. Obama escolheu o diplomata Jeffrey DeLaurentis, já encarregado pela Secretaria de Estado dos negócios com Cuba desde agosto de 2014. A indicação é mais um passo de reaproximação entre os dois países, que anunciaram que retomariam as relações em 17 de dezembro de 2014, depois de meio século de desavenças políticas e graças a mais de 18 meses de negociações secretas mediadas pelo papa Francisco e pelo governo do Canadá. Em julho do ano passado, os dois países reabriram suas respectivas embaixadas e, desde então, uma série de medidas foram tomadas, como a retomada de voos comerciais e a navegação de navios de cruzeiros. Apesar dos avanços, Obama ainda não conseguiu retirar o embargo econômico a Cuba, nem avançar nas negociações sobre o status dos dissidentes políticos e do respeito aos direitos humanos na ilha.
Presidente e oposição pedem mediação do papa para crise na Venezuela
Os líderes da Mesa de Unidade Democrática (MUD), grupo opositor ao governo de Nicolás Maduro na Venezuela, entregaram nessa quarta-feira (28) um pedido formal para que o Vaticano faça a mediação entre a oposição e o governo, na grave crise econômica e política que o país atravessa. O pedido ocorre há cerca de uma semana da entrega formal do mesmo pedido por parte de Maduro. Na carta do governo, o presidente pediu que o pontífice indique alguém do Vaticano para integrar a comissão capitaneada pela União das Nações Sul-Americanas (Unasul). A carta é ainda uma resposta à carta enviada pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, ao secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper. No texto, Parolin afirmava que a Santa Sé estava disposta a intermediar as negociações se houvesse um convite formal.
A conversa conta com o respaldo da comunidade internacional, mas até o momento foram realizadas apenas duas reuniões preparatórias, sem nenhum resultado efetivo. A oposição mantém a postura de levar adiante a situação dos presos políticos, o “sequestro” do Poder Público e o referendo revogatório. Os representantes de Maduro, por sua vez, descartam esses pontos e insistem que é preciso dialogar sobre como derrotar a chamada “guerra econômica”, respeitar os poderes públicos e instalar uma comissão da verdade para investigar os protestos contra o governo em 2014.
OMS pede fim de ataques a unidades e profissionais de saúde na Síria
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta sexta (30) o fim de ataques a unidades de saúde e a profissionais da área que integram equipes de ajuda humanitária na Síria – em particular, na cidade de Alepo, alvo de bombardeios constantes ao longo das últimas semanas. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, acredita que Alepo enfrenta os ataques mais intensos desde o início do conflito, em março de 2011.
“Atacar profissionais de saúde é ilegal e bárbaro”, publicou a OMS em sua conta na rede social Twiter. A entidade também pediu a evacuação imediata e segura de doentes e feridos que permanecem em áreas de conflito. As informações são de que menos de 30 médicos continuam atuando na parte leste de Alepo, enquanto apenas seis hospitais funcionam parcialmente na região. Ainda de acordo com a OMS, voluntários aguardam do lado de fora da cidade com suprimentos em saúde, já que o acesso ao local pelas equipes de ajuda humanitária ainda não foi liberado. A situação, segundo a entidade, permanece assim desde meados de julho.